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31/07/2013 |
Intervenção de Nuno Rosado «Os Verdes» na apresentação dos candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Cascais |
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Caríssimos Companheiros e Companheiras, Amigos e Amigas,
Gostaria de, em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”, começar por
• Saudar todos os presentes,
• Todos os elementos da Coligação Democrática Unitária –
• O Partido Comunista Português,
• A Intervenção Democrática,
• Todos os independentes
e, ainda,
• Agradecer o convite que me foi dirigido para integrar este projeto, proporcionando-me assim a possibilidade duma participação cívica mais ativa na defesa dos valores que constituem a génese e a luta permanente d’”Os Verdes”.
Este é um projeto que se quer aberto e em construção. Que convoca todos os aqui presentes e aqueles que conseguirmos envolver, todos aqueles que estão preocupados com o presente e o futuro do concelho de Cascais.
Um projeto que pretende dar um enorme contributo no combate urgente que há a travar contra o aquecimento global e as alterações climáticas, sob pena de um dia chegarmos a um ponto de não retorno, de consequências imprevisíveis para Cascais, para Portugal e para o futuro dos nossos filhos.
Espera-se com o contributo d’“Os Verdes”, através do forte apelo ao espírito de participação e cidadania ativa, plantar consciências e motivar à proteção da natureza. O significado deste projeto de longo prazo não passa apenas pela manutenção do equilíbrio natural, mas também pela motivação à alteração de comportamentos e atitudes que tendem a agravar a tendência repressiva aos bens essenciais à vida humana e do planeta.
Pretendemos proporcionar um conjunto de equilíbrios fundamentais, promovendo nomeadamente a recuperação dos ecossistemas, compensação da perda de biodiversidade e redução das emissões de dióxido de carbono. Iremos aprofundar a consciência ambiental coletiva, promovendo atitudes saudáveis junto das populações e valorizá-las social e culturalmente.
Mas não queremos ficar por aqui.
Queremos que este projeto integre e incorpore todos os contributos que o enriqueçam e o ajudem a levar à prática, numa lógica de sustentabilidade que se pode traduzir nalguns dos seguintes pressupostos:
- Aprofundamento da democracia participativa e da cidadania através de um trabalho sistemático e diário, ouvindo as pessoas, conhecendo e acompanhando no terreno as realidades e as questões que afetam as suas comunidades;
- A defesa da gestão pública dos transportes coletivos de passageiros, com preços socialmente justos e com a generalização do passe social;
- A defesa da intermodalidade e o apoio prioritário à valorização da ferrovia. No caso da linha de Cascais, o desinvestimento e degradação a que está sujeita, são um ataque ao direito à mobilidade das populações e um entrave ao desenvolvimento;
- Encarar a mobilidade como um fator-chave da gestão territorial e do desenvolvimento. No atual momento de crise económica, social e ambiental, os transportes públicos devem ser um dos pilares estratégicos para o desenvolvimento que alivia a nossa fatura energética, que reduza a emissão de gases com efeito de estufa, que promova o emprego e que facilite a mobilidade;
- Defender a implementação de planos de mobilidade que incluam o ordenamento da circulação automóvel e do estacionamento e generalizem a existência de circuitos municipais pedonais e/ou cicláveis;
- Inverter a degradação, o abandono e, também, o facto de não haver uma estratégia que permita a conservação dos espaços verdes e do património histórico de Cascais.
- Defender a água como um bem público a que todos devem ter igualdade no acesso. O processo de privatização em curso é uma grave ameaça ao acesso de todos a este bem;
- Defender os serviços públicos e de qualidade – considerando, que o direito de acesso à saúde e à educação, entre outros, está consagrado constitucionalmente e é de importância primordial para a qualidade de vida das populações. A atual extinção ou deficiente resposta dos serviços às necessidades da população constituem uma violação dos seus direitos fundamentais, como é o caso da falta de Centros de Saúde, de Médicos de Família e de uma rede pré-escolar e de ensino básico que se revela insuficiente para as necessidades identificadas.
«Os Verdes» e a CDU não pactuam com a lógica instituída que representa um autêntico retrocesso nas políticas ambiental e social da autarquia.
Para os Candidatos de “Os Verdes”, nas listas da CDU ao Concelho de Cascais, as próximas eleições autárquicas, serão um momento de reforço e de afirmação do nosso projeto e do trabalho que se tem vindo a desenvolver.
As autarquias são inquestionavelmente, os órgãos de Poder mais próximos das populações e são também o espaço privilegiado para se promover e afirmar a verdadeira democracia participativa.
É necessário continuar a luta pela defesa e dignificação do Poder Local Democrático, principalmente face aos mais recentes ataques à sua autonomia - de que são exemplo a redução drástica do número de freguesias, a nova lei das finanças locais e das competências autárquicas. Estas e outras ameaças, levadas a cabo pelos partidos do arco da governação têm sido objeto de denúncia e de luta por parte da CDU e das forças que a compõem.
Por fim, um apelo…
A CDU e o seu projeto autárquico são uma referência inquestionável: Trabalho, Honestidade e Competência são marcas que caracterizam a gestão CDU e a sua ação nas autarquias.
Para nós, Partido Ecologista “Os Verdes”, a CDU, pelo trabalho realizado, pelo prestígio que alcançou na gestão autárquica, é a força política melhor colocada para mobilizar as populações em torno das grandes causas do desenvolvimento e da sustentabilidade.
Por tudo isto é necessário reforçar a CDU. É preciso dar força aos que estão verdadeiramente nas ruas, com as populações e que se erguem na defesa dos seus direitos.
Ao trabalho Companheiros e amigos!