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26/09/2015
Intervenção de Joana Silva no comício da CDU em Oeiras
Boa noite, caros amigos/amigas, companheiros e companheiras,

Permitam-me, antes de mais, e em nome de Os Verdes saudar todos os presentes, em particular os nossos amigos de coligação, o PCP e a Intervenção Democrática e ainda todos os ativistas que dão voz e corpo ao projeto da CDU.
Quero aproveitar também para enaltecer o esforço e a dedicação de quem tem contribuído, diariamente, para afirmar e reforçar os princípios da CDU – ouvir e dar voz às populações, na defesa dos seus direitos e contribuir para dignificar e aprofundar a democracia participativa e política.
Todos juntos, aqui e agora, começamos a construir um futuro melhor. Viva a CDU!
Amigos e amigas, quem trabalha em constante ligação com os cidadãos e os seus problemas percebe que cada vez mais se reforça a necessidade de inverter este rumo e de romper com estas políticas.
Aqui e agora, a determinação não se esgota: a participação de todos na CDU é uma tarefa continuada, reforçada no presente pela necessidade de esclarecer, de levar a nossa voz e a nossa convicção a outros. A todos aqueles que não aceitam, nem se conformam com o estado do país, com a destruição das suas condições de vida. A todos aqueles que aspiram a outros modelos de desenvolvimento.
Temos soluções, propostas e compromissos com as populações e com o desenvolvimento do País!
É por isso que é necessário fazer ouvir a nossa voz e desmontar os argumentos de quem quer manter o mesmo rumo para o país. E também esclarecer, mobilizar, manter o contacto direto, contornando o silenciamento nos meios de comunicação social, a bipolarização e a propaganda codificada de quem quer perpetuar a estabilidade do instituído.
Sim, este rumo é contornável e existem soluções alternativas. Só não o afirmam aqueles que querem que nada mude, que trabalham para que tudo fique na mesma, e para que aqueles que são o veículo da mudança percam a esperança e deixem de acreditar que esta é possível.

A quem afirma a inevitabilidade deste rumo sustentamos:
A situação atual do País tem responsáveis. É por isso que não permitimos que nos iludam com uma receita que já deu provas, de tão provada que está, que não consegue promover a justiça social e a qualidade de vida.
Sim, há soluções e há um rumo alternativo para o País! Neste tempo de esclarecimento é necessário trazer para o debate político: as consequências das políticas nacionais seguidas e o impacto das mesmas no desenvolvimento do país e na qualidade de vida das populações.

Caros amigos e amigas/companheiros e companheiras,
As eleições do próximo dia 4 de outubro são um momento muito importante para apoiar e reforçar a mudança de políticas e a mudança necessária de rumo. É tempo do nosso voto dizer BASTA e de dar um recado claro a quem nos (des)governa.
As eleições acontecem num momento de crise profunda, de destruição do sistema económico e produtivo, de agravada destruição e privatização dos recursos naturais, onde se transforma o ambiente em instrumento de política fiscal e a palavra de ordem é privatizar para rentabilizar: a água, os resíduos, os transportes, o espaço público. E o elenco continua, incluindo a supressão de direitos dos cidadãos, dos trabalhadores, dos reformados, dos professores, dos utentes, das famílias, dos jovens… e do ataque ao Estado e às suas funções, mas também à soberania nacional e à autonomia do poder local.
Todos nós, cidadãos e munícipes observamos aqui, no concelho de Oeiras, os efeitos das políticas nacionais. Pois aqui, como por todo o País, também se fazem sentir nas condições de vida das populações, os efeitos das políticas nacionais e do desinvestimento em sectores estratégicos. O retrocesso na dinâmica de desenvolvimento.

Por ausência de investimento nos transportes públicos e na rede ferroviária, condicionou-se a mobilidade das populações, fomentou-se o isolamento das freguesias periféricas e limitou-se o desenvolvimento. Em simultâneo com a desativação de linhas ferroviárias e com a anunciada privatização da Linha de Cascais, este Governo impõe um novo regime de transportes, que empurra para as autarquias a responsabilidade do seu financiamento, através da criação de novas taxas, tarifas que irão recair mais uma vez sobre os utentes e que colocam em causa a atratividade do sistema.
Aqui, também se fazem sentir os efeitos das reduções remuneratórias, dos cortes nos apoios sociais, nas pensões e nos complementos de pensão, do aumento do IVA da eletricidade e do gás natural, do aumento do IVA na restauração, do aumento brutal de impostos, os ataques à escola pública, do aumento das taxas moderadoras, da extinção de especialidades médicas.
A ausência de investimento no tecido produtivo, na economia, permitindo fixar população em idade ativa, acentua as tendências demográficas de envelhecimento populacional e motiva a saída, a emigração.
Por isso, às vozes de descontentamento que nos chegam diariamente, implica sublinhar que podem contar com a CDU, na denúncia, esclarecimento e combate a estas políticas.
Aliás, partimos para cada ato de esclarecimento, aqui e por todo o país, seguros:
Quem é que tem estado na luta, quer fora, quer dentro do Parlamento, com as populações pela defesa incontestável dos seus direitos? A CDU!
Na luta e apoio aos trabalhadores da SCOTTURB; da Vimeca, da EMEF, na defesa dos seus direitos e da causa pública.
Em luta contra a privatização da linha de cascais e exigindo o urgente investimento público na sua modernização,
Com os profissionais de saúde contra a extinção das especialidades médicas no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide.
Com os pescadores em Paço de Arcos.
Ou reforçando a luta das populações contra os atentados à paisagem ribeirinha e ao ordenamento do território, como o Plano de Pormenor de Carcavelos e as megas construções previstas para a margem direita do Jamor. Dois exemplos perfeitos de como os interesses privados se sobrepõem à causa pública.
Amigos,
A CDU apresenta-se nas próximas eleições legislativas como a alternativa de esquerda credível, pois estivemos nestas e em muitas outras lutas, e erguemos a nossa voz em defesa dos direitos das populações.
É preciso pôr fim ao empobrecimento do país e dos portugueses!

Para terminar, dizer que temos ainda de assumir nos próximos dias uma derradeira tarefa, a de esclarecer aqueles que estão ainda indecisos ou até equivocados, para os elucidar que até ao dia 4 de outubro, está nas mãos de quem vota, o poder de mudar de políticas e a oportunidade para penalizar as políticas e atuação do Governo PSD/CDS e a complacência do PS.
Compete-nos alertar quem nos escuta que, dar voz à indignação não se materializa na abstenção, no voto em branco ou no voto nulo, no voto útil, atitudes que só contribuem para que os mesmos de sempre sejam novamente eleitos ou que se reforcem maiorias absolutas. A mudança que se quer é com o reforço da CDU!
A CDU é a força política melhor colocada para mobilizar as populações em torno das grandes causas do desenvolvimento e da sustentabilidade.
Por tudo isto é necessário reforçar a CDU! É preciso dar força aos que estão verdadeiramente nas ruas com as populações, e que se erguem na defesa dos seus direitos. Viva a CDU!
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