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Jantar de apoiantes CDU - Couço - Intervenção de Anabela Botelho - PEV
Boas noites amigos e companheiros,

Uma saudação especial para os parceiros da Coligação Democrática Unitária, Intervenção Democrática e Partido Comunista.
Estamos hoje aqui reunidos para defendermos uma alternativa de esquerda, e ela, só será possível com a CDU.
Portugal em 2008 ocupava a 3ª posição no seio da UE onde se registava um maior nível de desiguladade, apenas suplantado pela Letónia e pela Lituânia. Nesse mesmo ano, em matéria de incidência da pobreza, Portugal apresentou uma taxa acima da média europeia.

A média de crescimento económico é, em Portugal, a pior dos últimos 90 anos. A dívida pública é  maior dos últimos 160 anos. A dívida externa é a maior dos últimos 120 anos. O desemprego é o maior dos últimos 80 anos. Vivemos a 2ª maior vaga de emigração dos últimos 160 anos.

Há crise nacional soma-se a crise internacional, provocada pela especulação do capitalismo financeiro nos mercados internacionais (petróleo, minerais e cereais). O sistema financeiro mundial é um barco à deriva, desligado da realidade produtiva.

A CDU tem soluções para resolver os problemas do país. Assegurando a sua soberania, salvaguardando os direitos dos trabalhadores, propondo medidas que visam, a defesa da qualidade de vida, das populações e do ambiente. Os sacrificios que estão a ser exigidos, aos portugueses, penalizam os mais desfavorecidos.

O eng. Sócrates e o PS, têm apelado, nos últimos dias ao diálogo e à cooperação, mas nos últimos 6 anos recusaram sistemáticamente as nossas propostas.
Os Verdes são hoje reconhecidos como um dos grupos parlamentares que mais iniciativas apresentam por deputado.

Na última legislatura apresentamos na Assembleia da República, 26 projectos de lei, 26 projectos de resolução, 286 requerimentos e perguntas ao Governo e propuzemos 600 alterações aos Orçamentos de Estado. Dinamizámos dezenas de iniciativas em torno das alterções climáticas, transportes e energia, recursos hídricos, conservação da natureza, defesa da biodiversidade, ambiente e ordenamento do território, agricultura e florestas, segurança alimentar, educação, saúde, trabalho e segurança social, assim como foram apresentadas várias  medidas em defesa dos direitos dos cidadãos.

Como alguém dizia, este é um tempo de protesto.
Estamos a viver tempos dificeis. Os salários estagnam ou diminuem, aumenta o desemprego, degrada-se a qualidade de vida. Diminuem os apoios sociais, a precariedade aumenta. Os serviços públicos estão em risco.

A actividade agrícola está em queda acentuada, importamos mais de 70% do que comemos, pelo que temos de defender políticas agrícolas que incrementem a produção nacional e incentivem o consumo local. Os bens alimentares não se podem confundir com quaisquer outros, são um direito, ocupam um lugar estratégico em termos de soberania. É necessário apoiar os pequenos e medios agricultores, melhorando o seu rendimento. Os incentivos ao aumento da produção não estão desligados das políticas energéticas e de transporte.

Rejeitamos a opção nuclear; defendemos medidas de eficiência energética; incentivos à mobilidade e valorização do transporte ferroviário.

Na educação assistimos ao longo dos últimos anos, a uma desvalorização do trabalho e da profissão docente, comprometendo o sucesso educativo de milhares de jovens.

O encerramento de escolas, a criação de 22 unidades orgânicas de grande dimensão vão destruir os laços de proximidade que as escolas têm desenvolvido junto das comunidades a que estão ligadas, que se traduziram, numa melhoria dos resultados escolares e na diminuição da taxa de abandono.
Foram suprimidos 5ooo lugarse docentes, e muitos milhares estão na forja, pondo em causa a qualidade do ensino e o bom funcionamento das Escolas.
O eng.Sócrates e o PS persistiram na manutenção de um sistema de avaliação do desempenho docente, rejeitado por uma larga maioria de professores. Este modelo não contribui para uma avaliação rigorosa e justa dos professores, nem para a melhoria do seu trabalho e da qualidade do ensino.

No ensino superior, as restrições no acesso às bolsas de estudo, por parte dos jovens oriundos de familias com menos recursos, poê em causa a continuidade dos seus estudos e a igualdade de oportunidades, consagrada na constituição.

Precisamos de mudar de rumo, as Escola necessitam de tranquilidade para realizar os seus objectivos: desenvolver as parendizagens e criar espaços de bem-estar para aqueles que nelas trabalham e estudam. Os professores precisam  de sentir o apoio da comunidade e dos poderes públicos. As escolas precisam de autonomia.

Amigos e Companheiros,

este é um tempo de mudança.
Vamos mudar o país com a CDU.
VIVA A CDU.

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