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16/05/2008
Acordo Ortográfico
Intervenção do deputado José Miguel Gonçalves sobre o novo acordo ortográfico, proferida na Assembleia da República a 16 de Maio de 2008
 

 

Sr. Presidente, Srs. Deputados,

Para “Os Verdes”, a língua Portuguesa, não tem que ser estática e pode e deve ser dinâmica.
Julgamos por outro lado, que a serem introduzidas mudanças, estas devem fazer-se em comum acordo com todos os povos que falam a língua Portuguesa, no sentido da sua aproximação em termos escrito e de oralidade e no sentido de facilitar a sua aprendizagem, sem que tal signifique um caminho que esqueça as origens da língua.
Aos “Verdes”, não nos move nenhum sentimento, de que qualquer alteração tem de vir no sentido de aproximar os outros países de língua oficial Portuguesa, ao Português escrito e falado em Portugal, uma vez, que para nós, a língua Portuguesa, não é pertença de nenhum país em concreto, mas é pertença de todos aqueles que a falam e a responsabilidade de cuidar e zelar pela mesma, deve caber a todos os países que a adoptaram por questões ditadas pela história, como língua oficial.
Consideramos por outro lado, que as alterações que venham no sentido de aproximar o Português escrito e falado entre os países de língua oficial Portuguesa, trarão benefícios na afirmação da língua ao nível internacional.
Julgamos, que a riqueza da língua não fica em causa com esta aproximação, porque entendemos, que essa, está principalmente no vocabulário que existe entre os diferentes países e que existe, nomeadamente, dentro do nosso próprio país e que se deve manter.
Todos nós com certeza consideramos como positivo, que em Portugal, todos tenhamos o mesmo Português escrito e falado, independentemente das diferenças de vocabulários e pronúncias existentes de Norte a Sul, entre continente e Ilhas.
Mas apesar destas considerações, “Os Verdes” não votarão favoravelmente o acordo aqui em discussão e irão abster-se, porque consideramos, acima de tudo, que este só deve existir, se reunir o consenso entre todos os países de língua oficial Portuguesa, o que no caso, não está garantido.
Não vemos sentido, num acordo, se este nos aproximar de uns mas, ao mesmo tempo, nos afastar de outros, considerando que os passos a serem dados nesta matéria, devem ser sempre passos seguros e consensuais.

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