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Comunicados 2005
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21/03/2005
Dia Mundial da Floresta e Dia Mundial da Água
DIA 21 DE MARÇO—DIA DA FLORESTA DIA 22 DE MARÇO—DIA DA ÁGUA

Estas duas datas devem ser uma oportunidade para reflectirmos os desafios que se colocam à humanidade e o futuro que queremos legar aos nossos filhos.

Todos sabemos quanto as florestas são imprescindíveis à vida no planeta

, nomeadamente pelo papel que desempenham na captação do dióxido de carbono e em termos hídricos e climáticos. Ora a área que ocupam tem vindo a reduzir de dia para dia, fruto de desleixo e agressões diversas.

Em Portugal

, só em 2003, os incêndios consumiram 450 000 hectares de florestas.

Nestes últimos dois anos as chamas devoraram 87% do Concelho de Monchique e 60% do Concelho de Nisa.

Com os incêndios, a desertificação aumentou, as alterações climáticas acentuaram-se, e as consequências estão aí … a seca faz-se hoje dramaticamente sentir, a água escasseia.

Todos sabemos que sem água não há vida

. O Homem precisa de água doce e de qualidade para viver. Hoje em dia, cerca de 20% da população mundial não tem acesso à água potável e segundo a ONU, em 2050 esta situação poderá atingir os 40%.

Em Portugal

, a falta de água para a agricultura e para os animais é já uma realidade. O teor de água no solo está 50% abaixo do valor médio para a época, os aquíferos estão com níveis descendentes, os caudais dos rios e das albufeiras estão muito baixos para a época. Prevêem-se dificuldades de abastecimento à população nos Concelhos de Beja, Faro e Guarda, mas outros distritos poderão também vir a ser afectados.

Todos temos o dever de reagir e de agir. É o nosso futuro que está em causa.

Mudar alguns dos nossos comportamentos

pode contribuir para minimizar estas situações. Atitudes cuidadosas e preventivas das populações em zonas florestadas podem reduzir o número e a amplitude dos incêndios. Pequenas mudanças nos nossos hábitos quotidianos ajudam na poupança de água.

Mas isso só por si não chega, é fundamental mudar as politicas que estão na origem destes problemas para travar e inverter a situação.

Agir em defesa da floresta

– É exigir politicas de prevenção dos incêndios e de promover a reflorestação do país com espécies autóctones como por exemplo o sobreiro e acabar de vez com a eucaliptização.

Agir em defesa da água

– É defender a gestão pública deste bem, garantindo a todos o direito de acesso, definindo prioridades de uso, combatendo eficazmente os desperdícios e a poluição.

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