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17/09/2009 |
Comício CDU na Amadora - Intervenção de Cláudia Madeira |
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Boa noite,
Amigos e Companheiros,
Começo por saudar, em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”, todos os presentes neste comício que constitui mais uma grande iniciativa da campanha da Coligação Democrática Unitária.
Uma saudação especial ao Partido Comunista Português, à Intervenção Democrática, e aos muitos independentes que fazem da CDU este grandioso espaço democrático, empenhado na luta por melhores condições de vida.
A dez dias das eleições legislativas é essencial referir, uma vez mais, e porque insistem em fazer-nos crer que este acto eleitoral servirá para eleger um primeiro-ministro e um governo, que estas eleições se destinam a eleger 230 deputados à Assembleia da República.
Esta é a verdade, e é isto que tem de ser reafirmado.
O dia 27 de Setembro será a oportunidade de escolher os deputados que nos irão representar, defender os nossos direitos e interesses e trabalhar por um país mais justo, democrático e ecologicamente equilibrado.
Os deputados sérios, íntegros, coerentes e com trabalho realizado ao longo destes anos, são os deputados da CDU. É a CDU que tem defendido os interesses do país e das suas populações; é a CDU que tem proposto medidas justas para a generalidade dos portugueses; temos combatido todas as decisões políticas que constituem incontestáveis ataques e ofensivas que nos tiram direitos e qualidade de vida.
Agora ouvimos muitas propostas e promessas, que costumamos ouvir em todas as campanhas eleitorais dos principais responsáveis pela situação que hoje vivemos, mas que não passam disso mesmo, promessas, porque os resultados estão à vista.
As políticas do Partido Socialista trouxeram mais desemprego, que aumenta de dia para dia, atingindo milhares de pessoas, assim como a precariedade e o emprego sem direitos.
Este governo agravou as desigualdades na distribuição da riqueza e aumentou o número de pessoas a viver em situação de pobreza, porque para o povo não há dinheiro, dizem eles, enquanto a banca recebe milhões.
Privatizaram serviços públicos essenciais e nenhum sector escapou às tentativas de liberalização e privatização: desde a água, à energia, aos transportes, ao ensino, à saúde.
Portugal está cada vez mais dependente do estrangeiro, pondo em risco a produção nacional, a economia, e os trabalhadores.
Os desequilíbrios sociais, ambientais e regionais acentuaram-se.
O PS e as suas políticas de direita remeteram o ambiente para segundo plano e encararam-no como um negócio, subjugando-o aos interesses do mercado e dos grandes grupos económicos.
Foram eles que permitiram situações de passividade do Ministério do Ambiente, como a que sucedeu em relação à deposição de resíduos provenientes de Oeiras, Cascais, Sintra e Mafra. Esta situação, apesar de só descoberta agora, tem já dez anos, dez anos em que os resíduos destes concelhos, próximos do concelho da Amadora, foram depositados ilegalmente e sem qualquer tratamento, apesar dos munícipes pagarem as taxas correspondentes ao seu tratamento, acumulando 150 mil toneladas de resíduos.
Perante este caso de grave atentado ambiental e de perigo para a saúde pública, o Ministério do Ambiente nada fez, tal como em muitos outros casos.
Foi exactamente esta postura que este Ministério mostrou ao longo dos últimos anos, permitindo que estas situações aconteçam, sem procurar apurar os responsáveis, penalizando-os por este grave crime ambiental.
E, companheiros e amigos, foi isto que tivemos: más políticas orientadas pela lógica do lucro e não pelo bem-estar das pessoas e pelo desenvolvimento do país. Quatro anos e meio que ficam marcados por uma desresponsabilização sem precedentes do papel do Estado, favorecendo despreocupada e descaradamente o sector privado deixando-se cair num desnorteamento político e sem soluções visíveis.
E é esta a grande diferença entre eles e nós.
A CDU defende sempre as populações, trabalha com as pessoas e para as pessoas. Defendemos uma sustentabilidade social, económica e ambiental.
Foi o Partido Ecologista “Os Verdes” e a CDU que defenderam a gestão pública da água. A água que tem de ser encarada como um Direito e não como uma mercadoria, pois é um bem fundamental à vida e ao desenvolvimento, e o Estado tem a responsabilidade de gerir esse recurso visando o desenvolvimento sustentável, nunca podendo pôr em causa o bem-estar das populações nem o equilíbrio ambiental.
Contra os constantes ataques a serviços públicos fundamentais para o progresso económico, social e ambiental do país, “Os Verdes” e a CDU sempre defenderam os serviços públicos e de qualidade.
Defendemos uma política energética sustentável, baseada na eficiência e poupança energéticas, e no investimento em energias renováveis e sustentáveis.
Propusemos medidas para uma mobilidade sustentável, assente na gestão pública dos transportes colectivos, com preços socialmente justos e defendendo a criação de mais ciclovias e a promoção de formas de mobilidade suave.
Defendemos uma verdadeira e coerente política de ambiente, com reais investimentos na protecção do ambiente e na conservação da biodiversidade.
Defendemos políticas de desenvolvimento e de ordenamento do território que permitam a utilização sustentável dos recursos naturais, em harmonia com a actividade humana e o respeito pelas Reservas Agrícolas e pelas Reservas Ecológicas Nacionais.
Defendemos a implementação de medidas para o combate às alterações climáticas.
Apresentámos propostas para a promoção e o incentivo à produção e ao consumo local,
para um maior apoio à agricultura, às pescas e ao sector cooperativo.
Opusemo-nos ao cultivo de Organismos Geneticamente Modificados e a utilização de transgénicos na alimentação animal ou humana.
“Os Verdes e a CDU defenderam políticas orientadas para a melhoria das condições de vida de todos os portugueses, salvaguardando o ambiente, valorizando a produção nacional e defendendo um sector público eficiente, de qualidade e acessível a todos.
“Os Verdes” e a CDU têm denunciado e combatido constantemente os problemas e as ofensivas que afectam os portugueses e a degradação do ambiente e da qualidade de vida.
“Os Verdes” e a CDU têm estado ao lado das populações a defender um desenvolvimento sustentável e a apresentar propostas que garantam mais justiça social.
Porque não encaramos esta situação que hoje vivemos como inevitável, porque não o é, sabemos que a CDU está a crescer. Continuaremos a empenhar-nos, tal como até agora, na implementação de políticas justas, pois só assim se conseguirá dar uma nova direcção ao País, com mais justiça social e melhor qualidade de vida para todos.
As eleições legislativas de 27 de Setembro são uma oportunidade para esta mudança, para reforçar a CDU.
Viva a CDU!!!