Assinala-se hoje, dia 20 de Março, 5 anos sobre a invasão do Iraque e assinala-se também 5 anos de resistência do povo iraquiano à ocupação.
Esta invasão ocorreu sob o signo da mentira e da hipocrisia. Os EUA engendraram justificações para o ataque que, como se veio a verificar mais tarde, não eram mais do que puras mentiras: não havia armas de destruição maciça.
Havia sim, por parte das forças ocupantes, um interesse pelo petróleo, pelo poder e pelo domínio.
Esta é uma guerra pelos recursos energéticos, pela consolidação e alargamento de influência numa zona de grande importância estratégica, pelo redesenhar do mapa político, económico e militar do Médio Oriente.
A Democracia tem de ser conseguida pela livre vontade dos povos e não através da intervenção e interferência imperialistas cujo único objectivo é a exploração e domínio dos povos e dos recursos naturais.
Esta guerra no Iraque tem semeado o sofrimento, a destruição e a morte. Já se ultrapassou um milhão de mortos e mais de seis milhões de exilados e deslocados.
Não são danos colaterais, é o massacre de um povo, de um país.
É nosso dever condenar esta guerra que já matou milhares de pessoas e que continuará a matar, pelas consequências que advêm destes actos terroristas: pela falta de água potável, pela fome, pelas doenças, pela contaminação radioactiva.
Portugal foi e tem sido cúmplice desta guerra. Mas não pode nem deve estar associado a ela, não é essa a vontade do povo português como se tem visto pela crescente mobilização contra esta ocupação.
Temos de exigir o cumprimento da Constituição da República Portuguesa. Temos de respeitar a soberania dos povos, respeitar os direitos internacionais.
A Guerra no Iraque é um problema de todas as gerações. Temos de preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra.
Estas políticas de guerra, de ameaça e de terrorismo que se fazem sentir por todo o mundo não resolvem os problemas dos jovens, não respondem aos interesses e necessidades da juventude.
Os jovens defendem o fim desta guerra e a garantia dos direitos da juventude.
Os jovens defendem um mundo em paz.
A Ecolojovem – “Os Verdes” manifesta a sua mais firme condenação à ocupação do Iraque exigindo:
A retirada de todas as forças invasoras do Iraque;
O reconhecimento ao povo iraquiano do direito à resistência e à escolha livre do seu futuro;
A condenação por parte do Governo Português do militarismo, da guerra e da ocupação do Iraque;
Ao Governo Português o exercício de uma política internacional de respeito pelos direitos humanos e internacionais;
O fim de qualquer envolvimento de Portugal nesta ocupação;
A solidariedade para com o povo iraquiano.