Hoje, no debate mensal na Assembleia da Republicam, a fuga do Primeiro-ministro a dar explicações sobre a demissão de Amílcar Theias, a par da falta de resposta em relação ao surpreendente valor da avaliação feita à holding Águas de Portugal, associada à decisão de privatização e de abrir as portas do grande negócio do século, é seguramente o indício de que este negócio é um negócio de águas turvas.

Mais, sublinha-se o silenciamento do Governo em relação ao dossier de Quioto, que justificou recentemente a deslocação da comissária europeia ao nosso país e justificou um puxão de orelhas pela incapacidade de o Governo apresentar o seu plano de alocação para emissões, bem como o próprio Plano Nacional de Alterações Climáticas, há dois anos e meio metidos na gaveta e que hoje o Primeiro-ministro se limitou a dizer que será oportunamente apresentado, não definindo qualquer calendário de compromisso para a sua aprovação em Consellho de Ministros e sobretudo, para a sua execução.

O Gabinete de Imprensa
Lisboa, 26 de Maio de 2004