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Intervenções na Ar (Escritas)
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22/01/2015
Política de saúde do Governo e situação em que se encontram os serviços de urgência dos hospitais
Intervenção do Deputado José Luís Ferreira
Política de saúde do Governo e situação em que se encontram os serviços de urgência dos hospitais
- Assembleia da República, 22 de Janeiro de 2015 –

Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Carla Cruz, queria, em primeiro lugar, saudá-la pelo sentido de oportunidade do assunto que nos traz a discussão, porque, de facto, o caos que está instalado nas urgências hospitalares é um assunto que nos devia preocupar a todos. No entanto, há alguns, pelos vistos, que preferem falar dos feitos do Governo.
Sr. Deputado Simão Ribeiro, ainda estava à espera que citasse o Sr. Ministro da Saúde quando este dizia que encerrava serviços para melhorar o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde.
Depois, quando se fala nos problemas, a conversa é a do costume, o que é profundamente lamentável. Fala-se dos problemas e alguns acham que isso é chicana política.
O caos que está instalado nas urgências hospitalares acaba por ser o resultado das políticas deste Governo — cortes cegos numa área tão sensível como é a da saúde, encerramento de serviços, limitações aos hospitais para que possam contratar profissionais de saúde atempadamente e o recurso ou a opção pelo trabalho temporário.
Ora, os resultados dessas políticas estão à vista de toda a gente: caos nas urgências, como referi anteriormente; cirurgias adiadas por falta de médicos e por falta de camas; enfermarias sobrelotadas; doentes à espera horas a fio para serem atendidos; congestionamento nos serviços; pacientes amontoados nas urgências por falta de camas para serem internados; tempos de espera absolutamente inadmissíveis; ambulâncias dos bombeiros retidas nas urgências por falta de camas; e doentes que morrem enquanto esperam para serem atendidos.
Sr.ª Deputada Carla Cruz, este cenário, que é um verdadeiro drama — só não envergonha o Governo porque já há muito que ele perdeu a vergonha —, não está desligado, certamente, do encerramento de serviços levado a cabo pelo Governo ao longo do tempo e por todo o País. Como tal, pergunto-lhe se não acha que os serviços de saúde, sobretudo os serviços de saúde primários que o Governo encerrou, poderiam, ou não, ter contribuído para evitar, pelo menos, a dimensão do drama que se está a viver nas urgências hospitalares.
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