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06/05/2017
Encontro Concelhio da CDU Almada - Intervenção de Sónia Tchissole
Caras e Caros Amigas, Amigos, Camaradas, Companheiras e Companheiros, Boa tarde.

Em política não há inevitabilidades, mas sim opções, escolhas.
Nós , CDU, reclamámos e reclamamos do Governo determinação para enfrentar interesses poderosos; propusemos e continuamos a defender medidas para a necessária descarbonização do país e para a redução de gases com efeito de estufa, através da criação de melhores condições para o transporte coletivo público e a mobilidade ferroviária; exigimos atenção e a necessária revitalização de atividade produtiva sustentável; reivindicámos e reiteremos mais meios para a conservação da natureza e da biodiversidade e para o controlo de poluição; alertamos para problemas tão sérios como a cada vez mais obsoleta central nuclear de Almaraz.
É elementar afirmar que o ambiente, o ar, as águas não tem limites nem se movem em fronteiras administrativas, políticas ou estatais.
Mas talvez seja melhor relembrar...e olhar, até para casos de sucessos – nos quais os trabalho ambiental, ecológico e de construção e reforço sustentáveis são tão mais bem executados pela Cque nos permitem ver e conviver com mais espécies animais, sensíveis, delicadas, em risco... golfinhos, flamingos, aves de rapina.
Em Almada, a CDU tem investimento nas infra-estruturas do abastecimento e do saneamento há já várias décadas.
E quando falamos em e de direitos humanos fundamentais como o acesso à água e ao saneamento não o fazemos, só aqui, agora; mas há décadas.
Desde meados dos anos 70, do século passado, e com a força da Revolução de Abril, tomaram a si, Comissões de Moradores e, posteriormente, a CDU, o Poder Local Democrático, as construções de redes de abastecimento e também de saneamento básicos.
Temos, em Almada, 4 ETAR’s; quase 900 Km de rede de abastecimento; 600 Km de rede de saneamento e 433 Km de condutas de gestão e drenagem de águas pluviais. São áreas de gestão de risco, de bens e de vida humanos.
Gerimos integralmente o ciclo urbano da Água! Temos tratamento do saneamento desde há mais de 23 anos (1994) e é nossa obra, de Almada, a primeira ETAR do distrito de Setúbal – a da Quinta da Bomba (Corroios/Seixal) - fábrica de laboração intermunicipais que trata diariamente as águas residuais de quatro das mais povoadas freguesias do nosso concelho (parte do Laranjeiro, parte do Feijó, parte da Sobreda e parte da Charneca da Caparica) e de duas maiores do do Seixal (Corroios e Amora).
Todo este património e obra são tão mais relevantes quanto o compromisso e o projecto políticos locais, da CDU, de bem-estar, qualidade de vida, sustentabilidade ambiental e eficácia e eficiência na gestão dos recursos humanos, materiais e energéticos.
Sim, é real, e mesmo única, a acção dos 66 anos dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada, com trabalho, empenho e cumprimento de Serviço Público de proximidade e excelência; igualmente, cumprimento do direito constitucional e humano de defesa e acesso à Água – abastecimento - e ao Saneamento – tratamento das águas residuais; trabalho com as comunidades locais – Bairro das Terras da Costa e, também, no 2º Torrão, Trafaria; sim, é real, a valorização e acção contínuas de trabalho e Serviço Públicos Municipais, de envolvência das e com as comunidades e populações, sem cortes de abastecimento e interrupções por falta de pagamento e acompanhando, agora e sempre as situações de famílias numerosas e/ou carenciadas.
Porque tudo o que nos rodeia - um edifício desenquadrado, não coerente, harmonioso com a envolvente; não ligação à história e identidade locais são Ambiente, ambientes.
Nós, na CDU, a não cedência a interesses imobiliários, o cumprimento de planos estratégicos de ocupação e uso do solo, de urbanismo harmonioso e equilibrado, o ordenamento do território são formas de gestão do nosso presente, de preservação do nosso passado, património, história e identidades locais, não pondo em risco bens e vidas presentes, nem adulterando, alienando o futuro próximo ou mais distante.
TRANSPORTES E MOBILIDADE - Temos bem presentes este dois Direitos constitucionais.
Transportes colectivos públicos – qualquer alteração de lei, de modelo de gestão, de propriedade, decisão central, do Governo, sabemos têm impactos nas nossas vidas diárias, nas nossas opções – ou na falta ou ausência de escolhas.
Mas as reais vontades das populações são as deslocações rápidas, eficazes – o aproveitamento do tempo das deslocações casa-trabalho, trabalho-casa, casa-escola, escola-casa, casa-lazer, lazer-casa, em repouso, descontração, sem demoras, em grupo, individual, a ler, a ouvir música, a apreciar o território em que vive, estuda, viaja... Na Nós, CDU, queremos, defendemos a prestação do serviço público de transporte colectivo de pessoas e bens sem monopólio ou monopólios de grupos financeiros, duma dada empresa, num dado território, circuito, freguesia, município.
