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20/08/2017
Comício CDU na Ericeira - Mafra - intervenção de Victor Cavaco
Caros e caras amigas
Muito Boa Noite
Quero, em primeiro lugar, e em nome do Partido Ecologista Os Verdes, saudar os militantes do Partido Comunista Português e os Membros da Associação Intervenção Democrática, que em conjunto com Os Verdes dão corpo à CDU a Coligação Democrática Unitária! PCP - PEV
Quero saudar os muitos independentes, que não tendo filiação partidária, reconhecem na CDU o Trabalho, Honestidade e Competência e a nós se associam para fortalecer este grande projeto.
Quero ainda saudar o Eduardo Libânio, meu companheiro de partido, e o José Cardoso e, atravéz deles, saudar todos os candidatos da CDU, aos diversos órgãos Autárquicos de Mafra e valorizar a sua disponibilidade para darem o seu melhor contributo para uma grande campanha aqui no concelho e se entregarem à causa pública.

Com confiança vamos reforçar a presença de eleitos da CDU nos órgãos autárquicos de Mafra e contribuir para elevar os padrões de qualidade de vida neste Concelho.

A CDU é uma das grandes forças políticas autárquicas e aquela que melhor defende os interesses das populações.
O Poder Local Democrático, conquistado com a revolução de Abril e hoje com mais de 40 anos, é e tem sido um pilar estruturante do desenvolvimento do nosso país.

Os Eleitos da CDU honram os seus compromissos porque trabalham com as populações e para as populações.
 Trabalho, Honestidade e Competência não é um mero slogan é uma forma de estar e exercer a causa pública e uma linha orientadora da ação dos candidatos e eleitos da CDU, sempre com o objetivo da melhoria das condições de vida dos portugueses nas autarquias e no país.

Os eleitos e ativistas da CDU são quem melhor defende o poder local democrático, espaço privilegiado para desenvolver a democracia participativa. Mas este poder local, democraticamente conquistado, tem sido constantemente atacado e desvirtuado.
Não falo apenas da vergonhosa fusão e extinção de freguesias, exigida pela União Europeia e FMI e iniciada logo em Lisboa pelo atual primeiro ministro, e prosseguida pelo anterior Governo no resto do país, afastando muitas populações destes órgãos de poder e contra a sua vontade.
Processo que a CDU tem reivindicado a sua reversão, e assim o continuaremos a fazer, em conjunto com as populações.

Mas falo também da lei das finanças locais que tem estrangulado autarquias e que retém os autarcas como verdadeiros reféns da administração central.
Estes ataques juntamente com os processos de municipalização de muitos serviços para os quais as autarquias não têm competências ou não têm meios, fragilizam ainda mais o Poder Local.

A nossa luta é pela autonomia do Poder Local. A nossa luta é pelo prestígio do Poder Local enquanto pilar da democracia participativa e promotor de qualidade de vida e desenvolvimento.
As autarquias locais são o órgão de poder privilegiado para pôr em prática um dos grandes princípios ecologistas:

Pensar Global Agir Local!

Por exemplo no grave problema das alterações climáticas, combatendo as suas causas. Propondo, como temos feito, a generalização da utilização das energias renováveis como a solar térmica e fotovoltáica ou a eólica, como a utilização de equipamentos energeticamente mais eficientes como a tecnologia LED, em edifícios e equipamentos públicos.

Estamos, como sempre estivémos na primeira linha da defesa da promoção das energias alternativas e renováveis, reduzindo progressivamente o recurso aos combustíveis fósseis.
Estamos na primeira linha pelo encerramento das centrais nucleares em Espanha, nomeadamente, a de Almaraz, tal como estivemos, há 40 anos contra a instalção da central nuclear em Ferrel, a uns escassos quilómetros daqui.

Mas voltando às alterações climáticas, é urgente travar, pelos graves efeitos que já se fazem sentir, como aqui na Ericeira com a subida do nível do mar e destruição da orla costeira e com tempestades cada vez mais violentas.
E que se fazem sentir nos verões cada vez mais quentes e secos com o desolador resultado a que temos assistido com os incêndios deste ano.

Mas a este propósito não podemos também deixar de apontar o dedo às políticas florestais erradas que ao longo destes anos têm deixado as grandes corporações do papel ditarem o crescimento insustentável do eucalipto, que é já hoje a maior mancha florestal do país.
A área de eucalipto já ultrapassou a de pinheiro e a de montado. Isto depois da então ministra do ambiente, Assunção Cristas, ter aprovado a lei da liberalização da plantação do eucalipto. Isto tem de ser travado. Basta de eucalipto.

E esta tem sido uma grande luta e esforço dos Verdes e que ficou expressa, em 2015, na posição conjunta assinada com o Partido Socialista e que permitiu a atual solução de Governo: o compromisso de travar a expanção do Eucalipto em Portugal e incentivar a floresta tradicional portuguesa.
Temos de dar lugar à nossa floresta. E o novo regime de reflorestação recentemente aprovado, não sendo o desejado, resulta dessas árduas exigências e do tremendo trabalho e luta que as forças que compõem a CDU exerceram na Assembleia da República.
O que nós reivindicamos são alternativas. É vital criar mecanismos de apoio e incentivo à floresta autóctone Portuguesa. É vital defender e promover a agricultura tradicional portuguesa.

Não fosse a força, a exigência e o empenho das forças que compõem a CDU, o PCP e Os Verdes, e o Governo do Partido Socialista nunca teria reposto rendimentos, não teria reposto feriados ou aumentado pensões e salários nem baixado IVA na restauração.

Também não se teria travado a privatização dos transportes públicos ou a destruição da nossa rede ferroviária. E aqui bem podemos gritar vitória na reposição do serviço ferroviário de passageiros na linha do Leste, no distrito de Portalegre, graças ao empenho, força e pressão dos Verdes e da CDU.

Da mesma forma tem sido intensa a luta da CDU pela melhoria das condições de funcionamento da linha do Oeste, que serve toda esta região. Uma luta que eleitos e activistas da CDU irão continuar a aprofundar até que esta linha constitua uma verdadeira alternativa ao transporte individual, ao automóvel, contribuindo assim para uma redução de gases com efeito de estufa na atmosfera e melhorando as condições de vida e de mobilidade das populações.

Mas outras questões que, não fosse a pressão dos Verdes, não se teriam alterado, como
o reforço do corpo de vigilantes da Natureza, que este ano viu já o ingresso de mais 20 elementos, depois de anos e anos sem novos vigilantes. Um quadro que necessitava de pelo menos 600 para todo o país e que atualmente conta apenas com 130. Esta é uma luta que Os Verdes e a CDU irão continuar a travar.
 Por um maior investimento na Conservação da Natureza porque não se trata apenas de paisagem mas sim da nossa própria sobrevivência e das nossas atividades económicas, nomeadamente do sector primário.

Reforçar os eleitos da CDU é contribuir para defender os serviços públicos de proximidade, é apoiar e defender a produção e o comércio local, é apoiar as micro, pequenas e médias empresas!

Os Verdes, o PCP, a Intervenção Democrática e os muitos independentes que connosco dão corpo a este grande projeto que é a CDU, honram os seus compromissos e lutam por uma vida melhor.
Estamos confiantes que estas eleições autárquicas resultarão no reforço da CDU e na sua confirmação como uma grande força política no país.
Os Verdes os seus candidatos, membros, ativistas e simpatizantes estão empenhados em fazer desta uma grande campanha eleitoral da CDU.

“Um Novo Rumo Para Mafra”
Viva Mafra!
Viva a CDU!
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