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23/09/2009
INTERVENÇÃO LEGISLATIVAS 2009 ALPIARÇA - Francisco Madeira Lopes

Boa noite, Amigos e Companheiros, da Coligação Democrática Unitária, da CDU, sejam independentes, sejam membros da Intervenção Democrática, militantes d’ “Os Verdes” ou do PCP, simpatizantes, activistas, a todos saúdo da parte do Partido Ecologista “Os Verdes”.

Vocês são, somos todos juntos, os que aqui estamos hoje e por todo o país, os braços, as pernas, tronco e cabeça deste grande projecto político, desta grande força nacional, indispensável, verdadeiramente indispensável, à democracia portuguesa e à resolução dos problemas de Portugal e dos Portugueses.

Uma força que sendo patriótica, porque quer o melhor para o nosso país e para o nosso povo, e por isso luta, não cai em nacionalismos balofos e bafientos.

Uma força que tendo estado sempre ao lado do povo, das pessoas, de quem trabalha, da juventude, dos idosos, na primeira linha na defesa dos direitos humanos e das conquistas civilizacionais de Abril, da Escola Pública e do Serviço Nacional de Saúde, dos direitos laborais e sindicais, do ambiente e qualidade de vida, não se vende, nem se rende, jamais, aos interesses instalados dos grandes.

Uma força, que ninguém pára, que sabemos que incomoda porque não se cala e em cada momento está sempre presente, denunciando e alertando, discutindo, acusando quando tem que acusar, exigindo responsabilidades, mas acima de tudo com propostas e soluções de facto, credíveis e palpáveis, responsáveis e seguras, para uma vida melhor.

Por isso tantos temem a CDU. Porque não somos uma força descomprometida, apenas de protesto, da palavra fácil e bonita; a CDU é uma força responsável e que, e aí reside a sua força, nasceu do povo, está comprometida com os portugueses, e por isso luta sempre ao lado das populações, permanentemente, todo o ano, e não apenas em altura de campanhas eleitorais; nasceu do povo e não nega as suas raízes, antes pelo contrário, delas se orgulha e nelas se nutre para crescer mais forte e sólida nesta caminhada rumo a um futuro diferente do que o que nos querem impor, um futuro de paz, sustentabilidade ambiental e justiça social.

Meus Amigos,

É já no próximo Domingo que se abre uma janela de oportunidade para construir a mudança para um futuro melhor. As próximas eleições legislativas convocam-nos, convém lembrar, para eleger 230 deputados, aqui pelo Distrito de Santarém, 10 deputados. 10 deputados que, para além de representarem todos os portugueses na Assembleia da República, têm, para além disso, um dever especial de prestar atenção, de conhecer e de levar ao parlamento os problemas deste Distrito e das suas populações, dever esse que a CDU conhece tão bem honrando sempre o compromisso de ser uma voz activa na defesa dos seus interesses e dever esse que os deputados das outras forças políticas eleitos por Santarém tão depressa esquecem no dia seguinte ao das eleições.

Triste sina esta a dos dois partidos que se têm alternado no poder nos últimos 30 anos, mas fazendo sempre a política da direita, de serem acometidos de uma espécie de esquizofrenia e amnésia política em altura de eleições: esquizofrenia porque ei-los transfigurados, em simpatia, em sorrisos, cheios de diálogo e de pseudo-moral democrática, esbanjando nos discursos a ética, a verdade e a seriedade que depois lhes falta na prática e na acção políticas, quando não cumprem as suas promessas, quando mandam o programa às urtigas e assim descredibilizam a vida política nacional.

José Sócrates prometeu muito em 2005. Prometeu 150.000 postos de trabalho, prometeu rever o Código do trabalho de Bagão Félix, prometeu justiça social, prometia, por ter sido Ministro do Ambiente, uma governação que reconhecesse o ambiente como um pilar de desenvolvimento, prometeu ver para lá do défice, prometeu, enfim governar à esquerda. Confiados nessas promessas, os portugueses deram-lhe a maioria absoluta com a qual José Sócrates fez precisamente o contrário do que prometera.

