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13/08/2012
Acampamento 2012 - Ecolojovem - «Os Verdes» Por uma Cultura de Juventude

O Acampamento 2012 da Ecolojovem - «Os Verdes» já está marcado e será de 22 a 26 de Agosto, entre as cidades de Braga e Guimarães, e contamos contigo!
 
No ano em que Braga e Guimarães, são respectivamente as Capitais Europeias da Juventude (CEJ) e Capital Europeia da Cultura (CEC), o lema do nosso Acampamento é Ecolojovem – Por uma Cultura de Juventude, porque consideramos que tanto para a Juventude como para a Cultura são necessárias condições para uma efectiva promoção e acesso destas áreas junto dos jovens portugueses.
 
Os jovens atravessam hoje problemas que vão desde o abandono do ensino superior, por falta de condições financeiras, dificuldades no acesso à habitação, à cultura, aos transportes, e a muitos outros direitos que estão consagrados na Constituição da República Portuguesa, que cabe a nós reivindicar junto do mesmo Governo, que mais não feito que tentativas sucessivas de retirada desses direitos.
 
A Ecolojovem - «Os Verdes» pretende com este acampamento alertar para as dificuldades que a nossa juventude enfrenta, seja nas mais variadas questões ligadas à juventude, seja no acesso à cultura sob as mais diversas formas, e contribuir para a procura de soluções.
 
Junta-te a nós, nesta importante iniciativa da Ecolojovem, que vai passar por ambas as cidades de Braga e Guimarães.
 
Consulta aqui o programa do acampamento

segue o nosso evento no facebook, aqui: https://www.facebook.com/events/422574661119771/
 
inscreve-te já, através dos nossos contactos:
 
Ecolojovem - «Os Verdes»
Rua Borges Carneiro, Nº 38 - r/c esq.
1200 - 619 Lisboa
Portugal
Tel: +351+ 21 396 03 08 ou +351+ 21 396 02 91
Fax: +351+ 21 396 04 24
E - mail: ecolojovem@osverdes.pt
 
Junta-te a nós nesta acção de convívio e boa disposição, de troca de ideias e de experiências!!

Durante o seu acampamento, a Ecolojovem - «Os Verdes» vai distribuir à população este folheto, onde aponta os principais problemas relativos à cultura e juventude, e as propostas da Ecolojovem a estas problemáticas que afectam a juventude portuguesa.

Juventude

As cidades de Braga e Guimarães estão inseridas numa das regiões da Europa com maior população jovem por habitante. De facto, é recursivamente usado este dado estatístico como uma mais valia desta região do país que, no entanto, não oferece alternativas suficientes para os jovens. Com uma das maiores taxas de desemprego do país, que afecta em cerca do dobro os jovens até aos 25 anos, esta é uma região que não tem sabido encontrar soluções para os milhares de jovens que procuram a sua emancipação e autonomia financeira. Depois do primeiro-ministro dizer algo como «este país não é para jovens», apelando à fuga do país, verificamos todo um conjunto de condicionantes para uma efectiva participação dos jovens na sociedade.

A uma clara falta de alternativas para os jovens, vem acrescer um sem número de medidas castradoras da emancipação juvenil, como seja o aumento do preço dos transportes públicos, sem que isso se reflicta na qualidade do serviço, o aumento das propinas escolares e diminuição das condições de ensino, com turmas cada vez maiores.

A substituição, por parte do actual Governo, do apoio social escolar por um produto de mercado em que as famílias são obrigadas a recorrer ao crédito bancário por forma a garantir a formação superior, e as alterações das regras na atribuição de bolsas de estudo, são também provas claras de uma alteração ideológica profunda, que resultam em toda a sua linha, num flagrante delito contra o direito universal à educação, consagrado na Constituição da República Portuguesa, e que tem levado ao abandono em massa de estudantes do ensino superior.

