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14/01/2017 |
Encontro Distrital CDU Porto 2017 - Intervenção de Mariana Silva - PEV - 14 de Janeiro 2017 |
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Intervenção de Mariana Silva - PEV - JF de Paranhos - Porto
Boa tarde, companheiros e amigos.
Permitam-me, antes de mais, saudar em nome do Partido Ecologista Os Verdes, todos aqueles que fazem parte da Coligação Democrática Unitária e principalmente saudar todos os eleitos, esses homens e mulheres que durante este mandato tiveram como principal objectivo defender as populações e dar respostas aos seus problemas, numa proximidade com a população que só o Poder Local Democrático permite.
O Poder Local Democrático sofreu alguns abalos com a Governação anterior, PSD e CDS pretenderam retirar autonomia às autarquias e aos autarcas. O abalo maior deu-se com a extinção de mais de um milhar de freguesias, contribuindo para um empobrecimento do regime democrático, menor proximidade e menor capacidade de resolução de problemas, num total desrespeito pela identidade cultural e local.
Há 40 anos, realizavam-se as primeiras eleições autárquicas em regime democrático, as autarquias deixaram de ser presididas por mandatérios locais nomeados pelo Governo, caracterizados sobretudo pelo seu espírito de obdiência, acomodação e reivindicação controlada.
No entanto, hoje, as autarquias têm autonomia, nomeadamente de gestão financeira, os seus orgãos são eleitos e só a proximidade com as populações faz sentido para que se realize o desenvolvimento dos distritos, das regiões e do País.
Caros companheiros e amigos,
para que o distrito do Porto continue o seu desenvolvimento com vantagens para todos, e não só para alguns, é necessário reforçar a confiança na CDU.
Muitas dificuldades ainda presistem, a luta contra as privatizações dos transportes públicos, da recolha de resíduos, uma maior transparência na gestão dos orgãos autárquicos, uma maior responsabilidade ambiental e principalmente o combate à Municipalização da educação, da saúde, dos transportes que não é mais do que a desresponsabilização da Administração Central.
Combater a precariedade no trabalho, principalmente nos serviços públicos, melhorar a qualidade de vida das populações designadamente no direito à mobilidade, à habitaçã e a um ambiente sádio e de qualidade.
Água potável para todos, saneamento para todos, transportes em todo o distrito de qualidade, com preços assecíveis e com uma oferta de horários maior.
E neste sentido a possível privatização destes bens e serviços vai apenas prejudicar a população porque o interesse público passa para segundo plano dando prioridade apenas ao lucro.
Reforçar a CDU significa a defesa das populações, a defesa do serviço público, a defesa da cultura, a defesa do ambiente e da qualidade de vida no que às autarquias diz respeito. Só com empregos estáveis, situações económicas aceitáveis, com salários em dia, com condições de habitação e possibilidade de deslocação aos serviços e empregos, só com a melhoria das condições de vida de cada um se poderá pedir à população uma olhar mais atento ao Ambiente.
Temos todos o direito a um Ambiente saudável, temos todos o dever de o defender e proteger. Devemos, por isso, ter a preocupação de incluir nos programas de cada lista eleitoral esta questão.
A cada dia que passa percebemos as mudanças, as famosas alterações climáticas que se fazem sentir na inexistência das estações do ano. Estão bem à vista de todos estas alterações. Durante o último mês temos usufruído de dias cheios de sol e de temperaturas muito agradáveis, mas estamos no Inverno e a falta de chuva, natural da estação, já se faz sentir na produção agrícola.
A destruição da orla costeira, que também se verifica no distrito do Porto, que necessita de projectos preventivos para se travar o avanço das águas do mar. A prevenção dos fogos florestais, com uma verdadeira política florestal, travando a expansão do eucalipto e apoiando as espécies autóctones.
É necessário despoluir o mar, proteger os ecossistemas dos rios e, sobretudo, prevenir que poucos continuem a ser responsáveis pela destruição do que é de todos.
É urgente defender os direitos dos animais, que apesar de assistirmos a melhorias no que a esta questão diz respeito, muito ainda há a fazer.
Por último, é prioritário estar ao lado das populações para que estas se envolvam e sejam parte activa na resolução dos seus problemas, sejam parte activa no desenvolvimento dos seus concelhos e no desenvolvimento das suas localidades.
Desta forma, a CDU apresenta soluções, não encara os problemas como fatalidades e demonstra que existem sempre alternativas. O exemplo mais evidente é a nova realidade/ solução governativa.
Foi possível travar a destruição que PSD e CDS estavam a impôr ao Poder Local Democrático e ao País, foi possível e continuará a ser possível confiar no projecto CDU.
Os Verdes estão na CDU e estão preparados para assumir as responsabilidades de governação. Com trabalho, honestidade e competência que é já marca dos eleitos CDU, seremos capazes da Mudança.
Viva a CDU!