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11/05/2013
Intervenção de Rogério Cassona «Os Verdes» na sessão de apresentação pública dos candidatos da CDU às Juntas de freguesia de Sintra em 11 de Maio
Caros companheiros, amigos da coligação, amigos em geral:

Em primeiro lugar quero dizer-vos que foi naturalmente com muita honra e com muito orgulho que aceitei esta enorme responsabilidade de ser o primeiro candidato da lista da CDU concorrente às próximas eleições autárquicas nas freguesias de Almargem dos Bispo, de Montelavar e de Pero Pinheiro.

Porque é naturalmente uma honra estar envolvido num projecto que encerra como objectivo primeiro, e único, o de defender os direitos dos nossos cidadãos e de lhes oferecer o acesso a melhores condições de vida, neste caso em concreto, aos fregueses destas nossas três freguesias.
E esse projecto é só um, o projecto da CDU.

Como dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes” quero começar por saudar, a reconstituição da CDU para o acto eleitoral autárquico.

Saudar os candidatos da CDU à Camara Municipal, os candidatos à Assembleia Municipal e particularmente os candidatos às Juntas de Freguesia que apresentamos aqui hoje.

Saudar todos os presentes e saudar também todos aqueles que se identificam com o nosso projecto e que estão dispostos a trabalhar connosco, empenhadamente, e posso dizer-vos que são muitos, dispostos a tabalhar em prol das pessoas, das instituições, das associações e das empresas que precisam hoje, desesperadamente, de um apoio cada vez maior, tal o abandono a que têm sido votados por políticas orientadas para a destruição de tudo o que é público, isto é de tudo o que é de todos nós.

São projectos como o da CDU que nos permitem acreditar que ainda é possível criarmos uma sociedade melhor, mais justa, mais fraterna, mais solidária, e sobretudo verdadeiramente democrática, em que a vontade da maioria do povo prevaleça sobre esses outros interesses. Sim, contrariamente a tudo aquilo a que vamos assistindo hoje, dia após dia, no nosso país; compete-nos fazer cumprir a regra, cantada ou não, de que o povo é quem mais ordena!

Na política não são todos iguais. Esta frase, a de que são todos iguais, é uma frase fácil, demagógica, muita ouvida é certo, mas na verdade encerra uma enorme falsidade.
Temos que compreender a natural desilusão das pessoas, sistematicamente iludidas, e traídas, por aqueles em quem votam, mas temos que repor a verdade, e a verdade é que não são todos iguais.

Aos portugueses, aos eleitores sintrenses, vamos pedir uma oportunidade para o provarmos. Porque agora é a vez da CDU !

É a vez de serem efectivamente consagrados os direitos dos nossos cidadãos !

Todos os direitos. O direito à saúde, o direito à educação, o direito à mobilidade, o direito a um ambiente saudável, o direito à cultura e ao desporto, e, sobretudo, o direito ao trabalho.

É incontestavelmente um momento absolutamente crítico aquele que atravessamos, fruto desta política insustentável, com ataques diários a todos os que trabalham, aos reformados, aos desempregados e a todos os nossos jovens . Impõe-se portanto que, mais do que nunca , façamos respeitar a Constituição da República Portuguesa.

Hoje, o buraco na estrada ou no caminho não é o pesadelo maior para o cidadão. O pesadelo é pensar que tem que pagar a electricidade, a água, as taxas moderadoras na saúde, o passe ou os materiais escolares. O pesadelo maior é, para muitos, pensar que tem que comer.

Mas hoje, para além de todos os direitos, também a democracia corre sérios riscos, até porque os sucessivos ataques deste Governo ao Poder Local Democrático põem em causa o bom desempenho e até o normal funcionamento das nossas autarquias, sejam elas as Juntas de Freguesia ou os Municípios.

E põem também em causa a necessária e exigível relação de proximidade entre os cidadãos eleitores e os cidadãos eleitos.

Porque o Poder Local Democrático tem de ser um Poder colegial, assente na representatividade das populações por via eleitoral, autónomo, e que deve promover o envolvimento e a participação dessas mesmas populações.
Um poder que deve ser motivador, que no concreto deve estreitar as relações entre os cidadãos e os seus representantes, e que, tendo por base a democracia participativa, deve ser inclusivo, plural e deve gerar entre todos relações mais equitativas e mais igualitárias.

