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24/08/2015
Intervenção de Manuela Cunha, cabeça de lista da CDU pelo distrito de Portalegre às Eleições Legislativas de 2015
Companheiras e Companheiros,
Amigas e Amigos,
Em nome do Partido Ecologista Os Verdes quero saudar os nossos parceiros de coligação, o Partido Comunista Português, a Intervenção Democrática e todos os cidadãos independentes que dão corpo à CDU.
Quero saudar todos os candidatos e todos os ativistas da CDU que por esse país fora, no dia a dia, longe dos mediatismos e em situações por vez bem difíceis, contribuem com uma intervenção dedicada ao povo e às suas terras para o respeito conquistado por este projeto, envolvente e abnegado.
Estamos aqui hoje, numa iniciativa de apresentação das listas de candidatos da CDU, a nível do país, para as eleições legislativas de 2015. Listas compostas por homens, mulheres e jovens com provas dadas pelas lutas travadas em defesa dos direitos das populações, em defesa de um país mais justo e mais desenvolvido.
Uma candidatura que se alicerça, com orgulho, no vasto e intenso trabalho desenvolvido pelos deputados do PCP e do PEV, tal como mostraram as prestações de contas apresentadas pelos dois Grupos Parlamentares.

Nesta legislatura, o Grupo Parlamentar Os Verdes apresentou mais de 650 perguntas escritas e 170 iniciativas legislativas e desempenhou um papel inegável no confronto com o Governo, com as suas mentiras e com as políticas que estão a definhar o país e a submete -lo aos interesses estrangeiros que comprometem o seu futuro.

E caros companheiros e amigos.
É sem dúvida porque a intervenção de Os Verdes, tanto na Assembleia da República como pelo país fora, onde mantém uma profunda ligação com as populações, coloca o dedo na ferida, denuncia e confronta muitos interesses, que ela incomoda e é por isso que a tentam silenciar, dando lhe a mínima cobertura possível nos grandes órgãos de Comunicação Social.
E estranhamente, parece que Os Verdes não incomodam só o Governo, parece que o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda, também se sentem ameaçados com a nossa intervenção, pois só isto pode explicar o escandaloso “finca-pé” que estes dois partidos fizeram, sustentádo numa interpretação abusiva da Lei, para que o Partido Ecologista Os Verdes, partido com assento parlamentar, não pudessem participar nos debates televisivos, previstos no quadro das eleições legislativas.
Será que é porque, ao longo de mais de trinta anos, Os Verdes, têm demonstrado na sua intervenção uma resistente coerência, na defesa dos interesses das populações e dos valores ambientais, sem se deixar ir em, seduções, conversas fiadas ou em soluções fáceis, mas de vida curta?
Pois Amigos e Companheiros, é com esta mesma coerência e empenho que os ecologistas integram novamente as listas da CDU, nas quais OS VERDES apresentam candidatos em 17 distritos, incluindo Açores e Madeira e encabeçam a lista pelo distrito, de Portalegre. Dois terços dos candidatos ecologistas são mulheres e um terço tem menos de trinta e cinco anos.
Companheiros e Companheiras,
Todos os atos eleitorais são importantes, mas a conjuntura atual, faz com que estas eleições revestam uma importância sem par na história do pós 25 de Abril.
Estamos num momento de retrocesso brutal e dramático a todos os níveis. O retrato do país é negro e o álbum da grande maioria das famílias portuguesas, também. Muito que o Governo ande, agora, em período de campanha, empenhado em dar algumas pinceladas, aqui e acola, e a apresentar resultados fictícios, sustentados em dados estatísticas parciais e sempre mais favoráveis nos períodos de verão, a verdade é que o país está cada vez mais endividado, mais prezo às imposições e interesses estrangeiros, pouco ou nada produz, as pequenas e médias empresas na agonia e a economia parada.
Neste país empobrece-se a trabalhar. A emigração forçada não para de aumentar, sugando as energias dos jovens e dos nossos quadros tão necessários para reativar a economia. A destruição das conquistas laborais, a destruição das funções sociais do estado (seg. social, saúde, educação), a privatização das empresas extratégicas para o de desenvolvimento (a EDP, os CTT, os Transportes, os Resíduos), a liberalização do saque dos nossos recursos naturais, o desinvestimento na proteção da natureza e na cultura, (com o valor residual de 0,1 % no orçamento do Estado), os ataques à democracia e à soberania…..Tudo isto representa um verdadeiro recuo civilizacional.
Chega! Estas eleições são o momento para o afirmar bem alto. São a oportunidade para penalizar os responsáveis “pelo estado a quisto chegou”, e estes têm nome, PS-PSD-CDS. São o momento para afirmar, que existem alternativas a este caminho, e que da sua implementação depende o nosso futuro.
Mas Companheiros e Amigos
Para que a tradução do vasto descontentamento que existe no país, se traduza em votos construtores de alternativa, com o derrube das politicas de direita e o crescimento da CDU, precisamos de travar uma grande campanha que terá que vencer, de forma criativa e numa relação de proximidade com cada cidadão, os bloqueios e entraves sistemáticos que são colocados à CDU, nomeadamente a tentativa de reduzir o debate e o resultado futuro à troika de sempre.
Teremos de vencer o desanimo, dos que cansados pelas difíceis condições de vida desistem, dos que desacreditados pelas sucessivas mentiras dos partidos (PS/PSD/CDS) que tem passado pelo Governo
Teremos que conseguir transmitir de forma clara, a força e poder deste ato eleitoral que vai levar à eleição dos futuros deputados que terão assento na Assembleia da República ( facto que continua a ser deliberadamente e constantemente deturpado, confundindo os eleitores sobre o verdadeiro objetivo destas eleições) e de esclarecer que a composição da futura Assembleia ditará a orientação da política que o país vai seguir nos próximos anos e determinará ao serviço de que interesses vai estar subordinada: Dos que vivem do seu trabalho, ou dos banqueiros? Dos interesses nacionais ou dos do BCE e do FMI? Dos pobres ou dos ricos? Da proteção do ambiente e dos recursos naturais ou da mercantilização e pilhagem da natureza? De uma educação e saúde de qualidade para todos ou só para quem tem dinheiro? De um país mais democrático e soberano ou de um país intolerante e subjugado? De uma Europa, onde o drama vivido por milhões de mulheres e homens que fogem às guerras que apadrinhou abre diariamente os jornais televisivos ou de uma Europa promotora de Paz e cooperação entre os povos? É tudo isto que o debate eleitoral deve discutir.
Mas Amigos e Companheiros, este ato eleitoral reveste, ainda, uma importância acrescida, pela expressão e o atendimento que será dado aos problemas específicos de cada distrito, de cada região, em função das forças politicas que cada circulo eleitoral elege ou não. E orgulhamo-nos em podemos afirmar, sustentados em provas dadas, que para qualquer distrito do país, eleger um deputado ou deputada da CDU é ter uma dupla garantia: A de ver os problemas do país defendidos e a de ter simultaneamente assegurado que os problemas e interesses específicos da região não serão esquecidos e serão persistentemente defendidos

É tudo isto que faz da CDU uma força diferente, uma força imprescindível ao país, uma força que faz falta a cada distrito. Uma força que tem propostas alternativas e soluções para o país.

JUNTOS VAMOS CONSEGUIR FAZER CRESCER E AVANÇAR A CDU
VIVA A CDU
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