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08/03/2017 |
Dia Internacional da Mulher |
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O dia 8 de Março representa a transformação que ocorreu no reconhecimento dos direitos das mulheres no mundo, consequência de longas e dificeis lutas pela igualdade. Nos dias de hoje reconhecemos que, devido a algumas mudanças sociais, houve retrocessos e por isso é necessário dar sequência à luta.
Os fenómenos da desigualdade e da discriminação em função do sexo contrariam a evolução social e a vontade das mulheres, na sua luta pela igualdade e na sua afirmação na sociedade.
Apesar das mulheres portuguesas viverem num país dotado de um quadro jurídico-constitucional assente num pressuposto de igualdade entre mulheres e homens, tanto nas responsabilidades familiares como profissionais e cívicas, o seu quotidiano continua a ser pautado por uma série de desigualdades.
Continuam a ser as principais vítimas de violência doméstica, assédio ou abusos sexuais. São, ainda, discriminadas no desempenho de cargos de chefia quando são mais qualificadas.
São reconhecidas as graves e injustas discriminações no trabalho, o menosprezo pela função social da maternidade, quando são questionadas em entrevistas de emprego se pretendem ser mães, quando são prejudicadas nos seus postos de trabalho por optarem pela amamentação, quando são despedidas por terem engravidado sem avisar a entidade patronal. São também as mulheres que usufruem de salários, reformas e pensões mais baixas.
Em todo o mundo a realidade da mulher é diferente, a realidade da mutilação genital, do casamento forçado e de serem as principais vitimas de escravatura sexual, são uma constante em diversas partes do mundo.
Por tudo isto, continua a fazer sentido homenagear as trabalhadoras de uma fábrica textil de Nova Iorque que lutaram por melhores condições de trabalho, a 8 de Março de 1857.
A luta é necessária e continua a ser diária para as mulheres portuguesas que enfrentam dificuldades nos locais de trabalho, na procura de emprego, no direito à habitação, no reconhecimento pelos lugares de chefia ou nos cargos políticos.
A Ecolojovem saúda as mulheres portuguesas que em todos os domínios da sociedade portuguesa lutam por melhores condições de saúde, de trabalho, por uma educação de qualidade para as gerações futuras, pela justiça social e pelo progresso do País. Só pela luta se defendem os direitos e a sua participação em todos os domínios.