Prosseguindo a obsessão pelo défice, impôs uma política economicista, agravou os impostos, aumentou a idade da reforma, cortou nos salários e nas pensões, aumentou a idade da reforma, diabolizou os funcionários públicos tornando-os bodes expiatórios da situação, cortou no fundamental investimento público, degradou a Escola Pública aumentando os custos para os estudantes e para as famílias, enfraqueceu com a sua política de encerramentos, o Serviço Nacional de Saúde, não garantindo sequer o fundamental médico de família situação particularmente grave aqui no Distrito de Santarém, enfim, reduziu direitos, espezinhou os trabalhadores, agravou a vida dos portugueses.

Com as suas políticas de privatizações ou de concessões dos bens e serviços públicos fundamentais, entregando-os à gula dos grandes grupos económicos, no ambiente e no território, na energia e na água, bem fundamental à vida e que, com a Lei da Água aprovada nesta legislatura, é tratado como se de uma vulgar mercadoria se tratasse, o Governo do PS desresponsabilizou o Estado e enfraqueceu-o na sua tarefa de garantir o acesso a esses bens essenciais de forma justa e equitativa a todos os portugueses.

Até nos transportes públicos fundamentais para a sustentabilidade energética e ambiental de Portugal e para os nossos compromissos de redução das emissões de gases com efeito estufa. Depois de desmantelada a rede dos Autocarros da Rodoviária Nacional, processo que conduziu à diminuição da qualidade do serviço prestado às populações, deixando muitas localidades mal servidas ou mesmo completamente isoladas, o PS, ou o PSD, tanto faz, porque um mata e o outro esfola logo a seguir, preparam-se agora para desmantelar a CP e para entregar o serviço de transporte ferroviário, onde este for rentável e apetecível, aos privados.

Nas linhas onde não for rentável, o serviço só se mantém se as autarquias, que estão muito folgadas financeiramente, aceitarem financiar um serviço público de interesse nacional. É o que prevê a legislação aprovada há poucos meses pelo PS. É o que está já a acontecer aqui no Distrito, com a Linha de Vendas Novas entre Coruche e o Setil e é inadmissível. O direito à mobilidade das populações merece mais respeito e consideração e o investimento público de qualidade não se pode restringir às grandes obras, tem que servir para satisfazer localmente as necessidades das pessoas com uma perspectiva de desenvolvimento regional sustentável.

Mas o PSD não é melhor, Companheiros e Amigos.

Desengane-se quem julgue que algo de substancial mudaria se tivéssemos uma vitória do PSD. PS e PSD são as duas faces da mesma moeda, da moeda da injustiça social, das privatizações, da crise interna e do desemprego, da destruição de produção nacional, da exploração do homem e do esgotamento insustentável dos nossos recursos naturais, do abandono da nossa agricultura.

Até o CDS, que hoje ergue a bandeira da agricultura acusando o Governo de desperdiçar ajudas e de se atrasar nos pagamentos aos agricultores, já se esqueceu que quando esteve no Governo, não fez melhor, pois os atrasos nas Ajudas também eram uma constante, manteve-se a média de 40% de fundos comunitários devolvidos por falta de aproveitamento e aprovou sempre as sucessivas reformas da Política Agrícola Comum responsável pela diminuição de produção nacional, pelo abandono de terras e pelo desemprego na agricultura.

PS, PSD e CDS têm as mãos sujas, manchadas pelas suas malfeitorias a Portugal nas últimas décadas.

E é por isso, apelamos ao Voto útil.

O Voto realmente útil é na CDU. Só a CDU pode apelar ao voto útil porque é a única força política que tem honrado os seus compromissos, a palavra dada. Não dizemos hoje uma coisa para fazer outra amanhã!

Não é útil votar para garantir maiorias que são inúteis a resolver os problemas dos portugueses ou que pior, pelo historial que têm, a garantia que dão é que vão agravar a vida dos portugueses mais uma vez. O que é útil é votar, no próximo Domingo dia 27, no projecto que tem provas dadas na defesa dos direitos e dos interesses do país e das populações. O que é útil, certo e garantido é votar CDU!

VIVA A CDU!

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