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Início - Grupo Parlamentar - XII Legislatura - 2011/2015 - Intervenções na Ar (Escritas)
 
Intervenções na Ar (Escritas)
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11/03/2015
Debate preparatório do próximo Conselho Europeu
Intervenção da Deputada Heloísa Apolónia
Debate preparatório do próximo Conselho Europeu
- Assembleia da República, 11 de Março de 2015 –

Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, quero deixar bem claro que vou usar uma expressão, única e exclusivamente, do ponto de vista político: julgo que a União Europeia é tão hipócrita como o Governo português, porque gera políticas absolutamente nefastas para a economia, para o emprego e para a dívida e, depois, vem dizer que, enfim, são problemas que acontecem. Não caem do céu, Sr. Primeiro-Ministro! São gerados por políticas concretas, por opções políticas concretas! E o Sr. Primeiro-Ministro já o anunciou: aí vêm, outra vez, os PEC, os PEC da continuidade da austeridade! Aí estão eles e a obsessão com o défice! E tudo o que cheira a alternativa é para arredar, para afastar, para descredibilizar. Entretanto, lá vem o Presidente da Comissão Europeia dizer que Portugal está entre aqueles países que fizeram a vida mais negra à Grécia.
Este é o filme europeu a que temos vindo a assistir, Sr. Primeiro-Ministro, e isto é preocupante, é muito preocupante! É que estamos a falar de muitos povos dos muitos Estados-membros da União Europeia, estamos a falar de pessoas concretas que sentem na pele esta hipocrisia política da União Europeia e cá, em Portugal, concretamente, também do Governo português.
Sobre a matéria da energia, e para terminar, Sr. Primeiro-Ministro, quero dizer-lhe que, por acaso, foi curioso, porque, dos critérios que o Sr. Primeiro-Ministro anunciou para o mercado da energia, não se focou uma única vez em critérios ambientais. Ora aqui está uma grande preocupação que temos com este mercado da energia. É que, Sr. Primeiro-Ministro, a Comissão foca muito a sua atenção nos combustíveis fósseis, abre até a porta ao reforço de subsídios à energia nuclear e não se centra naquilo que é devido, que são as renováveis e a eficiência energética. Ora, aqui está um problema que o Sr. Primeiro-Ministro deve levar ao Conselho Europeu.
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