Em quantas freguesias de Almada temos mais que um operador, transportador colectivo, público de transporte? Sendo que temos, somos 11 freguesias, em quantas existe mais que um serviço público de transporte colectivo – ou mesmo sequer um?

Temos, sim, vários operadores privados – como que monopólios!- a prestar um, o serviço público e direito constitucional cruzando várias freguesias, entrando por sul - Fertagus, Metro Transportes do Sul; por Norte – Transtejo, Fertagus, TST; a circular TST, Fertagus, o MTS.
A ainda não integração do tarifário do Metro no passe social da Região, Área Metropolitana de Lisboa só não aconteceu, acontece por falta de decisão política por parte do Governo central. A construção dos ramais, prolongamentos/extensão deste meio de transporte menos poluente e ambientalmente mais sustentável e ecológico são propostas concretas do PLD – Autarquias de Almada, Freguesias, Câmara e Assembleia Municipais deste mandato e dos mandatos anteriores, desde o início de funcionamento deste transporte, em 2008 – há quase 10 anos! E, ainda, estamos na 1ª fase – como consta no sítio da Internet do MTS, desde sempre! A 2ª fase será para prolongar de Corroios até ao Fogueteiro! Perguntamos, quando? Mais 10 anos?
Defendemos, valorizamos também as freguesias da Charneca da Caparica, da Sobreda e da Trafaria que só poderão igualmente beneficiar e ficar com melhor rede de transportes colectivos públicos quando o Metro lá começar a operar.
Nós queremos, precisamos, merecemos melhores transportes colectivos públicos! Melhores transportes colectivos, públicos, é melhor mobilidade, liberdade de circulação, trocas, movimentos, relações sociais e económicas!
É bem-estar das pessoas, trabalhadores, jovens, idosas; é ambiente atmosférico menos carregadamente poluído, com gases tóxicos de combustão de motores a gasóleo, gasolina. É mais tempo livre para a família, para o lazer, desporto, património, cultura! Bairros, freguesias, territórios com melhores acessibilidades e mobilidades são áreas, zonas em que apetece passar, estar, trabalhar, viver!
Por falar em viver, trabalhar, estar, Lisnave é um território e Património, Herança Industrial e de Cultura do Trabalho de que não nos esquecemos – nem poderíamos!
A identidade Almadense, da Região, tem Lisnave no seu passado, no seu Presente – no Edificado; a Indústria de construção e reparação Navais – por agora, hectares e hectares, zona imensa, com degradação material; mas também com contaminação ambiental e de solo com as quais nos preocupamos.
A CDU, quer uma Cidade da Água, uma Almada Nascente despoluída, regenerada, reconstruída, recuperada da História, das Docas, do Pórtico.
Temos Plano Estratégico aprovado e teremos investidores à altura – não de torres de 80 andares, mas de coerência política e de gestão da coisa pública, regeneração ambiental e reabilitação urbana e preservação de identidade e coesão locais e territoriais.
Almada é hoje exemplo, caso de sucessos e referência nacionais, segundo dados do INE – qualidade de vida, bem-estar, desenvolvimento social e económico.
E é assim: aqui estamos, CDU, e continuamos juntos e juntas; como sempre, com empenho no desenvolvimento e progresso do nosso Concelho e das 11, sempre 11 Freguesias.
Temos, tem Almada este reconhecimento, real e justo para com todo este vosso, nosso trabalho, público, político, assumido!
Sem votar aqui diferente do que se vota e aprova na Assembleia da República – ao contrário de outros.
Cumprimos assim Abril: ao estarmos aqui, agora, juntos e ao continuarmos o nosso caminho de construção, defesa e luta, para todos os homens e as mulheres, e por todos e todas que se sacrificaram e sofreram, lutaram pela Liberdade, contra a Ditadura e pela Libertação do Povo.
Caros e Caras Companheiros, Companheiras,
Hoje é com orgulho, de cabeça levantada, que a CDU, como sempre de olhos nos olhos que afirmamos, com mais ou menos dificuldades, valeu a pena – vale sempre a pena lutar e acreditar! Temos hoje, 2017 – mais que em 2013, 2014, ou há 43 anos atrás Democracia, mais e melhor Democracia, Liberdade, Constituição da República Portuguesa, o direito ao voto para todas as pessoas – Mulheres a participar, votar, decidir, ser Eleitas; estudar, viajar sem autorização de maridos, pais, irmãos...
Participemos, votemos, pois, neste ano de Eleições para as Autarquias Locais – Freguesias, Câmara e Assembleia Municipais em respeito e cumprimento por uma das Conquistas de Abril: o Poder Local Democrático. Temos pressa de cumprir Abril! Passaram 43 anos e ter pressa de cumprir Abril é ter sede e esperança de garantir direitos e níveis dignos e verdadeiros de bem-estar e de felicidade para um povo inteiro. Não apenas para alguns, mas para um povo inteiro!
Assim e por fim,
Viva Abril e Maio! - Viva o concelho de Almada.”
Viva a CDU!
Bem-hajam!
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