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Comunicados 2011
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18/02/2011
BARRAGEM DE FOZ TUA - “OS VERDES” AFIRMAM - NÃO É COM UMA PEDRA QUE VÃO ENTERRAR O VALE E A LINHA DO TUA
O Partido Ecologista “Os Verdes” considera que a colocação da primeira pedra alusiva à Barragem de Foz Tua não passa de mais um acto simbólico do Governo que pretende, com isto, continuar a afirmar a estratégia que, desde o início, adoptou em relação a esta Barragem e que sempre partilhou, como irmão siamês, com a EDP. Isto é, a estratégia do facto consumado.

Uma estratégia que visou, desde o primeiro dia, apresentar a decisão sobre a Barragem como definitiva. Uma estratégia que visava e visa ainda inibir a mobilização e toda e qualquer decisão e posição contra esta barragem, dando-as como inúteis perante uma situação irreversível.

Mas é bom relembrar que desde o anúncio desta intenção, que iniciou com o Programa Nacional de Barragens, muitas das pretensões do Governo/EDP relativamente à construção da Barragem foram alteradas, nomeadamente o momento previsto para o arranque da obra (que ainda não iniciou) e que, fruto da luta travada, as “compensações” hoje avançadas pela EDP são bem diferentes em relação às iniciais

“Os Verdes” consideram, no entanto, que esta primeira pedra não deixa de ser um insulto e uma afronta ao bom senso, ao interesse regional e nacional, ao património e à entidade cultural do povo desta região que, tal como era sublinhado no Estudo de Impacte Ambiental, tem uma identificação total como Vale e com a Linha do Tua que pretendem submergir. E ainda uma afronta aos procedimentos legais e à transparência democrática que estão a ser, em todo este processo, várias vezes lesados.

Mas “Os Verdes” estão convictos que esta primeira pedra não é, por certo, um pilar da barragem e que debaixo da ponte de Foz Tua ainda vai correr muita água e que a luta de todos quantos se opõem à Barragem de Foz Tua, na qual o PEV teve uma forte intervenção desde a primeira hora, continuará.

“Os Verdes” não podem deixar também de registar e lamentar a afinação do coro dos autarcas do Vale do Tua que, por alguns “tostões”, que ainda não estão garantidos e não passam de promessas no papel que facilmente são postas em causa em nome de qualquer crise ou défice, estão prestes a hipotecar o desenvolvimento futuro dos seus concelhos e da região, a contribuir para apagar definitivamente a memória colectiva e identitária que representa a Linha férrea do Tua e para destruir definitivamente um Vale único e de uma beleza ímpar que a natureza e o homem demoraram séculos a moldar.

Para “Os Verdes” a luta continua. Relembramos que Foz Côa não se construiu e, no entanto, parte do paredão da barragem já estava erguido.

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