Em Outubro deste ano seremos chamados às urnas para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A campanha já começou e há partidos a tentar inovar das mais diversas formas, entre as quais por apresentarem candidatos jovens numa tentativa de demonstrar que apoiam e lutam a favor da juventude e dos seus direitos.

Mas a verdade, como a sabemos, é que esses partidos são os principais responsáveis pela destruição da vida de muitos jovens e da natureza e que mantém essa linha orientadora. Veja-se o exemplo, através do pacote laboral aprovado por PS, PSD e CDS, que, entre outas coisas, passa a estipular um período experimental para jovens à procura do primeiro emprego de 90 para 180 dias, colocando em causa a estabilidade laboral, a emancipação dos jovens e promovendo a precariedade.

Também PS, PSD e CDS, e outros, tentam agora aparecer com cara lavada e cavalgar a onda verde que se levanta um pouco por todo o mundo por planos reais e eficazes de combate às alterações climáticas, quando são eles responsáveis por muitos dos efeitos nefastos que se fazem sentir nos nossos dias.

Dê-se, como exemplo, a falta de investimento nos transportes públicos que obriga a entrada de centenas e de milhares de transportes individuais todos os dias nas cidades, contribuindo para o aumento da emissão de gases com efeito de estufa, para o aumento da poluição sonora e do ar e para o congestionamento das grandes cidades, contribuindo para o agravamento do fenómeno das alterações climáticas.

Outro exemplo, a destruição da floresta autóctone portuguesa para a implantação de eucaliptos, conhecida como a lei da liberalização do eucalipto protagonizada pela atual presidente do CDS, de forma a entregar grandes áreas de terreno à indústria do papel e das celuloses.

Outro exemplo, a também conhecida lei das rendas, que expulsou centenas de pessoas e de estudantes dos centros da cidade, obrigando-os a horas de deslocação para os seus locais de trabalho e escolas e, sem transportes dignos, a utilizarem os transportes individuais para fazerem essas deslocações, que não seriam necessárias, caso as rendas nos centros das cidades fossem acessíveis à generalidade da população e não sujeitas à especulação imobiliária, impedindo até, alguns jovens de frequentarem o ensino superior.

Alguns destes problemas viram a sua mitigação e resolução nesta legislatura devido aos acordos estabelecidos entre o Partido Socialista e as forças que compõem a CDU e apenas porque o Partido Socialista não obteve maioria absoluta.

Veja-se o exemplo da redução do preço dos transportes nas Áreas Metropolitanas: há mais de 20 anos que as forças que compõem a CDU têm vindo a apresentar projetos nesse sentido, pelo reforço, pela melhoria e por mais transportes públicos. Apenas agora que o P.S. foi obrigado a negociar com a esquerda, sobretudo com o PCP e com Os Verdes, tal aconteceu.

Há vários anos que Os Verdes alertam para as questões da floresta, da diversificação, do impacto dos eucaliptos sobretudo nos fogos florestais, sem que nada tenha sido feito. Foi apenas através do acordo feito com Os Verdes que se pôs um travão à expansão da eucaliptização do país. Mas não nos enganemos, se o Partido Socialista obtiver a maioria absoluta a partir de Outubro, ou decidir negociar com a direita a formação de um Governo, o país irá atravessar novamente o aumento da eucaliptização e a destruição da floresta portuguesa, com os impactos ambientais a que assistimos todos os dias, nomeadamente os fogos florestais.

A recente aprovação da Lei de Bases da Habitação só foi, igualmente, possível pela ação e pela luta das populações, pela reivindicação das pessoas que viram essa luta e essa reivindicação defendidas pela CDU.

Assim, com estes exemplos concretos, é possível verificar que foi e que é pela ação da CDU que muitos direitos foram conquistados e reconquistados, nesta legislatura.

Muito se diz por aí que foi por este Governo que se reconquistaram estes direitos. Sabemos que isso não é verdade, porque se fosse, já o teriam feito há mais tempo.

A CDU é a única força responsável pela defesa dos interesses da juventude e da população, é a única que está ao lado das pessoas naquelas que são matérias decisivas do dia-a-dia. É a única que encontra soluções para os problemas concretos, sem populismos ou mentiras. É a única que há mais de 30 anos vem alertando para os nefastos efeitos do capitalismo no nosso Planeta.

Por isso, dia 6 de Outubro lembrem-se: o planeta não pode votar, vocês podem!

Viva a juventude!

Viva a CDU!