Em Portugal, o risco sísmico é real. Uma certeza a comunidade científica tem: mais tarde ou mais cedo o território nacional será atingido por um sismo de forte intensidade. Face a esta certeza, não se compreende a inacção e o desinteresse a que se tem assistido nesta área.

Sobre esta matéria, “Os Verdes” consideram que o sector da construção é dos mais relevantes no plano da prevenção e da minimização dos efeitos destruidores de um sismo. No entanto, apesar de existir um regulamento técnico de resistência das edificações aos sismos, não há garantias de que o mesmo seja de facto aplicado.

Para além disso, os programas de reabilitação urbana não integram uma componente de garantia de resistência sísmica do parque habitacional. Para “Os Verdes”, seria importante que os investimentos de reabilitação, actualmente feitos ao nível das fachadas e condições de habitabilidade, integrassem essa componente.

“Os Verdes” alertam ainda para o facto de não existir em Portugal qualquer plano de emergência de risco sísmico, fundamental para coordenação de entidades, para levantamento actualizado dos meios existentes para socorrer, para identificação das áreas e actividades de maior risco, mais críticas, entre tantas outras coisas (o relativo às zona de Lisboa e Vale do Tejo ainda não está concluído depois de tantos anos e o do Algarve está bloqueado por falta de financiamento).

Para “Os Verdes”, seria igualmente importante investir na educação e a formação dos cidadãos para lidar com o risco e com as situações de emergência, com a realização de situações de simulação de emergência, não só em estabelecimentos de ensino como também nos locais de trabalho. Para além disso, integrar a engenharia sísmica em cursos directamente relacionados com mecanismos de prevenção, como a arquitectura e outros cursos relacionados com o planeamento do território, é essencial.

Ver tambêm:

Intervenção na AR- sobre risco sísmico