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Intervenções na Ar (Escritas)
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21/08/2014
Marcação de plenários extraordinários
Intervenção da Deputada Heloísa Apolónia
Marcação de plenários extraordinários
- Assembleia da República, 21 de Agosto de 2014 -

Sr. Presidente, Sr. Ministro, Sr.as e Srs. Deputados: Não resisto, em nome de todos os que aqui estamos, a fazer uma correção ao que o Sr. Deputado Telmo Correia disse.
O Sr. Deputado prestou, outra vez, um mau serviço ao Parlamento quando deu a entender que o Parlamento só funciona com Plenários, e não é assim, quando diz que a maioria dos portugueses não está mais do que um mês sem reunir.
Não sei se o Sr. Deputado só vem à Assembleia quando há Plenários, mas, na verdade, há comissões, há audiências, há uma série de trabalho de gabinete que é fundamental fazer e que os Deputados devem cumprir. Os Verdes cumprem, espero que os senhores também cumpram.
Desculpe, mas não resisti a fazer esta pequena correção.
O que é importante dizer é o seguinte: falamos aqui hoje de urgências, mas urgente, urgente era que o Governo e, já agora, a maioria parlamentar PSD/CDS cumprissem a Constituição da República Portuguesa. Essa é a urgência que temos no País! Apela-se à democracia! É assim mesmo, Sr.as e Srs. Deputados.
Sabem o que é que acho que está verdadeiramente em causa? O PSD e o CDS, na verdade, o Governo, têm medo, pavor, que as pessoas se habituem a viver com menos cortes salariais. Então, levam as mãos à cabeça e dizem «temos de apressar isto, porque as pessoas habituam-se a viver um pouco melhor e isto está mal. Assim não, temos de cortar mais, outra vez». Sr.as e Srs. Deputados, este é que é o grande erro e o grande perigo deste Governo.
Para cortar salários e pensões os senhores têm dois olhos, mas para garantir serviços aos portugueses são de uma cegueira absoluta, politicamente! Por exemplo, se o Ministério das Finanças fosse tão ágil a aceitar a contratação de profissionais de saúde, cuja falta está a bloquear os serviços de saúde, se tivesse dois olhinhos para isso também, os portugueses eram capazes de estar a viver um pouco melhor! Mas não, a obsessão do Governo é única e exclusivamente com os cortes, indo ao bolso dos portugueses e fazendo com que os portugueses se habituem a viver na pobreza, com mais pobreza. Isto é que é absolutamente assustador!
Por isso, consideramos urgente que o Governo e esta maioria se vão embora, de maneira a que este País se possa endireitar, porque os senhores não têm urgência para mais nada a não ser cortar, cortar, cortar, e a tirar dinheiro ao bolso dos portugueses.
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