Assinalam-se amanhã, dia 14 de Dezembro, os 11 anos sobre a Classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade. Uma classificação que está fortemente debilitada pela ferida aberta que constitui a Barragem de Foz Tua na paisagem classificada pela UNESCO e manchada pelas sucessivas violações dos compromissos assumidos por Portugal.

No quadro deste 11º aniversário, “Os Verdes” confrontaram hoje a Ministra Assunção Cristas, na Comissão Parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, com a construção da Barragem de Foz Tua e as recomendações, pela UNESCO, de necessidade de abrandamento desta obra. A deputada ecologista questionou ainda a Ministra do Ambiente sobre que obras a EDP está ou não autorizada a prosseguir e que fiscalização e acompanhamento estão a ser feitos no terreno.

“Os Verdes” questionaram também a Ministra do Ambiente sobre as Linhas de Muito Alta Tensão Foz Tua-Armamar e para quando se prevê a apresentação de um novo projeto e a sua colocação a consulta pública, depois do projeto inicial ter sido chumbado pelo Ministério da Cultura e retirado pela EDP.

“Os Verdes” consideram, neste 11º aniversário, que a preservação do Alto Douro Vinhateiro e o seu pleno aproveitamento para o desenvolvimento da região e do país, tem de passar definitivamente pela paragem da Barragem de Foz Tua, da qual o país não necessita, do ponto de vista energético, pelo aproveitamento pleno das linhas ferroviárias do Douro, Tua, Corgo e Tâmega, o que passa pela sua reabilitação e pela ligação a Espanha e também pela implementação de projetos de desenvolvimento compatíveis com a classificação, isto é, projetos que retenham as populações na região, promovendo o seu bem-estar e que não sejam agressivos com a paisagem, pondo em causa as características que levaram à sua classificação, isto é, a sua ligação à vinha e à vinicultura.