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06/05/2014
Intervenção de Miguel Martins da Comissão Executiva Nacional do PEV, na sessão pública promovida pela CDU na Covilhã
Companheiros e Amigos,

Quero desde já, e em nome do Partido Ecologista «Os Verdes» dirigir uma saudação especial aos candidatos João Ferreira e à Mónica Ramôa, ao Partido Comunista Português e a todos os presentes

Portugal vive atualmente um dos períodos mais difíceis da sua história e, caso não se inverta este rumo, a tendência será piorar a cada dia que passa, com graves prejuízos para o país e para os portugueses.

O Governo PSD/CDS prossegue as suas políticas de ataque aos direitos da população e de defesa dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros, gerando cada vez mais desigualdades, injustiças, retrocesso social, pobreza e miséria.

O PS, que não pode fugir das suas responsabilidades enquanto esteve no Governo, tem sido agora muitas vezes cúmplice das políticas do Governo PSD/CDS, como por exemplo no apoio ao tratado orçamental. Também por parte do Presidente da República há um grande comprometimento com esta política de recessão e de devastação do país.

Esta política, que nos tem sido imposta como se não houvesse alternativas, compromete a soberania, a qualidade de vida e os direitos de cada um de nós e, ao contrário do que o Governo quer fazer crer, o país está cada vez pior.

Estamos perante o resultado de anos e anos de exploração, de destruição da produção nacional, de fragilização de serviços públicos, a pretexto de que não há dinheiro, mas simultaneamente assiste-se ao favorecimento dos grandes grupos económicos e financeiros e ao ainda maior enriquecimento dos mais ricos. A injusta repartição de riqueza tem sido o paradigma das políticas prosseguidas.

Procuram convencer-nos de que os nossos direitos são privilégios e regalias, e que o caminho que nos estão a impor vai levar-nos ao fim da crise, quando o que se tem verificado é o maior empobrecimento dos portugueses e do país.

O Programa de assistência financeira, assinado em 2011 pelo PS, PSD e CDS-PP, com a Troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu, e FMI), com o apoio do Presidente da República, que veio dar continuidade aos PEC’s (Programas de Estabilidade e Crescimento) do anterior governo do PS, foi o argumento para o aprofundamento da austeridade, e representou um verdadeiro ataque aos valores democráticos, à soberania do nosso país e à dignidade do povo português.

Três anos depois o resultado está à vista, limpinho limpinho, só os bolsos dos portugueses: 500 mil postos de trabalho foram destruídos, mais de um milhão e quatrocentos mil desempregados, a maior parte deles sem receber qualquer apoio social (um em cada dois desempregados não tem acesso a qualquer prestação de desemprego), o abono de família foi retirado a 650 mil crianças e jovens, 200 mil beneficiários ficaram sem o Rendimento Social de Inserção, 2 milhões de portugueses na pobreza, 130 mil pessoas emigraram em busca de trabalho no último ano.

Isto para além dos cortes de salários, de pensões e reformas, que continuam a ser dos mais baixos da União Europeia, da falência de empresas ou do encerramento e da privatização de serviços públicos. Tudo isto se passa em claro confronto com a Constituição da República Portuguesa e com os valores da Revolução de Abril, que comemorou este ano o seu 40º aniversário.

Há quase quarenta anos que as políticas de direita dos sucessivos governos PS, PSD e CDS são responsáveis pelo retrocesso social. Há quase 30 anos que a União Europeia nos tem tornado mais periféricos, fragilizando as economias mais fracas para engrandecer as economias mais fortes, como a alemã.

As eleições para o Parlamento Europeu, dia 25 de Maio, são uma oportunidade para dar voz aos que defendem uma mudança, e para penalizar aqueles que insistem em manter Portugal agarrado a políticas de austeridade. Com a CDU é possível DESENVOLVER PORTUGAL NUMA OUTRA EUROPA.

Viva a CDU
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