O acesso dos jovens à habitação é cada vez mais difícil, embora com um cada vez maior abandono dos edifícios do centro histórico, a taxa de desemprego entre os jovens portugueses com menos de 25 anos, é uma das mais elevadas taxas da União Europeia e regista valores de 7,1%, bem como a taxa de desemprego entre os licenciados, que de dia para dia é cada vez mais elevada.

Mais uma vez é claro que as políticas seguidas pelo actual Governo, no que diz respeito à Juventude não criam condições dignas para os jovens, e como tal, hoje, estamos perante a geração mais qualificada de sempre da sociedade portuguesa e, no entanto, sem saídas profissionais à altura das suas aptidões.

Nós, Jovens Ecologistas, temos vindo a contestar em permanência estes sucessivos ataques à Juventude Portuguesa, e defendemos o cumprimento efectivo da Constituição da República Portuguesa e os direitos que esta consagra no que diz respeito aos jovens.

A solução para os problemas da juventude não passa por mandar os nossos jovens emigrarem, mas sim, criar no nosso país condições para que os jovens possam criar valor, numa sociedade que se pretende justa e sustentável.

A Ecolojovem defende:
- Medidas concretas e efectivas de apoio e investimento na juventude;
- A reposição do passe social escolar;
- O acesso a um ensino público com qualidade e acessível a todos;
- A adoção de medidas de apoio ao acesso à habitação por jovens;
- Emprego com direitos;
- O direito a um ambiente sadio e à qualidade de vida;
- O respeito e dignidade que a nossa juventude merece.

Cultura

A Cultura é um pilar fundamental na formação do indivíduo para que este se torne num cidadão pleno, emancipado, activo e consciente. Um cidadão conhecedor dos seus direitos e cumpridor dos seus deveres, e que seja capaz de compreender a organização da sociedade e exercer a democracia.

 É importante reafirmar cada vez mais o acesso à cultura enquanto direito universal, contrariando a actual realidade em que se verifica um crescente elitismo na fruição da oferta cultural, devido à indisponibilidade financeira, principalmente por parte da população mais jovem.
Um elitismo próprio da actual corrente ideológica governante que privilegia as ideias neoliberais, transformadoras da cultura num bem comercial exposto às leis do mercado capitalista, onde apenas o produto que é vendável é consequentemente considerado um produto de qualidade. Assim, deixa-se de fora aquilo que a cultura tem de mais genuíno, ou seja a criação de novos paradigmas, a descoberta de novos pensamentos, expressões artísticas e novas interacções sociais e intrapessoais.

Os sucessivos governos PS/PSD/CDS-PP, têm vindo a promover, ao longo dos anos, uma completa desresponsabilização no que diz respeito à cultura.

O poder local também tem uma importante responsabilidade no fomento de estruturas de criação artística, por um lado, e por outro, na preservação e até promoção do património identitário da comunidade. Tomamos por exemplo o complexo das Sete Fontes, na cidade de Braga, um monumento exemplar do que é o nosso património colectivo, mas por outro lado esquecido, e até deliberadamente escondido pela autarquia que despreza desta forma parte do nosso património cultural e ambiental.

A Ecolojovem não aceita a submissão da cultura aos interesses económicos, que favorece a mercantilização do acesso à cultura e que resulta numa crescente elitização do acesso à sua fruição, colocando-a apenas ao alcance dos que podem pagar.

No ano em que a cidade de Guimarães é a Capital Europeia da Cultura, a Ecolojovem - «Os Verdes» alerta para as dificuldades sentidas nesta área e defende o acesso gratuito à cultura, como uma das formas da emancipação dos jovens, e contributo imprescindível para a sua vida futura como cidadãos plenos e activos numa sociedade que se pretende activa, culta e sustentável.

A Ecolojovem defende:
- O apoio efectivo à criação cultural;
- O alargamento da oferta cultural e artística;
- O reforço da verba orçamental do Estado para a cultura e as suas mais variadas expressões;
- A implementação de medidas que apoiem e facilitem o acesso dos mais jovens à cultura em geral.

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