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07/04/2016 |
“Os Verdes” questionam a Câmara sobre as deficientes condições do Terminal de Interface do Campo Grande Norte |
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Tendo tido conhecimento das deficientes condições existentes para utentes e trabalhadores no Terminal de Interface do Campo Grande Norte, o Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes” questionou a Câmara Municipal de Lisboa sobre que medidas vai tomar no curto prazo para as solucionar.
Com efeito, tem havido denúncias sobre o terminal em causa, por este não dispor nem de telheiro apropriado para protecção contra intempéries, nem as indispensáveis instalações sanitárias, para um interface que movimenta diariamente largas dezenas de milhares de passageiros.
As queixas apontam para que após uma sequência de episódios de ventania mais forte terem, há já alguns anos, levantado parte das placas que cobriam a estrutura de protecção dos passageiros, os lugares de espera permanecem a céu aberto, com ausência de abrigos seguros e sem instalações sanitárias para os milhares de utentes, passageiros, taxistas e trabalhadores das empresas que o frequentam.
Neste sentido, o PEV interroga também o Município sobre quem é responsável pela sua reparação e manutenção, se as empresas transportadoras ou afinal a própria Câmara, e se esta vai ou não, no curto prazo, assumir as medidas indispensáveis para as minimizar e qual a calendarização prevista para executar as devidas reparações de fundo.
REQUERIMENTO
O terminal do Campo Grande Norte constitui um interface chave para diversas empresas de transportes, estabelecendo uma importante ligação entre Lisboa e os concelhos limítrofes, nomeadamente, através das Barraqueiro Oeste, Boa Viagem, Carris, Empresa Barraqueiro, Isidoro Duarte, Metropolitano, Mafrense, Ribatejana, Rodoviária de Lisboa e Rodoviária do Tejo. No caso da estação de Metro, esta abriu ao público em 1993, tendo sido a primeira estação do Metropolitano construída em viaduto, servindo ainda de correspondência entre as linhas Caravela (Campo Grande-Cais do Sodré) e Girassol (Campo Grande-Rato).
Localizando-se na Freguesia do Lumiar, a poente da Rua Cipriano Dourado e da Alameda das Linhas de Torres, junto ao viaduto do Campo Grande e à 2ª Circular, este interface, para além de possibilitar o acesso, por exemplo, ao Museu da Cidade, ao Museu Rafael Bordalo Pinheiro, ao Estádio José Alvalade, às Universidades de Lisboa e Lusófona, à Escola Nacional de Saúde Pública ou ao Hospital Pulido Valente, movimenta diariamente nesse terminal largas dezenas de milhares de passageiros, situação que se agrava em dias de futebol.
Porém, quer passageiros como funcionários de algumas daquelas empresas e taxistas referem, como preocupante, a falta de condições mínimas do terminal rodoviário do Campo Grande Norte, incluindo o não possuir serviço de WC.
Acontece que essas condições terão piorado, há pelo menos três anos, quando uma sequência de episódios de ventania mais forte levantou parte das placas que cobriam a estrutura de protecção dos passageiros. Queixam-se por isso que, quando está vento e a chover, a chuva cai em cima dos bancos de espera (excepto num deles), ficando as pessoas molhadas e sem se poderem sentar enquanto aguardam a chegada do meio de transporte, bem como satisfazer as necessidades fisiológicas de crianças e adultos.
Na altura, como com o vento algumas das placas haviam voado por cima dos autocarros, os bombeiros terão sido chamados para retirarem todas as placas que se encontravam soltas, para que estas não causassem eventuais danos a viaturas e peões, considerando ainda serem placas muito finas e que podiam cortam os transeuntes.
Por sua parte, algumas transportadoras já indicaram não estarem disponíveis para investir numa estrutura cuja reparação consideram não ser da sua responsabilidade, bem como por várias vezes já terem questionado a CML acerca do terminal, sem nunca terem obtido uma resposta concreta às suas interpelações.
Assim, ao abrigo da al. j) do artº. 15º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, vimos por este meio requerer a V. Exª se digne diligenciar no sentido de nos ser facultada a seguinte informação:
1 - Possui a Câmara Municipal de Lisboa conhecimento da situação descrita, designadamente, que parte do terminal se encontra a céu aberto, da ausência de abrigos seguros e de não existirem instalações sanitárias para os milhares de utentes, passageiros, taxistas e trabalhadores das empresas?
2 - A quem pertence a responsabilidade pela sua manutenção? Confirma o Município que ela estará a cargo da Câmara Municipal de Lisboa, ou, por seu turno, compete afinal às empresas transportadoras?
3 - Se confirma serem do Município, que medidas vai tomar no curto prazo para as minimizar e quando tenciona executar as devidas reparações de fundo?
Gabinete de Imprensa do Grupo Municipal de Lisboa de “Os Verdes”.Lisboa, 7 de Abril de 2016