Para "Os Verdes", o Dia Nacional da Água de 2004 é marcado por uma politica para o sector que navega por águas turvas e lamacentas.

Contaminação, mercantilização e desperdício são alguns dos males que, em Portugal, afectam este recurso estratégico e fundamental à vida.

A MARCHA NACIONAL PELA ÀGUA promovida pelos "Verdes", iniciada no dia 1 de Outubro de 2003 e que percorre o país desde então, tem denunciado e alertado para algumas destas situações de poluição (como há poucos dias com "A MARCHA PELO ALVIELA") ou ainda para situações onde a entrega da gestão da água a empresas privadas, como aconteceu em Mouraz, Concelho de Tondela, levou ao corte dos fontanários e lavadores públicos, retirando aos mais pobres o DIREITO À ÁGUA.

Consideram "Os Verdes" que esta iniciativa tem, um ano depois, toda a razão para continuar, pois as ameaças contra o direito de acesso deste recurso a todos sem excepção, e com a devida qualidade, não têm parado de aumentar.

A vontade de implementar uma nova LEI DA ÀGUA, a pretexto da Directiva Quadro, que transitou do governo PSD/PP, versão Durão, para a versão Santana Lopes, reafirmada no programa do governo é para "Os Verdes" motivo de grande preocupação, pois as propostas tornadas públicas em Dezembro de 2003 negavam conceitos e pressupostos fundamentais de uma gestão ecológica e sustentável deste recurso. Punham ainda em causa o direito universal à água e aos recursos hídricos e representavam um verdadeiro retrocesso no direito à informação e participação dos cidadãos.

As ligações conhecidas (mesmo que passadas) e já denunciadas pelo Partido Ecologista "Os Verdes" do Ministro Nobre Guedes ao sector privado da água, não abonam em favor da isenção e da transparência que qualquer nova legislação para o sector requer.

Neste Dia Nacional da Água, a garrafa de água, testemunho da MARCHA que tem percorrido o continente, voará para a Região Autónoma da Madeira, onde a Comissão Executiva de "Os Verdes" dedicará dois dias de iniciativas às águas do litoral e de rega.

O Gabinete de Imprensa
Lisboa, 30 de Setembro de 2004