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30/05/2015
Contra o desemprego jovem. Luta contra a emigração forçada
Ao longo dos últimos anos muitas têm sido as dificuldades vividas pela generalidade dos portugueses nas mais diversas áreas, que têm sido atacadas pelo actual governo PSD/CDS-PP: saúde, emprego, ambiente e qualidade de vida, ensino e habitação, entre tantas outras.

O desemprego é um dos grandes flagelos da nossa sociedade e atinge os jovens de forma muito acentuada e grave, conduzindo-os à instabilidade, insegurança e à pobreza, sendo cada vez mais difícil realizarem os seus sonhos e aspirações.

De facto, Portugal encontra-se entre os quatro países com mais desemprego jovem na OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico).

Em 2005, ano da tomada de posse do primeiro Governo PS de José Sócrates, Portugal tinha, segundo dados oficiais, 453,5 milhares de jovens empregados, até aos 24 anos. No final do mandato o valor tinha diminuído para 362,9 milhares de jovens.

Quando, em 2011, o Governo PSD/CDS iniciou as suas funções, o número de jovens empregados era de 304,6 milhares; hoje, esse valor é de 246,5 mil jovens empregados, até aos 24 anos.

No entanto, os dados oficiais escondem a real dimensão do desemprego, se olharmos para esses dados verifica-se que a população residente em Portugal em 2011 era de 10 573 100 e em 2013 era de 10 457 295. Sendo que mais de metade desta diferença corresponde a jovens entre os 20 e os 34 anos. A causa? A emigração forçada.

Além disso, estes números são ainda manipulados através de acções de formação, estágios e outros estratagemas para esconder o real problema.

Todos os meses, dezenas de jovens deixam o seu país em busca de melhores condições de vida. Partem para países desconhecidos deixando para trás a família e os amigos em busca de um emprego digno e de condições para se conseguirem emancipar.

Os jovens que acabam por ficar no seu país e que aqui pretendem construir a sua vida, vêem-se obrigados a aceitar trabalhos precários para fazer face às despesas, onde não têm direitos, apesar de consagrados na Constituição da República Portuguesa, como é exemplo o acesso à saúde, ou o 13º mês e onde, muitas vezes, o seu ordenado não ultrapassa o salário mínimo nacional.

Portugal tem, neste momento, aproximadamente um milhão de habitantes a viver abaixo do limiar da pobreza, sendo que os jovens são uma das faixas etárias mais afetadas.

É necessário inverter este caminho de degradação social. É necessário criar condições de trabalho justas, que façam com que os jovens possam ficar no seu país, emancipar-se, constituir família e ter uma vida digna.

Perante esta conjuntura, «Os Verdes» e a Ecolojovem - «Os Verdes» têm tido um papel indispensável na defesa dos direitos da juventude, procurando resolver problemas que afectam diariamente a vida dos jovens.

O PEV, consciente de que esta luta é difícil mas necessária, onde a participação de cada um de nós é fundamental, acredita fortemente na capacidade que os jovens têm para intervir activamente na construção de um país melhor e de um futuro sustentável.

Assim, o Partido Ecologista «Os Verdes» reunido na sua 13ª Convenção, delibera:

1- Promover o debate sobre formas de criação de emprego em Portugal;

2- Promover e exigir o direito dos jovens aos princípios mais básicos como a saúde, a educação e o trabalho digno, com condições e salários justos, lutando pelo direito dos jovens a residir e trabalhar no seu país,

3- Promover a colaboração e a participação conjuntas com a Ecolojovem - «Os Verdes», condição fundamental para a reafirmação e reforço da acção ecologista.

Lisboa, 30 de Maio de 2015


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