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Intervenções na Ar (Escritas)
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10/01/2014
Voto de pesar pelo falecimento de Eusébio Ferreira
Intervenção do Deputado José Luís Ferreira
Voto de pesar pelo falecimento de Eusébio Ferreira
- Assembleia da República, 10 de Janeiro de 2014

Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Eusébio da Silva Ferreira, ou simplesmente Eusébio, que é, para milhões e milhões de pessoas, o maior futebolista português de todos os tempos e um dos maiores futebolistas do mundo, partiu, deixou-nos.
Nestes dias recentes, o País assistiu com carinho e de pé à partida do homem que se fez rei no mundo de futebol mas que foi admirado também no resto dos mundos.
Hoje é fácil perceber que as homenagens e os minutos de silêncio que por todo o lado lhe têm sido dedicados nos últimos dias transportam tanto respeito pelo desportista como pelo homem porque Eusébio, para além de um futebolista absolutamente singular, foi também um enorme cidadão. Os grandes homens são homens simples, são homens bons, são homens capazes até de chorar.
Pessoalmente, não conheci Eusébio, mas cedo, ainda criança, o meu pai começou a falar-me do Pantera Negra, e fazia-o com um entusiamo e uma admiração verdadeiramente singulares. Na manhã de domingo passado, foi o meu filho, de 14 anos, que com tristeza meu deu a triste notícia da morte de Eusébio, o seu ídolo da bola. Creio que esta passagem acaba por ser o testemunho da transversalidade geracional que a presença de Eusébio tem nas nossas memórias coletivas.
Eusébio fintava e baralhava os adversários com a mesma facilidade com que ultrapassou os anteriores parâmetros de avaliação, fazia golos com assinatura sem nunca ter registado a patente e rematava de tal forma que ainda hoje, para os adolescentes, se um remate sai bem é, indiscutivelmente, um remate à Eusébio.
Era um homem afável, avesso ao vedetismo e de uma simplicidade capaz de merecer, até, a admiração dos seus adversários.
Eusébio deu muito ao Benfica, seu clube do coração, mas também deu muito à Seleção Nacional e ao País. Deu tanto ao ponto de ser ainda hoje difícil de contabilizar os pontos que deu a Portugal fora das quatro linhas.
Se nós, portugueses, demos, noutros tempos, mundos ao mundo, Eusébio ajudou, e muito, a levar Portugal ao mundo, a todo o mundo, a todos os mundos, o que ganha ainda maior relevância se tivermos em conta que entre nós reinava, então, o «orgulhosamente sós».
Hoje, resta-nos recordar, com alegria, as muitas alegrias, tantas vezes mágicas, que Eusébio nos conseguiu dar.
Para terminar, queria apenas, em nome do Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes», apresentar ao Sport Lisboa e Benfica e ao seu Presidente, à Federação Portuguesa de Futebol e ao seu Presidente e principalmente à família de Eusébio as mais sinceras condolências.
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