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Comunicados 2005
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28/07/2005
Convenção Luso-Espanhola
GOVERNO PORTUGUÊS CEDE UMA VEZ MAIS AO INTERESSE ESPANHOL - INTERESSE NACIONAL E EQUILÍBRIO ECOLÓGICO DOS RIOS NÃO FORAM SALVAGUARDADOS

O Partido Ecologista “Os Verdes” considera escandalosa a atitude de subserviência e de cedência mais uma vez demonstrada pelo governo português. Tal como em 1998, aquando da assinatura da Convenção, acordada pelo governo socialista de então, este novo acordo discutido ontem só beneficia o lado espanhol.

O Partido Ecologista “Os Verdes” relembra que em 1998 o único rio que beneficiou de uma negociação equilibrada de caudais do lado português foi o rio Guadiana. Os restantes - rios Minho, Douro e Tejo - têm caudais anuais que não garantem o seu equilíbrio ecológico diário e muito menos em períodos de grande seca, como o de este ano.

Esta situação tem afectado particularmente os rios Tejo e Douro, tanto do ponto de vista ecológico como do ponto de vista do papel fundamental que os caudais desses rios têm no desenvolvimento económico e social das regiões que atravessam.

A então vantagem acordada pelos espanhóis em relação ao Alqueva, era afinal apenas um aperitivo para o acordo agora estabelecido, isto é, os espanhóis retiram agora com uma mão o que deram com a outra.

Para “Os Verdes”, o Governo português não assumiu, mais uma vez, o seu papel de defesa do equilíbrio ecológico dos nossos rios no território nacional nem garantiu a defesa dos interesses sócio-económicos nacionais. Se a preocupação de “Os Verdes” em relação aos rios Minho, Douro e Tejo, cuja situação de seca é ainda mais preocupante, é grande, não deixamos também, por força deste novo acordo, de ter preocupações em relação ao Guadiana, sobretudo quanto às implicações que a decisão tomada nesta reunião possa vir a ter para o desenvolvimento da agricultura de regadio tão prometida no Alentejo.

Para “Os Verdes” é ainda preocupante que o Ministro do Ambiente se dê por satisfeito com este acordo, canalizando toda a sua satisfação para o aumento negociado do Rio Douro, atendendo única e exclusivamente às preocupações de índole hidroeléctrica.

 

O Gabinete de Imprensa
Lisboa, 28 de Julho de 2005

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