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20/03/2017
ÁGUEDA - AVEIRO - "BASTA DE EUCALIPTOS – LUGAR À NOSSA FLORESTA”
No passado sábado, dia 18 de março, Os Verdes levaram a cabo uma grande iniciativa, que contou com vários dirigentes e ativistas do PEV, no Mercado Municipal de Águeda - BASTA DE EUCALIPTOS! LUGAR À NOSSA FLORESTA! - que pretendeu alertar para a “eucaliptolândia” em que se transformou o distrito de Aveiro, em particular o concelho de Águeda com graves consequências ambientais, económicas e sociais.

Já em Agosto de 2015, o Partido Ecologista Os Verdes tinha promovido uma iniciativa similar, neste mesmo local, alertando a população para as consequências prejudiciais da monocultura do eucalipto, nomeadamente a nível da propagação dos incêndios de grandes dimensões, e para a necessidade de travar a expansão desta espécie.

Um ano depois dessa iniciativa, em Agosto de 2016, o distrito de Aveiro foi fustigado por vários incêndios de grandes dimensões, nomeadamente em Arouca, em Águeda, Albergaria-a-Velha, na Anadia, em Castelo de Paiva e em Vale de Cambra. Só no distrito, arderam 41620ha (equivalente à área do concelho do Porto), ou seja um quarto da área ardida no país em 2016.

Águeda é o segundo concelho do país que têm a maior área de plantação de eucaliptos, cerca de 17 000ha, da qual metade ardeu no passado mês de Agosto.

Os incêndios são, não só, catastróficos para a segurança das populações e para o ambiente (para a fauna e para a flora, provocam a erosão dos solos e destroem a paisagem) como põem em risco os bens e investimentos feitos na floresta, representando uma perda económica para os pequenos proprietários, evidenciando quanto é, por vezes, falacioso considerar-se o eucalipto uma espécie rentável.

No caso de Águeda, os incêndios que ocorreram no Préstimo irão contribuir, no futuro, devido à falta de vegetação e erosão dos solos no vale do rio Alfusqueiro, para gerar cheias na cidade, nos períodos de grandes chuvadas. Em resultado dos incêndios, as águas chegarão de forma mais célere a Águeda conduzindo ao transbordo do rio na parte baixa da cidade.

Os Verdes consideram, de há muito, que por razões ambientais, mas também, económicas e sociais é preciso travar a monocultura do eucalipto, substituindo esta espécie por espécies endógenas adaptadas a cada região. O eucalipto ocupa atualmente, em Portugal, perto de 900 mil hectares. Foi a espécie florestal que mais cresceu, nos últimos 30 anos, ocupando hoje, a maior área florestada do país.

Por todas estas razões, neste novo quadro Parlamentar, Os Verdes negociaram com o PS esta questão, e foram assumidas posições conjuntas, no sentido de travar a expansão do eucalipto e promover uma floresta diversificada que seja rentável para os próprios proprietários e produtores florestais e que seja resistente aos incêndios e promotora de um melhor ambiente.

Portugal e o distrito de Aveiro, não podem ser uma eucaliptolândia, reféns dos interesses das celuloses. O distrito não pode continuar a ser um barril de pólvora, que rebenta todos os anos, no Verão.

O Dia da Árvore não deve apenas ser celebrado com uma plantação pontual de árvores, como as que verificam em diversos locais do país. A maior celebração possível, passa pela aprovação urgente de um novo regime legal de florestação e reflorestação e pela adoção de incentivos orientados para travar a eucaliptização do país e para promover uma floresta diversificada, sustentada nas espécies nacionais, tal como o Governo/PS se comprometeu com Os Verdes.

Os Verdes reafirmam que basta de eucaliptos, sendo necessário dar lugar à nossa floresta.

O Partido Ecologista “Os Verdes”
Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”
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20 de março de 2017
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