A Vereadora eleita pela CDU, a dirigente de “Os Verdes”, Manuela Cunha, considerou inadmissível, tanto do ponto de vista ambiental, como a nível da gestão dos dinheiros públicos, o corte anunciado das árvores da Rua Condessa da Junqueira para serem substituídas por Magnólias.

Para a Vereadora ecologista, a substituição das actuais árvores desta rua, exóticas, de grande porte, crescimento rápido e folha perene, até pode ser desejável, pelo facto de serem desproporcionadas e desadequadas aos espaços urbanos, em particular numa rua relativamente estreita, e de passeios pequenos, onde colidem com as habitações e lhes retiram a luz. Mas para a Vereadora da CDU esta substituição que vai destruir árvores adultas e gastar dinheiros públicos não pode reproduzir o mesmo erro.

Por isso a Vereadora não entende que esta substituição se faça com magnólias, espécie exótica (América/Ásia) que também estas atingem alturas bastante grandes e desenvolvem copas muito frondosas. Por outro lado, são árvores que durante as primeiras fases de transplantação são bastante exigentes em água, Bem escasso que a Autarquia deveria poupar, dando o exemplo. O erro desta escolha é agravado pelo facto das magnólias serem árvores com flor terminal, isto é, em ponta de ramo, o que é incompatível com práticas de podas que visem ajustar a copa ao espaço urbano.

Para a Vereadora da CDU, esta “magnoliomania” do Executivo PS e do Senhor Presidente, é tanto menos compreensível e inaceitável, sabendo-se que o preço de cada magnólia é muito elevado, a menos que por detrás de cada magnólia haja interesses inconfessos.

A Vereadora ecologista defendeu que o corte das árvores nesta rua só deveria acontecer caso fosse para as substituir por espécies autóctones, pouco exigentes em água, de folha caduca e cujo porte máximo desenvolvido atendesse ao facto da rua ser relativamente estreita.