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21/05/2014
Intervenção de José Luís Ferreira no comício da CDU em Beja
Caros amigas e amigos,
Permitam-me que em primeiro lugar e em nome da direção do PEV comece por saudar as outras forças politicas que compõem a CDU: o PCP e a Intervenção Democrática.
Queria também saudar todos os presentes nesta iniciativa, que enfrentando a ameaça de chuva e de mau tempo, quiseram estar aqui connosco hoje,
dando mostras, não só de coragem, mas sobretudo da vontade de contribuir para um futuro melhor para o país e para os Portugueses.
E a poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, nunca é demais sublinhar a importância deste ato eleitoral.
Em causa está a eleição dos que melhor podem defender no Parlamento Europeu, os interesses do País e dos Portugueses.
Trata-se afinal de uma escolha.
Uma escolha entre aqueles que nos prometeram o paraíso mas que acabaram por nos impor verdadeiro inferno, e
aqueles sempre alertaram para os efeitos que este modelo de construção europeia e a adesão ao euro teriam numa economia como a portuguesa.
Na verdade, a CDU, foi a única força politica que desde o inicio, alertou para o perigo de uma União Europeia comandada por um diretório, assente em politicas que apenas servem os interesses dos países mais fortes e que fragilizam ainda mais as economias mais fracas.
É uma escolha entre aqueles que apenas se preocupam com os mercados e aqueles cuja preocupação central são as pessoas, as famílias, os cidadãos.
Entre aqueles que estão sempre ao lado dos interesses dos grandes grupos económicos e aqueles que defendem as pessoas que trabalham e as pequenas e médias empresas.
Os exemplos não faltam, hoje quando olhamos para a nossa fatura da eletricidade percebemos que pagamos muito mais do que pagávamos quando a EDP era uma empresa pública.
E agora pergunto: quem privatizou esta importante empresa? Quem votou a favor do pacote energético que levou á sua privatização, quando o assunto foi discutido no Parlamento Europeu?
A resposta, não surpreende, os do costume: PSD, PS e CDS.
E onde estava a CDU? A resposta também não surpreende: a CDU esteve no lugar certo, a votar contra.
As eleições do próximo domingo são ainda uma escolha, entre aqueles que aprovaram o Tratado Orçamental, que continua a amarrar Portugal á austeridade e aqueles que continuam a opor-se a este verdadeiro entrave ao nosso desenvolvimento.
Mais uma vez PSD, PS e CDS estiveram juntos nesta monstruosa transferência de soberania para a Europa, agora em matéria orçamental.
Mais uma vez a CDU esteve do lado certo, o lado do País e dos Portugueses, porque a matéria orçamental é a questão chave de qualquer povo, em termos de soberania.
É uma escolha entre aqueles que queimaram milhões no BPN, nas PPP, nos contratos swps e nas ajudas á banca, para depois colocarem quem trabalha a pagar a fatura e
aqueles que nada têm a ver com estas negociatas e que não se cansam de denunciar e combater a imoralidades destas politicas, que continuam a engordar as grandes fortunas à custas dos salários, das pensões e dos direitos de quem trabalha.
È uma escolha entre aqueles que dizem que não há dinheiro para as pensões e para os salários, mas que encontram dinheiro para baixar os impostos das grandes empresas, nomeadamente com a redução que PSD, PS e CDS, fizeram este ano ao IRC, e
aqueles que continuam a defender que é preciso tributar de forma justa as grandes empresas e os grandes grupos económicos, para não serem apenas os rendimentos do trabalho a suportar uma crise provocada pelos senhores do dinheiro.
Aliás, esta sintonia de posições, em matérias absolutamente fundamentais, quando falamos de justiça social, entre PSD-CDS e o PS,
está a obrigar a um grande esforço por parte de uns e outros para dizerem que são diferentes,
mas, não tenhamos dúvidas, meus amigos, PSD-CDS e PS é farinha do mesmo saco.
É por isso que durante esta campanha eleitoral, quando vemos o PS a apelar á mudança, percebemos que apenas pretendem mudar o saco, mas a farinha, no essencial, será a mesma.
Sucede que o que se exige, não é apenas uma mudança de saco, é uma mudança também da farinha, uma mudança de politicas, que coloque Portugal na rota do desenvolvimento e da justiça social.
Uma mudança apenas do saco, não chega, como de resto atestam os últimos 38 anos da nossa democracia, onde entre PSD-CDS e PS a farinha pouco foi variando e cujos resultados estão hoje á vista de todos.
Continuamos a empobrecer, a nossa economia não avança, o desemprego não para de crescer, a emigração é uma constante, as funções sociais do estado e os serviços públicos estão cada vez mais fragilizadas, e a divida pública não para de aumentar.
Afinal tantos sacrifícios para nada.
É por isso que estas eleições para o Parlamento Europeu, para além de uma escolha, são ainda uma oportunidade para castigar os responsáveis pela situação.
Porque a situação que vivemos tem responsáveis, esses responsáveis têm partidos e esses partidos têm nome e eu vou dize-los: PSD, CDS e PS são os únicos responsáveis pela desgraça coletiva para a qual caminhamos se não mudarmos as políticas.
Costuma dizer-se que “quem não se sente, não é filho de boa gente”, ora face a tudo o que PSD, PS e CDS, nos têm vindo a fazer, temos no próximo domingo uma oportunidade para lhes dizer que nos estamos a sentir, e muito, com o que estes partidos nos têm feito.
É tempo de começar a associar aquilo que nos acontece no dia a dia com a cruzinha que fazemos nos atos eleitorais.
É preciso dar mais força a quem tem estado, está e estará do lado das pessoas.
É preciso reforçar a CDU no Parlamento Europeu para exigir que a Europa volte a colocar no seu vocabulário conceitos tão importantes como “justiça social” e “solidariedade entre os povos”.
Portugal e os portugueses precisam de mais deputados no Parlamento Europeu que defendam que “não são as pessoas que existem para servir a economia.
É preciso mais deputados no PE para colocar o desenvolvimento económico ao serviço do país e das pessoas,
Para defender o emprego e a justiça social, para garantir a salvaguarda dos recursos naturais e a defesa do ambiente, ou seja,
É preciso reforçar a presença de deputados da CDU no PE.
Os candidatos da CDU, que aproveito para saudar, são pessoas de palavra, que não procuram benefícios ou privilégios pessoais e
que estão dispostos a combater a corrupção e a impunidade dos grandes grupos económicos e que em todos os momentos estarão ao lado das pessoas e contra as injustiças.
E por isso, vamos fazer do próximo domingo, um dia de reforço da presença da CDU no PE, porque dessa forma estaremos a defender os dias que se seguirão a Domingo.
Viva a CDU.
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