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13/01/2021 |
Sobre o encerramento da GALP Matosinhos - DAR-I-037/2ª |
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Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Diana Ferreira, quero saudá-la por trazer este tema tão importante a debate.
Quando uma empresa distribui centenas de milhões de euros de lucros, num país onde o salário mínimo «não sai da cepa torta» dos pouco mais de 650 euros e os salários são, em geral, muito baixos, nós estranhamos.
Quando essa empresa o faz em período de pandemia, com tantos dramas sociais, há muito quem se indigne.
Mas quando, a seguir, essa empresa anuncia o encerramento de uma das maiores unidades industriais do País, aí podemos dizer que se trata de um escândalo, que afeta centenas de trabalhadores diretamente e milhares indiretamente, e que vai afetar o concelho de Matosinhos, muito para além disso. É um escândalo cometido pela Galp, mas do qual nem o Governo nem o Sr. Presidente da República se demarcaram.
Quero aproveitar para, uma vez mais, manifestar a solidariedade do PEV aos trabalhadores da refinaria da Galp, em Matosinhos, e dizer que o Governo tem de fazer o que estiver ao seu alcance para a defender.
Sr.ª Deputada, a Galp avança com o argumento da defesa do ambiente. Para nós, essa questão é primordial. No entanto, consideramos ser um argumento falso. Se a Galp tivesse preocupações ambientais, teria adquirido melhor tecnologia para defender o ambiente. Ora, como sabemos, não o fez, apesar dos avisos constantes dos trabalhadores. E consideramos que não se defende o ambiente transportando combustível do Sul para o Norte do País ou da Galiza para Portugal.
O que faz falta é outra política de defesa do ambiente, que assuma uma transição necessária, mas onde não sejam sacrificados sempre os mesmos, os mais frágeis, não lhe parece, Sr.ª Deputada?