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17/04/2011 |
Saudação de José Luís Ferreira no Encontro Nacional de Eleições, no dia 17 de Abril, na Voz do Operário |
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Caros amigos,
Em nome da Direcção Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, gostaria de começar por saudar os restantes parceiros da Coligação Democrática Unitária, a Intervenção Democrática e o Partido Comunista Português.
Mas queria também saudar-vos a todos.
Todos vós, homens e mulheres, que com o vosso contributo, dedicação e saber, tornaram tão rico e tão produtivo, este importante Encontro Nacional sobre as Eleições Legislativas do próximo dia 5 de Junho.
Sabemos que o dia 5 de Junho será um dia importante para o nosso destino colectivo.
Mas também sabemos que até lá, os partidos que têm estado no Governo ao longo dos anos, vão fazer o possível e o impossível para lavar as mãos como fez o outro, ou enfiar a cabeça na areia como faz a outra, para dizerem que nada têm a ver com a crise que vivemos.
É, pois, necessário lembrar às pessoas que a crise não caiu do céu, nem é fruto de uma qualquer intervenção divina.
A crise tem responsáveis e esses responsáveis têm partidos e esses partidos têm nome e esses nomes são: o Partido Socialista, o PSD e o CDS/PP.
Foram eles e só eles que levaram o país à situação desastrosa que o país atravessa.
Foram eles que preferiram cortar nos abonos de família, nos salários, nas pensões e nas reformas, em vez de tributar os milhões e milhões de euros que os accionistas dos grandes grupos económicos ganharam com a distribuição antecipada de dividendos do ano passado.
Foi o PS, o PSD e o CDS/PP, que preferiram proceder aos profundos cortes no Serviço Nacional de Saúde, em vez de colocar a banca a pagar uma taxa efectiva de IRC igual a que paga qualquer Pequena ou Média Empresa.
Foram eles que preferiram aumentar os impostos de quem trabalha, em vez de aumentar a tributação das mais-valias mobiliárias em sede de IRS.
Foram eles que preferiram colocar milhares e milhares de famílias a viver numa verdadeira fuga à miséria, em vez de cortar nos benefícios fiscais da banca e dos grandes grupos económicos, que mesmo em tempos de crise continuam alegremente a engordar os seus fabulosos lucros.
Foi o Partido Socialista que prometeu a criação de 150 mil postos de trabalho, mas que afinal provocou um numero histórico em termos de desemprego.
Nunca um Governo como o Governo do Partido Socialista, tratou tão mal o Estado Social e enfraqueceu tanto a qualidade da prestação dos serviços públicos prestados aos cidadãos.
É o Ambiente transformado em área de negócio apetecível para os privados,
São as restrições no acesso às bolsas de estudo no ensino superior, que tem vindo a provocar o abandono dos estudos, por parte dos alunos de família com menos recursos.
É o preço dos medicamentos a subir, e o acesso aos cuidados de saúde, cada vez mais uma miragem.
E pasme-se, até o transporte de doentes.
Para não aborrecer os mercados, o Governo pura e simplesmente manda os doentes irem de táxi ou a pé para o Hospital.
Uma vergonha.
E o pior de tudo, é que apesar de todos estes sacrifícios impostos à generalidade dos portugueses, pelos vistos ainda acham que é necessária uma intervenção externa.
E lá estão os mesmos partidos, PS, PSD e CDS/PP em sintonia quanto à entrada do FMI.
Eles chamam-lhe ajuda, mas não dizem a quem se destina essa ajuda.
Não dizem eles, mas dizemos nós, a intervenção do FMI, apenas pretende ajudar a banca e não nem nunca ajudar os Portugueses.
O PS, o PSD e o CDS/PP, os grandes e únicos responsáveis por esta situação não podem passar sem resposta no dia 5 de Junho.
É também por isso, que a grande novidade destas eleições será o reforço da CDU.
Porque com o reforço da CDU, sairá reforçada a luta por mais justiça social e por um desenvolvimento sustentável.
Sairá reforçada a voz que teima em dizer que há outros caminhos, que passam pela aposta na produção nacional, como forma de combater o desemprego.
Sairá reforçada a voz que pretende criminalizar o enriquecimento ilícito;
Que pretende acabar com os desastrosos negócio para o Estado que representam as Parcerias Público Privadas;
Que recusa a privatização da Água, esse recurso fundamental à vida;
Que olha para a agricultura e as pescas como sectores estratégicos da nossa economia.
Que não quer portagens nas áreas protegidas.
Que procura repor o equilíbrio entre as grandes superfícies e o comércio tradicional.
Que quer mais justiça fiscal e cortar nos benefícios à banca e aos grandes grupos Económicos.
Com o reforço da CDU, sairá reforçada a voz que se preocupa com as pessoas e não com os mercados.
Para terminar, dizer apenas que saímos deste Encontro, cujos trabalhos acompanhamos com toda a atenção, com uma vontade reforçada para o nosso envolvimento na campanha eleitoral que aí vem, e cujo compromisso fica desde já, aqui assumido.
O compromisso do Partido Ecologista “Os Verdes” no envolvimento da batalha eleitoral que se avizinha.
Viva a CDU.