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Comunicados 2004
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04/06/2004
Dia Mundial do Ambiente
DIA MUNDIAL DO AMBIENTE – 5 de Junho

"OS VERDES" APELAM À DEFESA DA ÁGUA COMO UM BEM PÚBLICO

No DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, que se celebra amanhã, dia 5 de Junho, o Partido Ecologista "Os Verdes" selecciona o tema da ÁGUA como uma das maiores problemáticas ambientais pelas ameaças que este património colectivo está a sofrer.

"Os Verdes"

relembram que o Governo se prepara para privatizar a água em Portugal e alertam para os problemas que podem advir da alienação de um bem que é património colectivo e que, pela sua imprescindibilidade à vida, não pode estar sujeito à lógica do lucro.

 

CERCA DE 20% DA POPULAÇÃO MUNDIAL NÃO TEM ACESSO A ÁGUA POTÁVEL

MORREM CERCA DE 30 000 PESSOAS, POR DIA, NO MUNDO, DEVIDO A DOENÇAS TRANSMITIDAS PELA ÁGUA

EM PORTUGAL, APENAS CERCA DE 50% DA POPULAÇÃO É ABRANGIDA POR TRATAMENTO DE ESGOSTOS

 

São conhecidas experiências internacionais de privatização do sector da água, e são bem conhecidas as consequências de ordem social e ambiental que daí decorrem, como o aumento de tarifas, o desinvestimento em sistemas menos rentáveis, com consequências graves ao nível do ordenamento do território, para além dos efeitos sobre a qualidade da água. Portugal não será excepção entre as experiências que se conhecem, sendo que "Os Verdes" alertam para o facto de a lógica do lucro tender a não garantir acesso à água a quem tem dificuldade de pagar as facturas, assim como a ser totalmente incompatível com o princípio ecologista de poupança da água potável, um recurso escasso que importa preservar.

"Os Verdes"

estão ainda preocupados com a nova Lei-Quadro da água, que dará entrada em breve na Assembleia da República, que não vem salvaguardar o princípio da qualidade da água em função dos seus diferentes usos, mas antes, em função do seu estado de partida, o que significa que, para águas com usos idênticos, podem ser determinados parâmetros e exigências distintas.

"Os Verdes"

lamentam que este Governo não tenha ainda percebido o sentido do desenvolvimento sustentável, onde a componente ambiental é determinante, e que continue a pautar a sua intervenção nesta área pela total inércia na resolução das problemáticas ambientais que afectam o quotidiano das pessoas, tomando como prioridade os chorudos negócios na área do ambiente.

O Gabinete de Imprensa
Lisboa, 4 de Junho de 2004


 

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