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09/05/2009
Almoço da CDU Portela de Sacavém (Loures)
Caros Amigos e Companheiros da CDU,

Em nome do Partido Ecologista “Os Verdes” gostaria de saudar todos os que vieram até aqui, hoje, dizer presente neste momento que é um momento importante da nossa vida pela singular ocasião de nos encontrarmos num ano de três importantes actos eleitorais.

A CDU, aqui no Concelho de Loures, já apresentou alguns dos seus cabeças de lista às próximas eleições autárquicas, designadamente o Paulo Piteira futuro Presidente da Câmara Municipal de Loures, e o Bernardino Soares futuro Presidente da Assembleia Municipal. Hoje serão conhecidos mais alguns cabeças de lista a algumas das Freguesias.

Pouco a pouco vamos conhecendo os rostos de uma equipa que encarna o grande projecto colectivo, de abrangência e convergência de esquerda que é a CDU, com o PCP, com “Os Verdes”, com a Intervenção Democrática e os muitos independentes que aqui reconhecem o lugar da verdade, do compromisso honrado, do trabalho, competência e honestidade que fazem com a CDU faça, de facto, toda a diferença.

Toda a diferença que é absolutamente necessária para responder aos problemas, que são muitos, infelizmente, aqui no Concelho de Loures. Desde logo os problemas ambientais, relacionados com o deficiente abastecimento e tratamento da água para o consumo humano, com os desperdícios e a ineficiência da ETAR de Frielas, afectando também negativamente a despoluição do Trancão, obra aliás da CDU, que parou e regrediu sob a gestão PS. Rio Trancão, cujas cheias, como as ocorridas no ano passado com consequências dramáticas, podem vir a ter consequências ainda mais graves com o aumento da betonização das suas margens, em lugar do Parque verde prometido à população.

Mas também a nível dos transportes públicos, questão fundamental para combater o desperdício energético e as alterações climáticas, as populações de Loures continuam a estar mal servidas pois nem metropolitano nem outra solução de mobilidade foi criada, apesar das propostas da CDU, também aqui, convém hoje recordar, na Freguesia da Portela.

A nível dos problemas de deficiente cobertura dos serviços de saúde prestados às populações em que às promessas não cumpridas como a do Hospital de Loures ou do Centro de Saúde da Portela, exigido pela CDU na Assembleia de Freguesia, se somam a falta de médicos de família, os encerramentos de Catus em Loures, Prior, St.ª Iria da Azóia e da extensão de saúde de Camarate contra o qual lutaram as populações ao lado das quais esteve a CDU, como ainda no caso da urgência do Hospital Curry Cabral.

A nível, finalmente, da falta de segurança que deve ser atendida não apenas do ponto de vista das necessidades das forças de segurança mas também com uma política de proximidade, não apenas policial, mas também e principalmente de apoio social aos mais frágeis, aos mais pobres e carenciados e que têm visto a sua vida agravar-se fruto das políticas de direita que nos têm governado.

Em relação a todos este problemas, a CDU, seja ao nível local, nas Freguesias em que somos maioria, (Bucelas, Camarate, Santa Iria da Azóia, Santo Antão do Tojal, São João da Talha) e onde somos oposição, seja a nível da Assembleia da República, tem, com os seus eleitos, apresentado bom trabalho, tem apresentado propostas e cumprido as suas promessas, bem longe da postura do Partido Socialista.

Com efeito, o PS é cada vez mais o Partido das duas caras.

É-o porque prometeu uma viragem à esquerda aos portugueses em 2005 e acabou o fazer mais do mesmo, das mesmas políticas de direita neoliberal que agora, quando a crise aperta, quando as contradições se tornaram insanáveis, quando se tornou por demais evidente que o sistema capitalista e este modelo de dito desenvolvimento, assente no crescimento desregrado e na exploração do homem pelo homem e na exploração insustentável da natureza e dos recursos naturais, tudo em nome do lucro mais fácil, rápido e alto possível, para que alguns continuem a enriquecer à custa do esforço e sofrimento da maioria, vem pretender renegar esse neoliberalismo depois de ter sido dos seus mais fiéis acólitos.

