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19/06/2005
Intervenção no Encontro de Quadros da CDU - Seixal
INTERVENÇÃO NO ENCONTRO DE QUADROS DA CDU
 
SEIXAL 19-06-2005

Afonso Luz
Dirigente Nacional de "Os Verdes"

Caros amigos,

Antes de mais, e em nome da Direcção do Partido Ecologista “Os Verdes”, a nossa saudação a todos os presentes e a este Encontro Regional.

Saudação que se estende, naturalmente, a todos os cidadãos independentes e às organizações que connosco integram a CDU, a Intervenção Democrática e o Partido Comunista Português.

Para o Partido Comunista Português, uma saudação especial neste momento de luto.

Luto que afecta não só os seus membros, mas todos aqueles que, como nós, acreditam que é possível um mundo diferente.

E embora nunca esquecendo aqueles que fisicamente nos vão abandonando, ninguém melhor que vós sabe que o luto passa, a luta continua.

Mais uma vez cá estamos juntos, com o claro propósito e a forte convicção de transformar o próximo desafio eleitoral numa vitória da CDU nesta região, uma vitória dos nossos princípios e ideias, assumindo compromissos com os eleitores, com aqueles que vivem e trabalham nesta região.

Caros amigos,

Na batalha eleitoral que se aproxima, vamo-nos confrontar com aqueles que muito prometem quando se aproximam eleições, mas que, na hora da verdade, se esquecem dessas promessas.

Vamo-nos confrontar com aqueles que têm governado este país, alternadamente, desde 75, PS e PSD, e que em vez de conduzirem o país, como têm prometido, à convergência com os países europeus mais desenvolvidos, têm conduzido o país para a cauda da Europa.

Vamo-nos confrontar com aqueles que ficam muito surpreendidos por descobrirem, de repente, que o deficit das contas públicas é aquele que, eles próprios, já nos tinham anunciado há uns meses atrás. E que, por isso, afinal não podem cumprir algumas das suas promessas eleitorais.

Mas, apesar disso, todos nós sabemos, e eles também, que poderiam ser tomadas medidas para corrigir o deficit sem penalizar fortemente os funcionários públicos e outros trabalhadores por conta de outrem e os pequenos e médios empresários.

Mas não. Foram tomadas por este governo, que se diz de esquerda, e ainda por cima “esquerda moderna”, exactamente as medidas que qualquer Manuela Ferreira Leite ou Bagão Félix, da direita mais bolorenta, subscreveriam.

Vamo-nos confrontar com aqueles que, apesar da rejeição da dita Constituição Europeia, por dois dos principais países, continuavam teimosamente a querer fazer um referendo em simultâneo com as eleições autárquicas, passando por cima das mais elementares regras da democracia, prejudicando o debate autárquico e querendo fazer passar à margem o debate de um Tratado que pretende transformar a Europa numa potência do neoliberalismo económico, fortemente militarizada e onde cada Estado pouco conta.

Pararam agora para reflectir.

Deviam parar, sim, mas para alterar profundamente a forma como esta Europa tem estado a ser construída.

Vamo-nos confrontar com aqueles que querem privatizar a água, que querem a co-incineração na Arrábida, que não estão a tomar as medidas necessárias ao cumprimento do protocolo de Quioto.

É com estes que a CDU vai ter de se confrontar nas próximas eleições autárquicas.

Não temos os meios financeiros de outras forças políticas, não utilizamos a mentira com propósitos eleitorais, mas temos a nosso favor o reconhecimento de que a CDU nas autarquias é sinónimo de obra feita, transparência e rigor na actuação.

“Os Verdes" cá estarão também para enfrentar esta batalha eleitoral com confiança e vontade de continuar a contribuir para uma CDU cada vez mais forte.

Para que cada concelho conquistado pela CDU seja um concelho de Abril.


Viva a CDU

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