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10/09/2009
Comício Matosinhos - Intervenção de Maria João Pacheco
Matosinhos, 10 de Setembro de 2009
 
Boa noite Companheiros e Amigos,
Permitam-me que antes de mais e em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”, vos saúde a todos. Todos vós, que como cidadãos independentes, membros da Intervenção Democrática ou membros do Partido Comunista Português, dão corpo e sentido a este grande espaço colectivo de intervenção que é a Coligação Democrática Unitária.

Aqui estamos Companheiros e Amigos volvidos quatro anos e meio de Governação do Partido Socialista, Quatro anos e meio que acentuaram a degradação das condições económicas e sociais do nosso país e do nosso povo, com o aumento do desemprego, muito em especial aqui na região norte com a privatização e venda a retalho de muitas sectores estratégicos com o aumento da degradação das áreas protegidas e da conservação da natureza.

Esta maioria absoluta neoliberal do PS, que ao contrário das suas promessas eleitorais, aumentou a idade de reforma dos funcionários públicos para os 65 anos, diminuiu as pensões e os salários reais, aumentou os impostos, não fez o referendo ao Tratado Constitucional Europeu, “esqueceu-se” de rever o código de trabalho de Bagão Félix e ousou piorá-lo, com NOVOS e LESIVOS ataques aos direitos dos trabalhadores e aos sindicatos, tentou SEMPRE dividir para reinar, atacando direitos, destabilizando e tentando colocar uns contra os outros, fê-lo com os trabalhadores da administração publica, com os juízes, com os professores, ... numa obsessão pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento e pelo Défice Público que o fez cortar nos investimentos públicos e encerrar serviços públicos essenciais: fechando maternidades, serviços hospitalares de urgência, escolas do ensino básico, ... destruindo funções sociais do estado, como os praticados pelas Zonas Agrárias que foram desmanteladas, deixando por isso de fazer o seu trabalho de apoio técnico e de extensionismo rural.
Companheiros e Amigos, ao longo destes quatro anos e meio a voz de “Os Verdes” tem-se feito ouvir na Assembleia da República, combatemos o Plano Nacional de Barragens e apresentamos propostas sustentáveis para os problemas energéticos e a minimização das alterações climáticas; Combatemos o encerramento das linhas-férreas, nomeadamente as vias estreitas do Corgo, Tâmega e Tua e apresentamos propostas para garantir o direito à mobilidade e aos transportes públicos, em particular o transporte ferroviário; Combatemos a Co-Incineração e promovemos o debate e defendemos soluções rápidas para a eliminação de resíduos industriais, nos CIRVER’s; Combatemos a privatização da água e dos recursos hídricos e apresentámos propostas para travar a degradação do Litoral; Combatemos a delapidação dos recursos naturais, exigindo um bom ordenamento do território, apresentando propostas para a preservação da biodiversidade, do património florestal e paisagístico;
Combatemos a privatização do património cultural e apresentámos propostas de defesa e classificação do património existente, dos quais destacamos a classificação da linha ferroviária do Tua.
Combatemos os OGM’s e apresentámos AINDA propostas de defesa da agricultura portuguesa, da escola pública e da melhoria da educação, do serviço nacional de saúde e de uma melhor prestação de saúde, das quais destacamos a integração da vacina do cancro do colo do útero no plano nacional de vacinação. Projecto chumbado pelo partido do governo que logo depois o copiou para apresentar como seu. Defendemos os direitos dos cidadãos e dos trabalhadores deste país. Tudo isso sempre em diálogo com as pessoas. Por isso, Companheiros e Amigos ao apresentarmo-nos nesta campanha eleitoral fazemo-lo de cabeça erguida, alicerçados em todo este trabalho desenvolvido e nas proposta que apresentamos conscientes das dificuldades das batalhas que vamos enfrentar mas certos da justeza das nossas propostas e da urgência em encontrarmos novos trilhos para o nosso país e o futuro do nosso povo, Novos trilhos que se traduzam numa RUPTURA e MUDANÇA com a actual situação de desemprego e de injustiça social, numa ruptura com a pobreza, a exclusão e a delapidação dos recursos, numa RUPTURA com as políticas de direita e este sistema CAPITALISTA.

A resolução dos problemas graves com que este país se confronta, sejam eles económicos, sociais, ambientais ou culturais, passa, sem dúvida, pela implementação de políticas de esquerda e isso só será possível com o reforço da CDU, quer em votos, quer em mandatos. Bem pode o Engº José Socrates querer reduzir estas eleições a uma escolha entre ele e Manuela Ferreira Leite, tentando convencer-vos que estamos a eleger um primeiro ministro e um governo, Não Companheiros e Amigos, o que está em causa nestas eleições é a eleição de 230 deputados à Assembleia da República. É pois importante que as pessoas tenham consciência de que a representação que cada partido tiver no parlamento será determinante para o seu peso político, influenciará as decisões políticas, a correlação de forças e as convergências de medidas políticas a tomar. É preciso que quando os eleitores fizerem opções de voto, que olhem para a coerência, seriedade e para o sentido do trabalho e propostas realizadas... se estes forem critérios a ter em conta, a alternativa política de esquerda, o voto certo, é na CDU.

Companheiros e Amigos,
Estamos a crescer, temos condições de ter mais peso.
Vamos eleger o terceiro deputado pelo Circulo Eleitoral do Porto pela CDU
Vamos com ânimo e alegria, sermos protagonistas desta batalha que se avizinha.

Viva a CDU.
Viva a Coligação Democrática Unitária!
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