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Intervenções na Ar (Escritas)
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11/10/2012
Conclusões das Jornadas Parlamentares do PCP realizadas em Beja, nos dias 8 e 9 de outubro
Intervenção do Deputado José Luís Ferreira
Conclusões das Jornadas Parlamentares do PCP realizadas em Beja, nos dias 8 e 9 de outubro
- Assembleia da República, 11 de Outubro de 2012 –

Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Ramos, antes de mais, quero saudá-lo por ter trazido Beja à discussão.
Falar de Beja é falar do IP8 e também tomei conhecimento, pela imprensa, de que o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português, no âmbito das suas Jornadas Parlamentares, fez, inclusivamente, uma visita às obras do IP8, que se reveste de uma importância que não se confina apenas a Beja e ao Litoral Alentejano, vai muito para além desse limite territorial.
É preciso não esquecer o facto de estarmos a falar de uma via com elevada densidade de transporte de mercadorias perigosas, o que deriva da importância do Complexo de Sines.
Por isso, consideramos que é absolutamente necessário proceder à qualificação do IP8, entre Sines e Vila Verde de Ficalho, porque são necessárias vias estruturantes com adequada qualificação, que facilitem a mobilidade das populações mas também permitam aproveitar as potencialidades e recursos da região. E, aqui, de facto, o IP8 assume uma importância vital.
Sucede que as obras foram suspensas há uns meses e que esta suspensão acabou, recentemente, por se transformar num cancelamento da construção que estava prevista. Ora, estas decisões estão a ter consequências graves, a vários níveis, para as populações, e graves, inclusive, ao nível da segurança, porque as obras deixaram estaleiros ao abandono, danificaram estradas secundárias e caminhos agrícolas e até estão a impedir o acesso das populações a terrenos e propriedades agrícolas.
Por outro lado, as antigas vias, em muitos dos seus troços, estão completamente degradadas e até transformadas em verdadeiros estaleiros.
Aquilo que entendemos é que abandonar investimentos a decorrer, com todos os prejuízos que isso representa em termos financeiros e de segurança, é muita irresponsabilidade. Ou seja, consumiram-se milhões de euros em obras, terraplanagens, pontes e viadutos, que, agora, estão simplesmente às moscas, porque não têm qualquer utilidade. E, se não têm utilidade, isso significa esbanjar dinheiro. O que quero saber, Sr. Deputado, é quem são, na sua perspetiva, os autores de semelhante irresponsabilidade.
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