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Comunicados 2009
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25/03/2009
ENCERRAMENTO DAS LINHAS DO CORGO, DO TÂMEGA... E DO TUA PREOCUPAM “OS VERDES”
O Partido Ecologista “Os Verdes” repudia veementemente a forma como foi revelado ontem pelo Governador Civil de Vila Real, o encerramento a partir da manhã de hoje, das linhas do Corgo e do Tâmega.

Para “Os Verdes” esta decisão, que apanha passageiros e entidades representativas das populações servidas pelas linhas (Câmaras Municipais, Juntas de Freguesias, Escolas, etc.), desprevenidos é reveladora da grande falta de respeito e de responsabilidade demonstrada pelas entidades gestoras deste serviço público, CP e REFER, perante os utilizadores destas linhas e ainda reveladora dos receios que o Governo teve da reacção das populações ao encerramento de um serviço que tanto lhes faz falta, nomeadamente para certas aldeias, como Alvações do Corgo em que este é o único meio de transporte público disponível.

O Partido Ecologista “Os Verdes”, está muito preocupado com a suspensão do funcionamento destas linhas, não só pelo transtorno que advém deste facto para os passageiros, mas também e ainda pela possibilidade desta suspensão provisória do serviço se tornar num encerramento definitivo, aumentando o número de quilómetros de ferrovia encerrados em Portugal desde os Governos de Cavaco Silva, no início dos anos 90.

É importante relembrar que a pretensão de encerrar definitivamente estas linhas, fazia parte dos objectivos da CP, tornados públicos em Abril de 2006 e que estes tinham o aval do Ministro da Tutela, Mário Lino. Esta ameaça, levou aliás o Partido Ecologista “Os Verdes” a desencadear uma campanha em defesa destas linhas, em Agosto de 2006, que ficou conhecida pelo nome “Pelo Comboio é que Vamos”.

“Os Verdes” consideram ainda que a decisão de encerramento do serviço ferroviário nas linhas do Corgo e Tâmega, a partir de hoje, deixa muito por esclarecer, pois, segundo o próprio comunicado da REFER tornado somente público esta manhã, este encerramento deve-se à identificação “de factos negativos relacionados com a condição técnica das linhas de bitola métrica do Tâmega, Corgo e Tua”, mas este comunicado não clarifica, nem a gravidade dos “factos negativos” encontrados, nem porque é que o início das obras nestas linhas só está previsto começar dentro de quatro meses.

Face a tudo isto, o Partido Ecologista “Os Verdes” vai requerer com carácter de urgência, na Assembleia da República, a entrega dos Relatórios das inspecções feitas a estas linhas, determinadas pelo Despacho emanado do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, de 24 de Outubro de 2009, na sequência do Relatório dos inquéritos aos acidentes registados na linha do Tua.

“Os Verdes” esperam ainda obter brevemente mais esclarecimentos sobre esta decisão, por parte da Senhora Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, a quem solicitaram, na passada quinta feira, dia 19 de Março, uma audiência com carácter de urgência, para abordar questões relacionadas com a linha do Tua.

Para “Os Verdes”, o comunicado da REFER de hoje, é também muito preocupante no que diz respeito a esta linha, pois contraria os compromissos assumidos pela Senhora Secretária de Estado aquando da sua última ida à Comissão Parlamentar, por iniciativa de “Os Verdes”, para esclarecer matérias relativas aos acidentes ocorridos na linha do Tua e à reposição da segurança na mesma.

Ana Paula Vitorino tinha então assegurando que a linha do Tua reabriria logo que as condições de segurança fossem repostas, tendo mesmo afirmado que mesmo que a decisão da construção da Barragem na Foz do Tua fosse em frente, até ao enchimento da Barragem esta linha continuaria em serviço.

O Partido Ecologista “Os Verdes” tudo fará para que estes três ramais da linha do Douro (Corgo, Tâmega e Tua), continuem abertos, com melhores condições de funcionamento e segurança, garantindo o direito à mobilidade das populações destas regiões e contribuindo para uma resposta de oferta de transporte público mais adequada em termos ambientais aos desafios colocados hoje em dia pelas alterações climáticas e pelas questões energéticas.

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