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Matosinhos, 13 de Maio de 2011, Maria João Pacheco - PEV
Boa noite Companheiros e Amigos,
Permitam-me que antes de mais e em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”, vos saúde a todos. Todos vós, que como cidadãos independentes, membros da Intervenção Democrática ou membros do Partido Comunista Português, que dão corpo e sentido a este grande espaço colectivo de intervenção que é a Coligação Democrática Unitária.

 
Companheiros e Amigos,
O próximo acto eleitoral do dia 5 de Junho, assume uma extrema importância para o nosso destino colectivo, que se traduz não só numa escolha
entre os partidos que agora se apresentam a este acto eleitoral,
mas também numa oportunidade de RUPTURA e MUDANÇA
com a actual política de direita, que ao longo dos últimos 35 anos PS, PSD e CDS/PP nos têm governado.
Uma escolha, não para eleger um primeiro ministro,
nem para eleger um Presidente da Assembleia da República,
mas sim escolher os 230 deputados, de uma Assembleia da Republica a quem compete legislar, fiscalizar e definir políticas
Uma Assembleia, onde os deputados dos Verdes e do PCP, foram uma presença constante e incansável na defesa de um desenvolvimento sustentável e na procura de maior justiça social.

Uma escolha entre aqueles que têm aprovado os Orçamentos de Estado e os sucessivos PECs
que colocaram Portugal como um dos Países da União Europeia com mais desigualdades na distribuição da riqueza,
com cerca de dois milhões pessoas a viverem abaixo do limiar de pobreza e quase 700 mil desempregados
e aqueles que energicamente a isso se têm oposto.
Apresentando propostas no sentido de inverter esta tendência,
alertando para a insustentabilidade desta espiral vertiginosa
de ataque aos direitos sociais dos trabalhadores e às suas condições de vida
que tem permitido que a pobreza alastre na proporção inversa
ao que aumentam os lucros dos grandes grupos económicos e financeiros.
Mas também uma escolha, entre aqueles que têm consentido a degradação ambiental, teimando no absurdo do crescimento ilimitado, no produtivismo e no consumismo a qualquer preço
e quem defende outras políticas, novas prioridades que satisfaçam as necessidades do presente sem hipotecar o futuro.
Uma escolha entre aqueles que remetem o ambiente para segundo plano,
invariavelmente atrás dos interesses económicos de alguns,
procurando transformar os recursos naturais numa oportunidade de negócio, que tudo querem mercantilizar e privatizar,
e aqueles que vêem nos recursos naturais, como a água, esse bem indispensável à vida, um direito que deve estar ao serviço das populações
Uma escolha entre aqueles que pretendem colocar portagens de acesso às áreas protegidas, que pretendem transformar os resíduos perigosos em combustíveis subsidiados pelo Estado para engordar as cimenteiras
e aqueles que entendem que as áreas protegidas não devem ter dono e que os resíduos devem ser tratados tendo em vista a sustentabilidade do processo e não os interesses das cimenteiras.
Mas ainda uma escolha, entre aqueles que prefiram cortar nos salários, nas pensões, nas reformas, no subsídio de desemprego, nos abonos de família e outras prestações sociais,
e aqueles que defendem a tributação dos milhões e milhões de euros que os accionistas dos grandes grupos económicos ganharam com a distribuição antecipada de dividendos do ano passado.
NÃO nos digam por isso que não há alternativa,
que o dinheiro não chega para tudo,
PS, PSD e CDS/PP estiveram e estão disponíveis agora com o plano da TROICA
na destruição das funções sociais do estado, no encerramento de serviços públicos essenciais, no aumento do custo de serviços públicos para os utentes e na asfixia financeira destes serviços,
Mas negaram-se e negam-se:
à tributação das grandes fortunas,
à tributação das operações em offshore,
à tributação das grandes mais valias bolsistas,
NÃO nos digam por isso que não há alternativa,
que os privados gerem melhor,
PS, PSD e CDS/PP estiveram e estão de acordo com o plano da TROICA
em continuar com desmantelamento do sector público do estado,
em privatizar tudo o que possa continuar a engordar os grandes grupos económicos e financeiros,
e é por isso que depois de terem renacionalizado o BPN e os seus prejuízos,
de terem para lá injectado uns milhares de milhões,
agora se preparam para o privatizar a qualquer preço dado pelo mercado.
Mas negaram-se e negam-se:
a acabar com os benefícios fiscais à banca,
a obrigar o sector financeiro a pagar a mesma taxa efectiva de IRC que uma pequena ou média empresa paga.
O próximo acto eleitoral é por isso também uma OPORTUNIDADE.
Uma oportunidade, desde logo para penalizar os responsáveis pela grave crise que o País atravessa, pois esta crise não surgiu do nada.
Ela é fruto das políticas de direita, neoliberais, do modelo CAPITALISTA.
Que serviram e servem de cartilha ao nível da União Europeia,
determinando por isso este modelo de construção europeia,
cada vez mais Federalista, Militarista e onde o eixo Franco-Alemão,
(cada vez mais Alemão),
determinam o rumo e a violência do saque que se está a produzir em toda a Europa, contra os povos e os trabalhadores,
com a complacência dos restantes Governos Europeus,
que em bicos de pés, como o nosso,
tentam por tudo serem os bons alunos,
aplicando a cartilha e trabalhando para o curriculum político

OPORTUNIDADE na resolução dos graves problemas com que este país se confronta, sejam eles económicos, sociais, ambientais ou culturais,
OPORTUNIDADE para recuperar a economia nacional e por o Pais a PRODUZIR, promovendo o CONSUMO LOCAL
OPORTUNIDADE para mais e melhor investimento publico, na nossa rede ferroviária, na reabilitação urbana, na reconversão energética.
OPORTUNIDADE na implementação de políticas de esquerda
e isso só será possível com o reforço da CDU, quer em votos, quer em mandatos.
A representação que cada partido tiver no parlamento será determinante para o seu peso político,
influenciará as decisões políticas,
a correlação de forças e as convergências de medidas políticas a tomar.
Companheiros e Amigos
Apresentarmo-nos nesta campanha eleitoral alicerçados em todo o trabalho desenvolvido e nas proposta que apresentamos
conscientes das dificuldades das batalhas que vamos enfrentar
mas certos da justeza das nossas propostas e da urgência em encontrarmos novos trilhos para o nosso país e o futuro do nosso povo,
A alternativa política de esquerda, o voto certo, é na CDU.

Viva a CDU.
Viva a Coligação Democrática Unitária !
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