30/06/2013

Rio Tinto, concelho de Gondomar - Apresentação dos primeiros candidatos à Assembleia de Freguesia - Intervenção de Jacinta Pereira

Boa noite companheiros e amigos
Em nome do Colectivo Regional do Porto Partido Ecologista «Os Verdes», saúdo todos elementos da Coligação Democrática Unitária - o PCP e todas as mulheres e homens independentes que fazem da CDU um projecto sério e capaz.
Os Portugueses andam há dois anos a sofrer as consequências dos erros sucessivamente cometidos nas previsões macroeconómicas do Governo. Dois anos a sofrer os efeitos recessivos das suas políticas.
Dois anos a assistir ao aumento galopante do desemprego, à degradação do nível de vida das famílias e ao aumento da pobreza e da exclusão social.
As famílias portuguesas andam há dois anos a sacrificar-se, com cortes nos salários e nas pensões, com cortes nas prestações sociais, com uma carga fiscal insustentável, com cortes nos direitos e a divida pública não para de aumentar e a recessão continua a agravar-se.
Os números do desemprego atingem valores verdadeiramente dramáticos: mais de um milhão e meio pessoas desempregadas. O desemprego jovem oficial chegou aos 42,5%, se falarmos do desemprego real chegamos a valores que ultrapassam os 50%. Ou seja, metade dos jovens em Portugal, não têm emprego, isto sem considerar os milhares que se viram forçados a emigrar.
Segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística, o Governo “obrigou” 120 mil portugueses a procurar emprego no estrangeiro, apenas no último ano.
O saldo migratório do ano passado, regressou a níveis dos anos 80, sendo um dos mais negativos em 33 anos.
Em matéria de emprego, aquilo que o Governo tem feito é transformar a precarização do trabalho em regra e multiplicar o desemprego, promovendo o despedimento na Administração Pública e fomentando o despedimento no setor privado.
Em dois anos de Governo PSD/CDS, o nosso património coletivo encolheu, com a privatização de importantes empresas para a nossa economia e que para além de prestarem um serviço público de qualidade aos cidadãos, ainda davam receitas para o Estado.
O acesso à saúde é cada vez mais difícil. Os Portugueses estão mais pobres e tendencialmente mais doentes e com menos capacidade para se deslocarem aos serviços de saúde. Há milhares de doentes em Portugal que deixam de ter acesso aos cuidados de saúde por motivos económicos e cada vez mais as pessoas deixam de comprar medicamentos porque não têm dinheiro para os adquirir.
Dois anos de Governo PSD/CDS, seguindo as pegadas do governo PS, que prometeram mundos e fundos, foram dois anos de sacríficos em vão, de perda de direitos, de aumento brutal de impostos, de inconstitucionalidades, de privatizações, de empobrecimento da nossa democracia, de agravamento das desigualdades sociais, de fragilização dos serviços públicos, de alastramento da pobreza e da exclusão social, de desemprego, de uma clara demissão do Governo relativamente às Funções Sociais do Estado e às questões ambientais, de falências de empresas, de aumento da dívida pública e do agravamento da recessão.
Estas eleições autárquicas irão ser talvez as mais importantes desde 1976. Nós vivemos hoje um momento muitíssimo particular, o país está de rastos e quanto mais este governo PSD/CDS governar mais agravará a situação.
Face a esta situação temos dois caminhos a seguir: ou nos conformamos ou lutamos. Na CDU como é obvio não nos podemos conformar com estas politicas seguidas pela troika portuguesa e estrangeira que conduzem ao afundamento do país quer do ponto de vista económico quer social, para não falar na cultura e ambiente que são relegados para segundo ou terceiro plano. Por isso na CDU lutamos contra estas politicas.
Lutamos por uma politica alternativa efectivamente de esquerda, que contribua para a melhoria das condições de vida das pessoas. Não nos limitamos às inevitabilidades que o PSD e CDS nos querem impor com a bênção do presidente da república.
Por isso reforçar a CDU é sem duvida penalizar aqueles que nos colocaram nas mãos da troika. Estas eleições autárquicas são a oportunidade de castigar  aqueles que ditaram uma austeridade absurda que leva o país à miséria e à incapacidade de gerar riqueza.
Reforçar a CDU é contribuir para defender e dignificar o poder local democrático. É dar voz e poder de intervenção às pessoas de rio Tinto e de Gondomar.

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