É-o porque tem um discurso cá em Portugal em relação ao que defende para a Europa, prometendo aos portugueses que defenderá os seus interesses junto às instâncias europeias, mas depois faz outra coisa lá, quando, seja no Conselho Europeu, que reúne os representantes dos Governos nacionais dos Estados Membros, seja no Parlamento Europeu, acaba sempre por ceder aos interesses económicos do grande capital, acaba sempre por ceder aos interesses dos maiores Estados Europeus e depois volta para Portugal, de mãos vazias, tentando convencer os portugueses que afinal conseguiram o melhor para o país e que poderia ser muito pior…

É-o até dentro da sua própria lista de candidatura ao Parlamento Europeu. O PS, ciente que já não consegue enganar o povo, opta pela estratégia de ter uns candidatos que dizem sim e outros candidatos que dizem não de maneira a tentar agradar a todos, a semear a confusão, com o intuito de continuar a fazer a política de direita e chamar-lhe política de esquerda moderna.

Ainda ontem, num debate em que estive no Rossio, e onde também esteve a Euro-deputada e novamente candidata do PS ao Parlamento Europeu Ana Gomes, esta dizia que é preciso uma maioria de esquerda no Parlamento Europeu, para combater o Neoliberalismo que, palavras dela, tinha contaminado o PS. A deputada Ana Gomes, se acredita alguma coisa nos verdadeiros ideais de esquerda, deveria antes de ter aceite ser candidata, ter expurgado e descontaminado aquela lista, coisa que obviamente sabemos não ser possível.

Depois temos outras figuras do PS a condenarem a política de Durão Barroso à frente da Comissão Europeia, precisamente porque este foi e continua a ser um dos rostos do neoliberalismo, hoje na Europa, como ontem foi em Portugal. Até o cabeça de lista do PS, Vital Moreira, veio dizer que achava que deveria haver um candidato alternativo, da esquerda, para concorrer contra Barroso.

Mas, meus amigos, logo lhes caiu a máscara porque Sócrates veio dizer que apoiava a candidatura de Barroso à Comissão Europeia, criando assim mais uma contradição insanável e obrigando o candidato Vital Moreira a fazer uma pirueta e a borrar ainda mais a pintura, pois agora percebemos que Vital Moreira não tem espinha dorsal, não sabe o que quer, não tem opinião e é incapaz de fazer uma apreciação política, um balanço sobre o mandato de Durão Barroso e assumir com frontalidade e verticalidade uma postura franca e honesta.

A verdade é que o apoio de Sócrates a Durão Barroso mais não é do que a confirmação de que Bloco central de interesses e de política de direita nunca deixou de existir e é o que temos tido na governação de Portugal nos últimos anos, a e agora alguns já vêm defender despudorada e abertamente.

O PS criticou a obsessão pelo défice da direita mas logo fez dela a sua obsessão, em nome da qual fez tudo o que o PSD queria ter feito: encetou a mais vil campanha de ataque e calúnias a todos os funcionários públicos, professores, médicos, enfermeiros, magistrados e oficiais de justiça, militares, agentes das forças de segurança, entre tantos outros, apenas com o intuito de cortar direitos e poupar para o défice, aumentou a idade da reforma, acabou a vergonhosa obra do Código de Trabalho Bagão Félix / Vieira da Silva, precarizando ainda mais os vínculos laborais, destruindo as convenções colectivas de trabalho, impondo a desregulação dos tempos e horários, roubou direitos de participação sindical, degradou pensões e prepara uma Segurança Social indigente no futuro, agravou os custos da Saúde e da Educação e impôs cortes ao investimento público ao longo de quatro anos.

Tanto PSD como PS só têm mais do mesmo para oferecer aos portugueses e aos povos europeus, Durão Barroso lá e José Sócrates cá,

Por isso, é preciso, é fundamental combater a abstenção para operar a mudança tão necessária quanto possível. Possível porque as pessoas já perceberam que isto já não vai lá só com mudanças de moscas rosa para moscas laranja. Necessária porque esta crise que atravessamos só pode ser ultrapassada e vencida com sucesso se mudarmos de políticas. Não servem as mesmas políticas de direita que a criaram.

Companheiros e Amigos,

É importante, é fundamental dizer às pessoas que existe alternativa a este rumo de coisas e que é tão urgente como possível construir essa alternativa. É fundamental combater a abstenção, perceber que o voto para o parlamento Europeu na CDU, para além de dever constituir o primeiro cartão vermelho às políticas de direita, é o único voto que dá garantias e um bom resultado nas Europeias é como o código postal: é meio caminho andado para um bom resultado nas Legislativas e Autárquicas.

A Coligação Democrática Unitária, pela sua seriedade, porque honra os seus compromissos, porque tem sido a voz dos Portugueses e dos interesses de Portugal no Parlamento Europeu, na Assembleia da república e nas Autarquias, faz toda a diferença, é a verdadeira alternativa de esquerda, de uma esquerda ampla e convergente, e por isso é fundamental o reforço da CDU, e das forças que a compõem.

VIVA A CDU!

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