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13/05/2004
Sobre Fogos Florestais
Declaração Política da Deputada Isabel Castro Sobre Fogos Florestais
Assembleia da República, 13 de Maio de 2004
 

 
 
 

 

 

 

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,

Os fogos florestais são uma catástrofe nacional.

A catástrofe que poderia ter sido evitada, como conclui o relatório da Comissão Europeia de Setembro do ano passado.

A catástrofe que o actual governo diz não estar em condições de garantir poder evitar, assim reconheceu publicamente há cerca de uma semana, o Ministro Figueiredo Dias, caso se repitam, assim o disse, as mesmas condições do ano passado.

Palavras que contrastam com a demagogia imbatível do 1º Ministro, Durão Barroso, precisamente hoje no anúncio do chamado novo programa e que segundo este, faria com que Portugal estivesse como nunca preparado para enfrentar os fogos florestais.

Palavras, porém, que nos levam ainda a questionar que condições são essas, que se podem vir de novo a conjugar e a provocar uma catástrofe, uma vez que a velha desculpa da chamada excepcionalidade da vaga de calor, todos sabem (excepto o governo da maioria na sua originalidade lusitana) se tornou a regra de um fenómeno, a mudança climática, que é responsabilidade do governo prever, prevenir e enfrentar, com uma correcta avaliação e gestão de risco de incêndio decorrente do aumento previsível da temperatura.

Perguntas sobretudo que nos remetem para o próprio plano.

Um plano que repete, no essencial, os anúncios do Ministro da Administração Interna e da Agricultura, feitos em 15 de Abril na presidência aberta de Ambiente, no debate então ocorrido em Portalegre.

E cujos já estava, e que embora, timidamente positivo, deixa de fora tudo e foge a pôr o dedo na ferida em tudo o que possa implicar atingir os lobbies de interesse instalados.

O que será porventura a falta de formação adequada e de treino de que os bombeiros portugueses deram evidentes provas?

Então porque com o qual é preciso lidar é já se tornou regra e não é descabido, como todos sabemos, que o fenómeno das alterações climáticas (não uma ficção mas a realidade brilhantemente identificada no estudo do SIAM).

Afirmações que ilustram a própria realidade em que se encontra o pais para prevenir e fazer frente à eventualidade de fogos florestais:

-de inaceitável atraso nas medidas adoptadas;

-no seu limitadíssimo âmbito face à dimensão dos problemas identificados

-a sua incip que contrastam vivamente com o diagnóstico feito e as causas então identificadas tomadas, são assim se exigiria que fosse este ano. Uma certeza que o arranque tardio do governo e a insipiência e imporia poder dizer este ano, face a catástrofe cuja dramática herança não pode deixar de ser lembrada:

- 20 vidas perdidas;

- mais de 4OO mil hectares de floresta reduzida a

cinzas

- 6% do território nacional totalmente destruído,

significativa parte do qual em áreas protegidas,

zonas de rede natura, sítios de interesse para a

Uma certeza que não existe e que nas usual demagogia o governo, hoje se encarregou de confirmar, no estrondoso anúncio público de um conjunto de medidas de conservação da natureza.

Um balanço que se saldou no plano ambiental pelo empobrecimento do nosso património nacional e pela perda de biodiversidade.

No plano social e económico pela devastação de regiões inteiras e ao confronto de milhares de pessoas com uma realidade que os obrigou, não raro, a partir do nada.

Uma catástrofe que não foi uma inevitabilidade, nem resultou, como de início o governo pretendeu fazer crer à opinião pública, da excepcionalidade de uma vaga de calor, que ninguém poderia imaginar.

E que é chocante essa é uma desculpa esfarrapada e aliás, só acentua a ignorância e a irresponsável originalidade lusitana do governo, do Dr. Durão Barroso, perante um fenómeno que passou a constituir regra e a todos tem imposto medidas preventivas para com ele lidar.

Uma catástrofe que como se então identificou naquilo que passou a ser uma regra inuasse exc vaga de calor, totalmente imprevisível, nem excepcional, uma vez que como o governo tem obrigação de saber as alterações do clima não são uma ficção mas a realidade, que fez lamentavelmente destes fenómenos uma rotina e a regra, que lhe compete prevenir e saber enfrentar. com a qual tem de saber tornam porquanto icionaldipodia pois ficar esquecida e que não consente atitudes resignadas de quem como osituação

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