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25/07/2011 |
“OS VERDES” DERAM MAIS UM NÃO À BARRAGEM DO FRIDÃO |
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O Partido Ecologista “Os Verdes” reiterou na passada sexta-feira, o seu NÃO categórico à construção da Barragem do Fridão (Rio Tâmega). Este não do PEV foi reafirmado no quadro da participação de “Os Verdes” no acompanhamento público, em fase de RECAPE, do Aproveitamento Hidroeléctrico do Fridão, enviado à Associação Portuguesa do Ambiente, entidade responsável pelo acompanhamento da Avaliação de Impacto Ambiental.
Desta participação pública, destaca-se a acusação de “Os Verdes” de falta de transparência na documentação disponível, citando nomeadamente, a não disponibilização ao público das informações sobre as medidas e mecanismos exigidos no ponto 5 da Declaração de Impacte Ambiental (DIA), relativas à compensação das construções afectadas por este empreendimento. Uma questão que “Os Verdes” consideram da maior importância, visto que este empreendimento, caso venha a ser concretizado, vai afectar cerca de 70 construções entre as quais, 48 com uso habitacional, sendo que 31 são residências permanentes e que a grande maioria se situa na Freguesia de Mondim de Bastos que será gravemente afectada.
“Os Verdes” sublinham ainda que as medidas apresentadas nos documentos disponíveis, pouco ou nada vêm atenuar os gravíssimos impactos sociais e ambientais, e os riscos que este empreendimento vai gerar, dando como exemplo, a solução apontada para remediar a retenção sedimentar, solução que consideram ser “uma fuga para a frente”, que nada resolve e que tudo deixa em aberto.
“Os Verdes” relembram ainda neste Parecer, que o seu não a este empreendimento, por razões de ordem económica, social, energética e ambiental, já foi diversas vezes expresso, nomeadamente em sede parlamentar, onde o PEV apresentou várias iniciativas, entre as quais se destaca uma proposta para suspender e travar o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico. “Os Verdes” apresentam agora o endividamento nacional como mais uma razão para parar com a construção deste empreendimento.
“Os Verdes” consideram que as barragens deste Programa, caso venham a ser concretizadas, darão mais um forte contributo para o endividamento do país que se reflectirá, mais uma vez, no bolso dos cidadãos, através do aumento dos impostos ou da tarifa da electricidade. Para “Os Verdes”, os “lucros e benefícios” das barragens deste Programa só servem os interesses das grandes empresas hidroeléctricas, nomeadamente a EDP, e dos seus accionistas, e não os das regiões envolvidas ou do país.