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18/12/2015 |
Extinção das reduções remuneratórias na Administração Pública |
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Intervenção da Deputada Heloísa Apolónia
Extinção das reduções remuneratórias na Administração Pública
Assembleia da República, 18 de dezembro de 2015
Sr. Presidente, Sr. Deputado Filipe Lobo d’ Ávila, de facto, lembro-me de que os Srs. Deputados do PSD e do CDS nunca votavam de forma diferente, nunca pensavam de forma diferente e obedeciam cegamente ao Governo.
Nada disto eventualmente seria um problema se a vossa política não tivesse sido toda direcionada para prejudicar os portugueses.
Mas, agora, deixe estar, Sr. Deputado. Deixe estar porque o Sr. Deputado Pedro Passos Coelho já deu ordem de fim da coligação. Já pensam por vós. Vamos ver então qual é o resultado, estando agora na oposição.
Sr.as e Srs. Deputados, passo a explicar o que isto foi: Os Verdes defendem a reposição integral dos salários no início de 2016; o Partido Socialista defendia a reposição em dois anos. Nas conversações que fizemos aproximámos posições…e, em outubro de 2016, os trabalhadores portugueses vão ver repostos integralmente os seus salários, os salários que os senhores roubaram — lembre-se disso, não se esqueça.
E estou cá desconfiada de que essa coisa a que os senhores chamam «reposição gradual dos salários» seria eventualmente para ganhar tempo, para substituir esses cortes por outros cortes quaisquer, porque os senhores defendiam uma política de baixos salários e procuraram implementá-la a todo o custo. Ninguém me tira isto da cabeça, e julgo que também não à generalidade dos portugueses. A vossa lógica ficou extraordinariamente clara: um prejuízo enorme para os trabalhadores portugueses e, fundamentalmente, para os funcionários públicos.
Conclusão: Sr. Presidente e Sr.as e Srs. Deputados, quem ficou a ganhar com esta nova política e esta nova medida? Os trabalhadores portugueses!
Boa tarde, Sr. Deputado!