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Comunicados 2009
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04/04/2009
Encontro Regional CDU
Encontro Regional da CDU Junta de Freguesia do Bonfim, 4 de Abril de 2009

Boa tarde a todos,

Em primeiro lugar, permitam-me que vos saúde, em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”, estendendo esta saudação a todos os membros do Partido Comunista Português, da Intervenção Democrática e a todos os independentes que assim compõem a CDU.

A Coligação Democrática Unitária, onde a partilha dos ideais, princípios e valores de Abril nos guiam e impelem a fazer, cada dia, mais e melhor pelo nosso país e pelo povo português, é constituída por diferentes pessoas e forças políticas, que no respeito pela autonomia e identidade de cada uma, agregam esforços em conjunto para alargar, consolidar e reforçar a acção deste projecto que deseja e luta pela construção de uma sociedade melhor, com direitos, mais justa, fraterna e democrática.

Companheiros e Amigos,

No plano local, a intervenção de “Os Verdes” é cada vez mais reconhecida e enaltecida pelas populações. Através da apresentação de propostas nos órgãos onde temos eleitos, denunciando injustiças sociais ou situações de crimes ambientais. Através de reuniões ou de audiências com os munícipes e Associações, temos procurado a aproximação de eleitos e eleitores.
O nosso trabalho na região do grande Porto tem sido preenchido com questões nas mais diversas áreas e aos diferentes níveis da nossa intervenção política.

Ao nível da Assembleia da Republica e através do nossos dois Deputados, questionamos o Governo sobre:
- a linha amarela do metro junto ao Hospital de S. João, a urgência do seu enterramento e dos problemas de segurança e de transito que ali se criaram, - a tão adiada ligação da linha do Metro do Porto à Trofa;
- o programa de minimização de riscos ligados à toxicodependência;
- o encerramento da Escola Básica do Aleixo,
- o mau funcionamento da ETAR de Paredes;
- os problemas de atendimento dos utentes do Hospital de Vila Nova de Gaia e a urgência da construção do novo Hospital,
- as deficientes instalações da Esquadra da PSP de Francos;
- os acidentes e as descargas poluentes que ocorreram na refinaria de Leça da Palmeira;
- o futuro da Suldouro e do Aterro Sanitário de Sermonde, bem como sobre o destino dos Resíduos Industriais Banais (RIB) de Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira;
- a monitorização da qualidade do ar no Porto;
- a abertura da Linha do Douro de Pocinho a Barca d’Alva;

Participamos ao nível local no movimento que se gerou contra a privatização da Quinta da Conceição, em Leça da Palmeira, que o actual executivo Camarário de Matosinhos pretendia levar a cabo; interviemos nomeadamente na Junta de Freguesia de Paranhos e em nome da CDU, na defesa e dinamização da Quinta do Covelo; estivemos contra o concurso de reconversão e exploração do Bolhão e a privatização do Rivoli.
Visitamos e ouvimos o moradores do Bairro do Aleixo, de Vila D’Este em Vila Nova de Gaia, estivemos com os moradores da escarpa da Serra do Pilar e alertamos para a grave situação de insegurança e a falta de infra-estruturas de apoio a que estão sujeitos.

Denunciamos o incumprimento do PDM de Vila Nova de Gaia em relação ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira e exigimos a requalificação da ribeira de Francelos, visitamos e tomamos posição sobre a localização da futura plataforma logística da Maia e Trofa.

Assumimos várias posições publicas entre as quais sobre:
- a política de mobilidade e de transportes do Porto, em particular sobre o Metro e a necessidade de se alterarem os tarifários e o sistema de zonamento do Metro do Porto;
- a política de criação da “lei da rolha” no Município do Porto, com o fim da atribuição dos subsídios camarários e a imposição a todos aqueles que fossem subsidiados pela Câmara de não criticarem o município;
- o vergonhoso Regulamento Municipal sobre Informação e Propaganda Política que mais não é do que a tentativa de restringir e coibir a liberdade de intervenção política dos partidos.

Realizamos encontros com os Movimentos dos Utentes dos Transportes Públicos da área metropolitana, com a Plataforma de Intervenção Cívica do Porto, a Comissão de Trabalhadores da Petrogal, vários Sindicatos e grupos de moradores.
Levamos a cabo no Porto o Fórum Internacional em Defesa do Transporte Ferroviário Convencional, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação e foi também do Porto que partiu a caravana da iniciativa “Pelo Comboio é que vamos”.
Mas também estivemos em Escolas Secundárias, de todos os Concelhos da Região do Grande Porto, com a Campanha Stop às Alterações Climáticas, iniciativa de carácter nacional através da qual alertamos os jovens para os fenómenos do aquecimento global e procurando-os sensibilizar para a necessidade de travar esta ameaça.

No âmbito da discussão do Orçamento de Estado e ao longo dos últimos anos, “Os Verdes” apresentaram propostas de alteração ao PIDDAC, no sentido de contrariar a política de desinvestimento e as prioridades nele definidas, sempre na defesa de um desenvolvimento cabal e sustentado desta região e a melhoria das condições de vida da sua população.

É por isso que nos indignamos e denunciamos, a política de desinvestimento a que esta região foi votada ao longo do mandato do Governo Socialista, quando hoje somente 8,7% do PIDDAC nacional corresponde ao investimento previsto para o Distrito do Porto, enquanto em 2005 representava quase 18%.

Companheiros e amigos,

É já hoje lugar comum dizer-se que são tempos difíceis estes que atravessamos, tempos de crise. Os portugueses sentem-se, mais do que descontentes ou desanimados, verdadeiramente descrentes. Esta situação, convém lembrar, não foi resultado de nenhuma catástrofe natural ou fatalidade do destino. Ela é consequência, desde logo, das desastrosas políticas de direita que nos têm sido impostas nos últimos anos, por governos do PSD e do PS, ora sozinhos, ora aliados um com o outro ou ainda com o CDS-PP. Sim a crise já cá morava, antes mesmo da chegada crise internacional.

Pois, neste clima de dificuldades e desânimo, o que faz falta é avisar as pessoas, é levar uma mensagem de esperança e dizer que o país não está fatalmente condenado a esta bipolarização. Não pode estar, quando existe, de facto, alternativa. Uma alternativa real, credível.

A única que ao longo de todos estes anos quis e soube, estar ao lado das populações a quem nunca virou a cara, independentemente dos votos ou do impacto sobre os media que pudesse vir a ter.
A única que dá garantias porque assume compromissos e sabe honrá-los. Essa alternativa é a CDU.

É fundamental votar CDU, porque só com o reforço da CDU, com mais votos e mais eleitos, podemos garantir que o país vai de facto virar à esquerda, rompendo assim com as políticas de direita:
- das privatizações e do esvaziamento do sector público em áreas tão importantes como a saúde e a educação, da flexibilização e da precarização das relações laborais;
- interrompendo o aumento da pobreza, desemprego e exclusão social,
- alterando a lógica de crescimento desordenado e insustentável, do agravamento das assimetrias regionais, de delapidação dos nossos recursos naturais e endógenos numa lógica capitalista de lucro e desperdício, em que a Natureza e as pessoas são meros acessórios descartáveis.

O Partido Ecologista “Os Verdes” reafirma hoje, neste Encontro Regional da CDU, o seu compromisso, o seu empenho, a sua força e a enorme vontade de participar e continuar a construir juntos uma verdadeira alternativa de esquerda às opções políticas de direita e a ajudar a construir a mudança necessária.

Viva a Coligação Democrática Unitária !

José Pinto – membro do Concelho Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”

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