Mas, o que o Governo do nosso país tenta hoje a todo o custo e por todas as formas promover e implementar, é um Poder centralizado, com perda de autonomia das instituições locais e assente numa estrutura eminentemente centralista e presidencialista.
O objectivo é o de transformar o Poder Local numa extensão do Poder Central, por ele controlada e manietada, e arquitectada em função de outros interesses que não os interesses das populações.

Querem-nos impor um Poder cada vez menos local. Nós responderemos aproximando-nos das populações.

E é o que temos feito nas freguesias de Almargem do Bispo, de Montelavar e de Pero Pinheiro.

Reafirmando e demonstrando a nossa firme determinação em fazer respeitar a identidade de todas e de cada uma destas freguesias, é na rua que apresentamos as nossas propostas, que ouvimos as angústias e as denúncias, e que constatamos as dificuldades crescentes e insuportáveis.

E temos ouvido muito e de muitos!

Constatamos, em primeiro lugar, as alarmantes dificuldades económicas das pessoas, do pequeno comércio, da pequena e da média indústria, enfim constatamos as conhecidas e generalizadas dificuldades para se sobreviver.

Constatamos um desemprego crescente e que atinge índices intoleráveis e insustentáveis. Mas, sobretudo é preciso termos a consciência não dos números mas do facto de que atinge pessoas, muitas pessoas que hoje já não têm quaisquer meios de sobrevivência.

A isto responderemos nós, CDU, com propostas concretas de apoio aos principais sectores produtivos, particularmente ao sector das rochas ornamentais, um sector crítico e que é responsável pela principal actividade das nossas três freguesias.

Constatamos o inqualificável ataque ao direito à saúde que assume particular gravidade na freguesia de Almargem do Bispo, onde o Governo, através do Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra se prepara para encerrar três das actuais quatro Extensões de Saúde, violando o elementar direito aos Cuidados Primários de Saúde destas pessoas, algumas das quais serão obrigadas a percorrer mais de 10 KM para ter acesso a uma simples consulta ou a um simples tratamento cuja necessidade é diária, muitas das vezes.

A isto respondemos nós com informação às populações e com a distribuição de um abaixo-assinado exigindo a manutenção das actuais Extensões de saúde.

Também constatamos o total abandono a que foram votadas as AUGIS da freguesia de Almargem do Bispo a partir do momento em que a CDU deixou de ter responsabilidades deste pelouro na Camara Municipal, com todos os processos parados no tempo.

Mais, constatamos a proliferação dos aterros ilegais e a incapacidade de resolver e de erradicar este atentado ambiental.

Constatamos ainda a inexistência de uma rede de transportes públicos adequada às necessidades dos nossos fregueses e que lhes assegure o direito à mobilidade.

Mas também constatamos que a esmagadora maioria das pessoas estão receptivas às nossas propostas e que estão receptivas a nos colocarem os seus problemas, as suas opiniões e as suas sugestões.

E este é um sinal muito importante.

E também constatamos o empenho e a determinação de muitos que trabalham nas diversas instituições das nossas freguesias, dispostos a tentar minorar os efeitos destas políticas anti socais e anti humanas que nos vão sendo impostas.

Esta é a prova de que há por aqui muitos portugueses que não aceitam caminhar tristemente para o abismo.

Concluindo:

Este é, aliás este só pode ser, o tempo e o momento da CDU!

Caros companheiros e amigos,

Este é o tempo e o momento dos nossos fregueses e dos nossos munícipes participarem activamente na política, que é o mesmo que dizer nas opções e nas decisões da sua Camara Municipal e das suas Juntas de Freguesia!

Sim, porque a participação das populações não é um direito, é um dever que, ao não ser exercido e cumprido, compromete, irremediavelmente, a democracia e a vida democrática!

Para terminar, permitam-me uma palavra muito especial e particular aos nossos jovens. A eles dizemos nós que este não é, de forma alguma, o momento de mudarem de país, é sim o momento de mudarem o país!

Pelo vosso futuro, pelo nosso futuro, usem a vossa criatividade, apoiem-se na vossa irreverência e apelem à vossa coragem!

Resumindo, queiram vocês porque nós estamos convosco, e nós podemos ajudar-vos a vencer!

Pela nossa parte, acreditem que a CDU não vai regatear esforços para mudar estas políticas e para repor os direitos de todos os sintrense a uma vida digna!

Viva o Poder Local Democrático!

Viva a CDU!
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