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Saudação de José Luís Ferreira no Encontro Nacional de Eleições, no dia 17 de Abril, na Voz do Operário
Caros amigos,

Em nome da Direcção Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, gostaria de começar por saudar os restantes parceiros da Coligação Democrática Unitária, a Intervenção Democrática e o Partido Comunista Português.
Mas queria também saudar-vos a todos.
Todos vós, homens e mulheres, que com o vosso contributo, dedicação e saber, tornaram tão rico e tão produtivo, este importante Encontro Nacional sobre as Eleições Legislativas do próximo dia 5 de Junho.
Sabemos que o dia 5 de Junho será um dia importante para o nosso destino colectivo.
Mas também sabemos que até lá, os partidos que têm estado no Governo ao longo dos anos, vão fazer o possível e o impossível para lavar as mãos como fez o outro, ou enfiar a cabeça na areia como faz a outra, para dizerem que nada têm a ver com a crise que vivemos.
É, pois, necessário lembrar às pessoas que a crise não caiu do céu, nem é fruto de uma qualquer intervenção divina.
A crise tem responsáveis e esses responsáveis têm partidos e esses partidos têm nome e esses nomes são: o Partido Socialista, o PSD e o CDS/PP.
Foram eles e só eles que levaram o país à situação desastrosa que o país atravessa.
Foram eles que preferiram cortar nos abonos de família, nos salários, nas pensões e nas reformas, em vez de tributar os milhões e milhões de euros que os accionistas dos grandes grupos económicos ganharam com a distribuição antecipada de dividendos do ano passado.
Foi o PS, o PSD e o CDS/PP, que preferiram proceder aos profundos cortes no Serviço Nacional de Saúde, em vez de colocar a banca a pagar uma taxa efectiva de IRC igual a que paga qualquer Pequena ou Média Empresa.
Foram eles que preferiram aumentar os impostos de quem trabalha, em vez de aumentar a tributação das mais-valias mobiliárias em sede de IRS.
Foram eles que preferiram colocar milhares e milhares de famílias a viver numa verdadeira fuga à miséria, em vez de cortar nos benefícios fiscais da banca e dos grandes grupos económicos, que mesmo em tempos de crise continuam alegremente a engordar os seus fabulosos lucros.
Foi o Partido Socialista que prometeu a criação de 150 mil postos de trabalho, mas que afinal provocou um numero histórico em termos de desemprego.
Nunca um Governo como o Governo do Partido Socialista, tratou tão mal o Estado Social e enfraqueceu tanto a qualidade da prestação dos serviços públicos prestados aos cidadãos.
É o Ambiente transformado em área de negócio apetecível para os privados,
São as restrições no acesso às bolsas de estudo no ensino superior, que tem vindo a provocar o abandono dos estudos, por parte dos alunos de família com menos recursos.
É o preço dos medicamentos a subir, e o acesso aos cuidados de saúde, cada vez mais uma miragem.
E pasme-se, até o transporte de doentes.
Para não aborrecer os mercados, o Governo pura e simplesmente manda os doentes irem de táxi ou a pé para o Hospital.
Uma vergonha.
E o pior de tudo, é que apesar de todos estes sacrifícios impostos à generalidade dos portugueses, pelos vistos ainda acham que é necessária uma intervenção externa.
E lá estão os mesmos partidos, PS, PSD e CDS/PP em sintonia quanto à entrada do FMI.
Eles chamam-lhe ajuda, mas não dizem a quem se destina essa ajuda.
Não dizem eles, mas dizemos nós, a intervenção do FMI, apenas pretende ajudar a banca e não nem nunca ajudar os Portugueses.
O PS, o PSD e o CDS/PP, os grandes e únicos responsáveis por esta situação não podem passar sem resposta no dia 5 de Junho.
É também por isso, que a grande novidade destas eleições será o reforço da CDU.
Porque com o reforço da CDU, sairá reforçada a luta por mais justiça social e por um desenvolvimento sustentável.
Sairá reforçada a voz que teima em dizer que há outros caminhos, que passam pela aposta na produção nacional, como forma de combater o desemprego.
Sairá reforçada a voz que pretende criminalizar o enriquecimento ilícito;
Que pretende acabar com os desastrosos negócio para o Estado que representam as Parcerias Público Privadas;
Que recusa a privatização da Água, esse recurso fundamental à vida;
Que olha para a agricultura e as pescas como sectores estratégicos da nossa economia.
Que não quer portagens nas áreas protegidas.
Que procura repor o equilíbrio entre as grandes superfícies e o comércio tradicional.
Que quer mais justiça fiscal e cortar nos benefícios à banca e aos grandes grupos Económicos.
Com o reforço da CDU, sairá reforçada a voz que se preocupa com as pessoas e não com os mercados.
Para terminar, dizer apenas que saímos deste Encontro, cujos trabalhos acompanhamos com toda a atenção, com uma vontade reforçada para o nosso envolvimento na campanha eleitoral que aí vem, e cujo compromisso fica desde já, aqui assumido.
O compromisso do Partido Ecologista “Os Verdes” no envolvimento da batalha eleitoral que se avizinha.
Viva a CDU.

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