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31/05/2013
Intervenção de Joaquim Correia «Os Verdes» na apresentação dos cabeças de lista da CDU ao Montijo
Caros Companheiros
Em nome do Partido Ecologista Os Verdes quero saudar os elementos do Partido Comunista Português, da Intervenção Democrática e as muitas mulheres e homens independentes que connosco dão corpo a este grande projeto que é a CDU.
E caros companheiros, permitam-me uma saudação muito especial ao futuro Presidente da Câmara Municipal do Montijo, – Carlos Jorge Almeida e também ao futuro Presidente da Assembleia Municipal, – Francisco Salpico.
Estamos hoje, aqui, a apresentar dois homens que juntamente com um colectivo, irão corporizar uma candidatura sob o lema que é património da CDU – Trabalho – Honestidade e Competência.  
Com trabalho, na resposta de proximidade às aspirações, preocupações e necessidades das populações, com honestidade porque prestamos contas do que fazemos, com competência porque trabalhamos em comunidade para a comunidade, respondendo aos seus anseios, promovendo o bem-estar colectivo. Somos homens e mulheres que estamos junto das populações.
Estas eleições irão realizar-se num quadro extremamente negativo e não podemos dissociar o plano local do plano nacional.
No plano nacional vivemos hoje dias de uma grande ofensiva do capitalismo contra os ideais de Abril, a Constituição da República e o poder local democrático.
Esta política capitalista já levou ao desemprego mais de 1 milhão de Portugueses, ao fecho de milhares de empresas, à destruição de parte do nosso aparelho produtivo. Temos um Governo que hipotecou a nossa soberania, que vai governado sobre os ditames da troika que com falsos argumentos de que as medidas são inevitáveis e de que não existem alternativas, nos vai roubando o direito ao trabalho, à saúde, à educação, à habitação, à mobilidade, à cultura, aos serviços públicos de qualidade, à dignidade humana.
Estamos hoje perante um Governo em decomposição, com um Ministro das Finanças que não acerta um número e que hoje entregou um orçamento retificativo e que já necessita de ser retificado. A nossa dívida aumenta de dia para dia e a OCDE, contrariando as previsões do Ministro, afirma que em 2014 a nossa divida externa irá situar-se nos 132% do PIB. 
Em virtude deste descalabro o Governo já preparou mais um pacote de medidas, sob o nome de reforma do estado, para retirar apoios sociais ao mais desprotegidos, fazer o maior despedimento coletivo de sempre, na função pública, e voltar a atacar os reformados e pensionistas nos seus rendimentos, entre outras medidas.
Daqui gostaria de dar um conselho ao Sr. 1º Ministro e ao Sr. Ministro das Finanças: Emigrem – já chega! Basta!
Mas este Governo, na sua agenda contra as conquistas de Abril, move um ataque feroz ao poder local democrático e aos serviços públicos.
A extinção de freguesias, a lei das finanças locais, a anunciada privatização das águas e resíduos, a lei dos compromissos, são alguns dos exemplos. Na terça-feira passada o Tribunal Constitucional deu uma machadada neste ataque ao declarar inconstitucionais os decretos-lei 136 e 132 que visavam a criação das entidades intermunicipais e as competências a transferir.
Temos um governo que não respeita a constituição, um Presidente da República que não exerce as suas funções, que prefere brincar no facebook, e que serve de para-raios para as tempestades neste desgoverno e que reza à n. Sra. de Fátima à espera do milagre económico.
Caros Companheiros
Não poderei de deixar de comentar o posicionamento do Partido de nome Socialista em todas estas matérias.
À segunda-feira pede a demissão do governo, à terça está alinhado com o memorando da troika que subscreveu, à quarta escreve a hollande, à quinta está pronto para ser governo e à sexta abstêm-se com violência.
É caso para dizer que existem bailarinas que não dão tantas piruetas.
É a estes senhores da troika nacional ps/psd/cds e aos da troika internacional FMI/BCE/EU que dizemos que esta receita de austeridade só cria miséria, empobrecimento e fome, e vejam-se as crianças que hoje chegam às escolas sem tomarem o pequeno almoço e que aí fazem a sua única refeição, os mais de um milhão de desempregados em que mais de 50% já não recebe qualquer apoio social, os reformados que têm pensões de miséria e ainda têm hoje, de a partilhar com filhos e netos e que já nem compram os medicamentos que precisam. Esta receita só cria mais desemprego e precariedade, obriga os jovens a emigrar, encerra escolas, extensões e postos de saúde, encerra postos dos CTT, e tenta reduzir a cultura a serviços mínimos. São estes alguns exemplos a que nós dizemos Não.
Minhas senhoras, meus senhores,
Ao nível local estamos a assistir à agonia e à decadência do reinado de Maria Amélia.
Basta andar pelo Montijo e ouvir os cidadãos. Nunca o Montijo esteve tão sujo e abandonado, o investimento é nulo, planeamento é palavra desconhecida e as promessas foram tantas que poderiam ser compiladas em vários fascículos literários.
Mas permitam-me que lembre algumas das suas promessas: a centralidade do cais do Seixalinho, que teria restaurante panorâmico, creche, e seria servida por mini-bus a biodiesel que circulariam pelo Montijo, é realidade virtual. O parque de estacionamento gratuito, é pago. Está este local ao abandono e a câmara agora diz não ter nada a ver com o problema. Na frente ribeirinha, foram feitos alguns metros mas relembro que a mesma vai da Lançada ao Seixalinho. A Casa da Música Jorge Peixinho, foi música. A circular externa, é meia circular. A ligação da Calçada à rotunda da Mundet, perdeu-se. O célebre Parque Desportivo, procura-se. O novo parque de exposições, é agora um entreposto de uma empresa farmacêutica. A Praça Gomes Freire, só em cartaz. Estes são alguns pequenos exemplos que foram alvo de cartazes e muita propaganda mas de nenhuma concretização.
Quando o agora candidato do PS afirmou, na Assembleia Municipal, que a Câmara do Montijo fez um grande esforço em 2012 para manter as portas abertas e os serviços a funcionar, nós respondemos: não se preocupe que nós abrimos as portas sem esforço e trabalharemos com os Montijenses e para os Montijenses.
Gostaria ainda de deixar aqui um recado à candidata do PSD, diga a verdade ao povo do Montijo, diga como tem votado na Assembleia da República e não prometa no Montijo o contrário do faz em Lisboa.
 Hoje, mais do que nunca, temos a responsabilidade de passar a mensagem e de demonstrar que há alternativa, que é possível a mudança e os Verdes reafirmam o seu empenho nessa mudança e nessa alternativa que é a CDU.
Vamos fazer do Montijo um Concelho de Abril, porque com a CDU o Montijo tem futuro.
O país precisa, o Montijo precisa, de mais CDU
Viva o Montijo
Viva a CDU
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