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Comunicados 2016
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30/12/2016
Conversa Ecologista sobre o Lobo Ibérico lançou o debate ontem na sede dos Verdes Porto
Os Verdes do Porto promoveram a última Conversa Ecologista do ano, ontem, dia 29 de dezembro. Desta feita o tema da atualidade escolhido foi “O Lobo Ibérico – Haverá convivência possível com o Homem?”.

Numa sala cheia, João Branco presidente da Quercus e Francisco Fonseca presidente do Grupo Lobo, partilharam as suas experiências de campo e de trabalho em torno da proteção do lobo e do seu habitat e as dificuldades já conhecidas para a sobrevivência desta espécie em Portugal.

As últimas notícias não são animadoras, os Lobos continuam a ser vítimas de atropelamentos nas estradas e autoestradas que, de forma grave, constituem autênticas barreiras contribuindo para fragmentar o seu habitat e dificultar a livre circulação deste carnívoro selvagem. Envenenamentos, caça furtiva, destruição dos habitats com a construção de hidrobarragens, com a expansão do plantio de eucalipto ou com a proliferação de grandes parques eólicos, sobretudo em zonas de Rede Natura2000 contribuem para este cerco que se aperta cada vez mais sobre o lobo ameaçando a sua sobrevivência em terras lusas. Também a relação com os pastores e os agricultores tem, ao longo dos anos, gerado conflitos que se têm mais ou menos atenuado, mas que se poderão agravar com a entrada em vigor, a 1 de janeiro, do novo decreto-lei que regulamenta as indemnizações devidas por ataques de lobos a rebanhos.

Desta conversa, moderada por Victor Cavaco, da direção nacional do PEV, saiu também a consciência de que hoje a população de lobos em Portugal, não sendo muito abundante, é estável muito devido à sua lei específica de proteção, de 1988, resultado de uma das primeiras iniciativas legislativas do Partido Ecologista Os Verdes na Assembleia da República (Lei n. 90/88). Mas, com a entrada em vigor deste novo decreto-lei 54/2016 a eficácia da lei corre sérios riscos.

Por outro lado, a grande falta de meios de fiscalização e de investigação quer dos serviços de conservação da Natureza quer das forças de segurança também não tem contribuído para reduzir o número de mortes de lobos, ou para apurar muitas vezes as causas e culpados.
Desta tertúlia saíram ainda algumas ideias e propostas de ação para continuar e melhorar a proteção do lobo e seus habitats.

O Coletivo Regional do PEV do Porto
Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”
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30 de dezembro de 2016
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