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05/06/2009
Comício Amadora
Boa noite,
Companheiros e amigos!
Uma saudação especial, em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”, a todos os militantes do Partido Comunista Português, aos membros da Intervenção Democrática, e aos muitos, muitos independentes que fazem da CDU este grande espaço de participação democrática e de luta por uma vida melhor.
Estamos a poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, que são já neste Domingo, dia 7 de Junho.
Este é o primeiro dos três actos eleitorais deste ano, e é uma excelente oportunidade para mostrarmos o nosso descontentamento com as políticas de direita que têm encaminhado a União Europeia e Portugal para a insustentável situação que hoje vivemos.
E os resultados estão à vista:
A união Europeia está a ser construída de forma anti-democrática e nas costas dos portugueses: foi isso que aconteceu quando nos quiseram impôr um Tratado que não nos beneficia, apenas prejudica e agrava a situação de Portugal e dos portugueses. E não podemos deixar de lembrar e de denunciar que o referendo a este Tratado era uma promessa eleitoral do PS que, prontamente, a ignorou e não permitiu que sobre este assunto os portugueses se pronunciassem.
Não podemos deixar que o domínio e os interesses de alguns Estados ditem como se deve construir a Europa que é de todos, e não só de alguns e para alguns.
O desemprego aumenta todos os dias e não são apenas números, são pessoas.
Os jovens adiam cada vez mais a sua emancipação porque tudo lhes é dificultado: o acesso à habitação, a um emprego com direitos, a um ensino público e acessível a todos.
Portugal está mais dependente do estrangeiro, (nas indústrias, na agricultura, nas pescas). Grande parte do que hoje consumimos é importado e com esta situação põe-se em risco a produção nacional, a economia, e os trabalhadores; além de que se tem vindo a agravar a poluição atmosférica e o efeito de estufa por causa do aumento vertiginoso do transporte de mercadorias, que pode muito bem ser evitado.
A CDU defende um maior apoio e protecção às pequenas e médias produções, com respeito pelas especificidades do nosso país, trazendo mais vantagens ambientais e geradoras de riqueza para a economia nacional e, para isso, os fundos comunitários têm de ser efectivamente utilizados e não desperdiçados ou mal aplicados.
As políticas ambientais, energéticas, de conservação da natureza e de transportes não podem ser submetidas ao poder económico e especulativo.
É urgente uma revolução energética que não permita o monopólio dos grupos económicos que não se baseiam numa política de poupança, eficiência e sustentabilidade, mas que assentam numa lógica de competitividade e de conquista dos mercados.
A liberalização e privatização de bens e serviços públicos é o cartão de visita destas políticas de direita, e nenhum sector escapa a estas tentativas: a água, os transportes, a energia, a saúde, o ensino, a justiça, a segurança social.
Os desequilíbrios sociais, ambientais e regionais estão cada vez mais acentuados.
As crises que hoje sentimos (a crise económica e financeira, mas também a crise social e ambiental) mostram bem que este modelo económico, ambiental e social prosseguido pela União Europeia e fielmente aplicado e agravado pelo Governo PS, são os responsáveis pela actual situação que vivemos.
E depois dizem que estamos em crise porque não há dinheiro, que a vida está má para todos, que temos que fazer mais alguns sacrifícios e que estas opções e decisões são inevitáveis, mas não o são.
Em primeiro lugar, porque a crise não é para todos, para o povo não há dinheiro, mas para os bancos há milhões e milhões. Mas são sempre os mesmos a fazer sacrifícios.
Em segundo lugar, esta situação não é a única alternativa, e a comprová-lo temos as soluções, as propostas e o trabalho realizado pela CDU!
E é por tudo isto, e porque as decisões da União Europeia influenciam a nossa vida cá, que temos de ter eleitos no Parlamento Europeu que defendam lá os nossos interesses, e não eleitos que estão ao serviço dos interesses dos privados e dos grandes grupos económicos.
Porque Portugal precisa de uma nova política e de uma nova direcção para a União Europeia.
E a CDU tem andado nas ruas, por todo o país e temos sentido a vontade e a necessidade urgente de mudar, temos sentido, porque as pessoas nos dizem, que estão fartas de políticas que não defendem os seus interesses e direitos.
E se dúvidas houvesse (que não há), a nossa grande Marcha de 23 de Maio mostrou bem este descontentamento e esta vontade de mudar.
Amigos e companheiros, é com toda a convicção que dizemos que a CDU avança com toda a confiança, porque é isso que vemos e sentimos todos os dias.
E vamos levar esta confiança ao Parlamento Europeu, à Assembleia da República e às Autarquias, porque a CDU encara com muita seriedade e competência os compromissos que assume e é por isso que temos provas dadas do nosso trabalho, provas que ninguém pode pôr em causa.
“Os Verdes” continuarão empenhados e dedicados na luta por uma sustentabilidade política, ambiental, económica e social tanto na Europa, como em Portugal.
Até ao último dia andaremos a esclarecer e a mobilizar, para que não falte nenhum voto à CDU, porque ir votar é fundamental para reforçar a CDU e para não permitir que os outros decidam por nós.
Votar na CDU é uma forma de protesto a quem tem governado o país e a quem pode, mas não defende os portugueses no Parlamento Europeu, e é também a forma de apoiar as propostas mais justas.
No próximo Domingo, o voto é na CDU, é o voto em quem defende os nossos direitos, a produção e a soberania nacional, em quem defende o ambiente e a qualidade de vida e em quem defende uma Europa para todos!
Viva a CDU!
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