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08/06/2018 |
Amanhã em Salamanca - Os Verdes dão corpo à Manifestação Ibérica Antinuclear Contra as minas de urânio e pelo encerramento de Almaraz |
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Amanhã, dia 09 de junho, sábado, em Salamanca, dirigentes e ativistas do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) irão engrossar a manifestação ibérica antinuclear, contra as minas de urânio e pelo encerramento da central nuclear de Almaraz, que decorrerá pelas 18.30 (hora local) entre a Plaza da Concordia e a Plaza de San Roman.
A manifestação para além de exigir o encerramento das centrais nucleares, em particular de Almaraz, luta que Os Verdes têm ao longo dos anos travado com várias iniciativas parlamentares e junto das populações, sendo exemplo a última que culminou com a entrega de 5000 postais ao governo de Portugal e de Espanha, este ano a manifestação antinuclear pretende ser igualmente uma forte luta contra as minas de urânio em Retortillo-Santidad (Salamanca) a cerca de 30km da nossa fronteira.
Os Verdes têm desde a primeira hora tem lutado para travar a implementação desta exploração de urânio em Retortillo-Santidad (Salamanca), com evidentes impactos transfronteiriços, através de diversas acções, desde 2013, junto das populações, das autarquias raianas, seja através de iniciativas parlamentares de forma a alertar e pressionar o governo português para que tome as devidas medidas junto do Governo de Espanha. Os Verdes, em 2014, chegaram mesmo a apresentar uma queixa à Comissão Europeia, em conjunto com o seu partido congénere espanhol (EQUO), entre outros pelo facto de Portugal não ter sido ouvido e envolvido na Avaliação de Impacte Ambiental, desrespeitando protocolos e normativas comunitárias.
Em março por iniciativa de Os Verdes foi discutido e aprovado por unanimidade o Projeto de Resolução n.º 911/XIII/2ª que recomenda ao Governo que desenvolva todos os esforços junto de Espanha para travar a exploração de urânio em Salamanca, junto à nossa fronteira. Na passada semana, após a reunião do governo português com o congénere espanhol, Os Verdes voltaram a questionar o Ministério do Ambiente pois ficou evidente que apesar da resolução aprovada e dos impactos negativos para o nosso país, o governo português não pretende travar a exploração, assim como nem sequer exige uma nova Avaliação de Impacte Ambiental para Retortillo-Santidad conformando-se com a atual fase, já avançada, em que está o projeto.